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Artigos › 25/11/2017

Os cristãos leigos fazem diferença na Igreja e na Sociedade

A Igreja Católica celebra no dia 26 de novembro, o dia dos leigos, que são os batizados não participantes da hierarquia da Igreja pelo sacramento da Ordem.  Eles são homens e mulheres, crianças, jovens, adultos e idosos, pessoas solteiras, casadas ou viúvas, profissionais de diversas áreas, formadores de opinião ou responsáveis pela organização da sociedade… Presentes na Igreja e no mundo com uma missão própria.

Na linguagem comum ‘leigos’ são ‘aqueles que não sabem’, ‘quem está por fora de determinado assunto’, mas, no catolicismo têm significado positivo. São simbolizados pelas imagens do sal, da luz, do fermento e dos ramos da videira, imagens, tiradas do Evangelho, que servem para definir a sua identidade e a missão próprias, que derivam do Batismo e podem ser expressas como “presença que faz diferença”.

A visão positiva sobre os leigos nasce da autocompreensão da Igreja Católica adquirida a partir do Concílio Vaticano II: Povo de Deus em diálogo com o mundo em vista de transformá-lo com os valores do Evangelho. Os bispos, padres e diáconos coordenam a ação evangelizadora, orientando os leigos para realizá-la em seu modo específico de ser e agir, ou seja, na família, no trabalho e nas atividades sociais em geral.

Neste ano, o dia dos leigos marcará a abertura do Ano Nacional do Laicato, proclamado pela Conferência Nacional do Bispos do Brasil (CNBB) para celebrar os 30 anos do Sínodo dos Bispos sobre os Leigos (Roma, 1987) e da publicação da Exortação Apostólica Christifideles laici (Sobre os fiéis cristãos leigos), em 1988.

Os bispos do Brasil também quiserem retomar a temática dos leigos para tornar célebre a presença e atuação de tantas pessoas que, por causa de sua fé, se lançam na construção do Reino de Deus e lutam eficazmente por um mundo melhor. O Ano do Laicato será um tempo para manifestar-lhes gratidão, reconhecimento e admiração pelo seu testemunho de fé, amor, dedicação, entusiasmo e sacrifício até. Mas, pretende, sobretudo, incentivar mais os leigos a assumirem o seu lugar na sociedade, penalizada por graves carências na educação, na formação de profissionais e de agentes sociais, nas comunicações sociais, na política etc.

É urgente que os leigos se reconheçam como discípulos-missionários de Jesus Cristo e sujeitos eclesiais a serviço de um mundo mais justo, fraterno e pacífico, onde a vida em abundância trazida pelo Filho de Deus se verifique na existência de todas as pessoas.

Um mundo novo é necessário e possível, mas não será resultado de uma intervenção divina extraordinária e muito menos de ações mágicas promovidas por pseudos ‘salvadores da pátria’. Ele surgirá do testemunho e do anúncio dos cristãos leigos, portadores da vida nova recebida de Cristo e semeadores da mesma em todo lugar onde estiverem.

Pe. Edinei Evaldo Batista
Pároco da Paróquia Santa Teresinha, em São José dos Campos

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