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Artigos › 15/04/2019

Uma semana diferente para fazer diferente

O dia 26 de setembro é, para a maioria das pessoas, um dia absolutamente normal. Apenas um dia a mais, com as suas 24h… Eu, porém, não o vejo dessa forma! Por ter nascido nesse dia ele tem, para mim, um significado especial, pois, me recorda o mistério da vida e me convida a celebrar, com alegria, esta dádiva.

É próprio do ser humano significar algumas coisas, isto é, ver sentido nisto ou naquilo de acordo com suas vivências, tanto pessoais quanto comunitárias.

Pois bem, os cristãos católicos iniciam hoje a Semana Santa, uma semana como qualquer outra, porém, cheia de significados. Trata-se de um tempo celebrativo, de um momento oportuno de comemoração. Co-memorar significa fazer memória juntos. Ora, fazer memória não se resume a relembrar pura e simplesmente um fato do passado. Fazer memória tem a ver com a assunção de algo que aconteceu, transpondo-o para os dias atuais. Portanto, fazer memória é deixar que o passado toque o presente em vista de um futuro.

São Paulo afirmou em sua primeira carta aos coríntios: “Se Cristo não ressuscitou, vã é a nossa fé” (1Cor 15,14). Nós, cristãos, celebramos esse acontecimento, que fundamenta o patrimônio de nossa fé e ilumina o modo de nos comportarmos no mundo. Se, por vezes, não nos comportamos de acordo com os valores evangélicos, é exatamente o dado da ressurreição de Jesus, assumido com fé no Batismo, que nos ajudará no processo de reação (conversão): “Pelo batismo na sua morte, fomos sepultados com Ele, para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim também nós levemos uma vida nova” (Rm 6,4). Logo, fazer memória da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo significa mergulhar num processo de reflexão que pode nos ajudar a agir com mais consciência e responsabilidade.

A fé é assim: performativa! Diferente do que alguns pensam e, infelizmente, vivem, ela não serve para alienar, mas para libertar.

A fé nos põe em contato com a possibilidade do novo!

Que, através das celebrações que estão por vir, com os seus ritos que fazem “com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas” (Antoine de Saint-Exupéry), possamos renovar a nossa fé e, assim, crendo, esperemos e, esperando, amemos!

Pe. Éverton Machado dos Santos
Pároco da Paróquia São João Batista, em Jacareí

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