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Bento XVI preside missa em Cuba e se encontra com Fidel Castro

CNBB

“A verdade é um anseio do ser humano, e procurá-la supõe sempre um exercício de liberdade autêntica.” Palavras claras, simples e sinceras do papa Bento XVI, pronunciadas na homilia desta quarta-feira, 28/03, durante missa celebrada em Havana, capital de Cuba, diante de mais de 300 mil pessoas.

Na Praça da Revolução, o Pontífice fez a sua reflexão inspirado também pelo cenário que o cercava: o palco montado no estilo das antigas casas cubanas, em frente da estátua imponente de José Martí, tendo do seu lado esquerdo a escrita “A caridade nos une”. Também havia as duas imagens de Che Guevara e Camilo Cienfuegos, heróis da revolução, além da imagem de Nossa Senhora da Caridade do Cobre.
Se a verdade é mal interpretada, advertiu Bento XVI, leva à irracionalidade e ao fanatismo. “Não hesitem em seguir Jesus Cristo”, exortou, recordando que esta mensagem é a razão de ser da Igreja. Todavia, para difundir a Boa Nova, os fiéis precisam ser livres – termo usado 14 vezes na homilia. O Papa reconhece os passos feitos na relação entre Igreja e Estado, mas pede mais, pede que avancem ulteriormente. Uma menção também foi reservada ao sacerdote Félix Varela, filho ilustre de Havana que entrou na história de Cuba como o primeiro que ensinou seu povo a pensar – missão esta que a Igreja também reivindica nos ambientes de formação e nos centros universitários.
Depois da Missa na Praça da Revolução, Bento XVI voltou à Nunciatura Apostólica em Havana onde teve um encontro reservado com o ex-presidente cubano Fidel Castro, que no próximo dia 13 de agosto completará 86 anos. Fidel já havia encontrado duas vezes João Paulo II: em 1996 no Vaticano e, depois, em 1998 durante a histórica visita do Papa Wojtyla à Ilha caribenha.

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