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Especial › 04/01/2021

Solenidade da Epifania celebra a manifestação de Jesus aos povos

A Solenidade da Epifania do Senhor é celebrada pela Igreja no dia de Reis, em 6 de janeiro. No Brasil, a celebração ocorre no primeiro domingo após o 1º de janeiro, quando é celebrada a Solenidade de Maria Mãe de Deus. Epifania diz respeito à manifestação de Jesus a todos os povos, representados pelos magos do Oriente.

O bispo de Campos (RJ), dom Roberto Francisco Ferrería Paz, ressalta que a Solenidade da Epifania do Senhor realiza a plenitude do mistério do Natal, do Deus Conosco que veio para salvar e reunir a família humana num só povo, derrubando os muros da desigualdade, opressão e da violência. “Os sábios, ou magos, vindos do Oriente, guiados por uma Estrela que ia atraindo-os ao presépio, representam as Nações da humanidade em sua busca do prometido e esperança de uma era de felicidade completa”, escreveu em artigo.

Na celebração da manifestação de Jesus a todos os homens, dom Eurico dos Santos Veloso, arcebispo emérito de Juiz de Fora (MG), salienta que o Menino Jesus “é uma ‘luz’ que se acende na noite do mundo e atrai a si todos os povos da terra”. Em cumprimento ao projeto libertador que o Pai nos queria oferecer, continua o bispo, “essa ‘luz’ encarnou na nossa história, iluminou os caminhos dos homens, conduziu-os ao encontro da salvação, da vida definitiva”.

Os presentes

Símbolo expressivo do episódio da visita dos magos são os presentes oferecidos ao Menino Jesus. Para dom Eurico, as ofertas “falam muito da contemplação e entendimento que eles tiveram”. O ouro, da realeza de Jesus; o incenso, do Seu sacerdócio, e mirra da Sua missão de Profeta.

Dom Eurico continua pontuando outros aspectos que os presentes apontam da pessoa, vida e obra de Jesus.

O ouro é o material que simboliza a divindade (no Tabernáculo, o lugar onde a presença de Deus estava, tudo era revestido de ouro) — aquele Menino era Deus manifesto em carne. O incenso nos fala da Sua vida humana, mas perfeita, que viveu sempre de modo que agradou o Pai. E a mirra nos fala de Seus sofrimentos vicários, pelos quais Ele cumpriria aquela grande obra da nossa salvação”.

Dom Roberto Paz observa que “a alegria inusitada e inefável do encontro com o Salvador criança, os levou ao louvor e adoração”. Em seguida, relaciona os significados dos presentes dados ao Menino Deus com a missão dos cristãos na atualidade.

A partilha dos três presentes: ouro, incenso e mirra, além da doação e reconhecimento, têm um valor simbólico que identifica a missão do recém-nascido: o ouro, realeza; o incenso, divindade e a mirra, o sacrifício da Cruz. Também, hoje, significam para os seguidores de Cristo: a caridade, o ouro; a oração fiel, o incenso e o compromisso de dar a vida, a mirra”.

CNBB

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