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Artigos › 04/07/2013

Tempo de Advento

A nomeação de D. Moacir Silva para arcebispo metropolitano de Ribeirão Preto e sua posse como tal, ocorrida no último dia 23 de junho, deram início a um novo tempo para a Diocese de São José dos Campos, chamado, canonicamente, tempo de vacância.

Entretanto, à luz da fé, poder-se-ia chamar “Tempo de Advento”.

O Advento, mesmo, é o tempo litúrgico de preparação para o Natal, caracterizado pelas virtudes da vigilância, esperança, alegria e fé às quais se une a prática da oração fervorosa, com que se clama “Maranatha!” (Vem, Senhor Jesus!).

Enquanto aguarda a chegada do novo bispo a Igreja Particular de São José dos Campos está vivendo um Advento Diocesano, que será tempo de graça, na medida em que se fundamentar naquelas virtudes que tornarão todos os seus membros cooperadores da ação divina, abertos às suas surpresas e dispostos a continuar colaborando com suas iniciativas.

A Vigilância sobre a participação nas atividades diocesanas, por parte de todos, ajudará a manter viva, dinâmica e frutuosa a caminhada pastoral desta diocese. A espera do novo bispo não dispensa ninguém de ser presença e participação, que fazem toda a diferença ao que se faz e ao que se busca.

O cânon 428, do Código de Direito Canônico estabelece que “durante a sé vacante nada se modifique”. Essa disposição, por um lado, proíbe aos que cuidam do governo interino da diocese fazer qualquer coisa que possa de algum modo prejudicá-la; por outro, diz que a caminhada pastoral feita até então não pode diminuir seu ritmo e muito menos parar. Deve avançar sob o impulso das orientações da Igreja e da própria diocese e com a dedicação dos seus responsáveis: assessores, coordenadores e agentes de pastorais, movimentos e organismos.

A Esperança dirá ao coração dos diocesanos de São José dos Campos que o Senhor, em sua bondade, enviará a esta Igreja mais um Dom, para somar-se aos tantos que já possui, enriquecendo, assim, a sua história marcada por inúmeras belezas e graças, confirmando que à frente do processo de escolha do novo bispo está o Senhor de todas as coisas.

A alegria deverá ser mantida, pois mesmo sem o seu bispo, a diocese caminha conduzida pelo Espírito Santo e pela Palavra de Deus, através dos presbíteros, diáconos e lideranças leigas que fazem acontecer a vida diocesana. Nada de tristeza, pois o rebanho continua sendo guiado em direção aos prados eternos.

Pela fé se poderá ver que a transferência de um bispo e a espera de um outro são elementos integrantes  e necessários da organização da Igreja e da pedagogia com que o Divino Pastor conduz seu rebanho. À luz desta virtude teologal cada situação, ainda que difícil, poderá transformar-se em oportunidade de conversão, amadurecimento e comprometimento.

Por fim, a espera do novo bispo de São José dos Campos, se marcada pela oração confiante, será uma espera fecunda: de uma parte trará, desde já, a presença abençoada do pastor ao coração das ovelhas; de outra, levará a acolhida e o carinho das ovelhas ao coração do pastor.

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Pe. Edinei Evaldo Batista
Coordenador Diocesano de Pastoral e
Pároco da Paróquia Santa Teresa do Menino Jesus

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