Atividades do Sínodo para a Pan Amazônia entram na última semana
A Assembleia Especial do Sínodo para a Pan Amazônia entra na última semana de atividades. Na manhã desta segunda-feira (21), foi realizada, na presença do Papa Francisco, a 14ª Congregação Geral, durante a qual o Relator-geral, Cardeal Cláudio Hummes, apresentou o Projeto do Documento final.
O texto, que reúne os frutos dos pronunciamentos apresentados durante os trabalhos, passará agora aos Círculos Menores para a elaboração de um documento geral. No decorrer dos trabalhos de quarta e quinta-feira, emendas podem ser colocados no Documento Final pelo Relator Geral e pelos Secretários Especiais, com a ajuda dos Peritos.
Em seguida, o texto será revisto pela Comissão para a redação para depois ser lido na Sala sinodal na sexta-feira, no decorrer da 15ª Congregação Geral. Sábado no período da tarde, por fim, na 16ª Congregação Geral será feita a votação do Documento Final.
No início dos trabalhos, o Arcebispo de Trujillo (Peru) e presidente do CELAM, Dom Héctor Miguel Cabrejos Vidarte, fez uma reflexão convidando a todos a olhar o exemplo de São Francisco e ao ‘Cântico das Criaturas’. “Para Francisco, a beleza não é uma questão estética, mas de amor, de fraternidade a todo custo, de graça a todo custo”. O Santo de Assis – falou ainda – “abraça todas as criaturas com um amor e uma devoção nunca vista, falando-lhes do Senhor e convidando-as a louvá-lo. Neste sentido, Francisco chega a ser o inventor do sentimento medieval pela natureza”.
Conhecer, reconhecer e restituir
Conhecer, reconhecer e restituir – disse ainda o presidente do CELAM – são os verbos que marcam “o ritmo” do caminho espiritual de São Francisco de Assis, ou seja conhecer o Sumo Bem, reconhecer os seus benefícios e restituir-Lhe os louvores. De fato, se para São Francisco o pecado é apropriação “não só da vontade, mas também dos bens” que o Senhor opera no ser humano, o louvor, ao contrário, significa restituição. “O ser humano – reforçou ainda Dom Héctor Vidarte – não pode louvar a Deus como convém, pois o pecado feriu a sua filiação” com o Senhor.
Deus, Pai de todos e de todas as coisas
Portanto serão as criaturas, como afirma São Francisco no “Cântico”, a cumprir a obra de mediação para levar o louvor a Deus. Com efeito, elas preenchem o vazio do ser humano, desprovido, por causa do pecado, de uma voz digna de louvar o Criador. “São Francisco descobre em Deus o lugar da Criação – concluiu o bispo – devolve a Criação a Deus, porque vê em Deus não só o Pai de todos, mas o Pai de todas as coisas”.
Os trabalhos desta manhã foram concluídos pelo pronunciamento de um convidado especial, que falou sobre o tema da ecologia integral em relação à mudança climática.
Vatican News
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