Como a Igreja atua para combater o racismo?
A gente sabe que o dia 20 de Novembro é dedicado à Consciência Negra, em referência à morte de Zumbi dos Palmares. Mas não só nesse dia, mas sempre é importante refletir sobre o racismo.
A escravidão, as teorias raciais no final do século XIX e XX tiveram como consequência a intolerância por parte da sociedade. Apesar de séculos terem se passado, o racismo ainda não foi superado por parte da sociedade.
Não é à toa que o Papa Francisco já se pronunciou em conferências, reuniões e pelas redes sociais sobre o assunto. Olha esse tuíte sobre intolerância:
“É preciso superar todas as formas de racismo, de intolerância e de instrumentalização da pessoa humana”.
Diante de tantas notícias de racismo, como as que acontecem no futebol internacional, quando as torcidas de alguns times imitaram sons de macacos quando jogadores negros estavam com a posse de bola, e outros tantos acontecimentos recentes, é importante retomar o significado do termo.
Segundo o dicionário da língua portuguesa “Priberam”, RACISMO é “[…] a atitude hostil ou discriminatória em relação a um grupo de pessoas com características diferentes, notadamente etnia, religião, cultura, etc.”
A Igreja se posiciona contra o racismo porque, além de ser crime, é também pecado, como nos ensinam as Sagradas Escrituras:
“Mas, se tratarem os outros com parcialidade, estarão cometendo pecado e serão condenados pela Lei como transgressores”. (Tiago 2,9)
“Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus”. (Gálatas 3,28)
Imprescindível que sigamos cada dia mais o que a Igreja nos propõe: acabar com essas atitudes racistas em nossas relações. A Arquidiocese de Aparecida, em 2017, iniciou a pastoral Afro e naquele ano, Dom Orlando Brances, fez um pronunciamento que nos ensina até os dias atuais.
“Estamos iniciando e vendo a alegria do povo ao entender o que é uma pastoral, pois não é só reunir pessoas da mesma cor, mas é o entrosamento de brancos e negros de diversas culturas. Isso é a pastoral.”
O Catecismo da Igreja Católica traz, ao menos, nove tópicos sobre essa questão. Porém, vamos destacar apenas um neste momento:
“Criados à imagem do Deus único, dotados de uma mesma alma racional, todos os homens têm a mesma natureza e a mesma origem. Resgatados pelo sacrifício de Cristo, todos são convidados a participar na mesma felicidade divina; todos gozam, portanto, de igual dignidade”. (CIC 1934)
Só por este tópico, já podemos perceber que qualquer tipo de preconceito ou tratamento desigual entre os homens, além de não fazer sentido algum, não é aceito, nem pela Igreja e nem pelo próprio Deus que nos criou. Porém, outro documento da Igreja, a Gaudium et Spes (Alegria e Esperança, em português), deixa isso ainda mais claro:
“Qualquer forma de discriminação nos direitos fundamentais da pessoa, seja ela social ou cultural, ou que se fundamente no sexo, raça, cor, condição social, língua ou religião deve ser superada e eliminada, porque contrária ao plano de Deus”. (GS 160)
Assim sendo, se em algum momento você se sentiu em posição diferenciada e/ou privilegiada sobre alguém diferente de você, te convidamos a repensar. Será que esse comportamento é, de fato, adequado? O que é preciso fazer para mudar?
.
Fonte: a12.com
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.