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Segundo vice-presidente da CNBB apresentou uma reflexão sobre os sentidos do “Jubileu” nas Sagradas Escrituras

Parte da tarde do primeiro dia do encontro de preparação para o Jubileu 2025 foi dedicada à uma reflexão sobre os sentidos bíblicos do Jubileu nas Sagradas Escrituras. Quem falou sobre o assunto foi segundo vice-presidente e arcebispo de Olinda e Recife, dom Paulo Jackson Nóbrega.

A partir de uma imersão bíblica, principalmente com referências ao Antigo Testamento, dom Paulo convidou os participantes a pensarem em elementos marcantes citados na Bíblia e o caminho traçado para se vivenciar o Jubileu da Esperança.

“Em uma breve introdução podemos citar trechos marcantes que retratam que somos todos peregrinos da esperança, somos todos libertados, assim como o povo de Israel, como acontece em um tempo sabático. O ano do Jubileu deveria ser visto como semelhança do ano sabático, sem colheitas, sem poda das vinhas, mas para que fossem podadas espontaneamente. Outro elemento é a fé no Deus libertador e proveniente, que regenera tudo, a liberdade é proclamada para todos os habitantes. Atinge a todos, senhores livres e escravos. Somente por meio da fidelidade a Deus, o único que é livre, é que Israel descobre sua vocação para a liberdade.”

A renovação no Espírito Santo

Todos os elementos citados e explicados por dom Paulo, ligados a uma reflexão sobre o ano sabático, colaboraram para a compreensão bíblica da raiz verbal do termo “jubileu” . Contribuiu, ainda, para os participantes do encontro compreenderem os caminhos escatológicos da solenidade pública, que a cada 50 anos, na antiguidade hebraica, as dívidas e penas eram perdoadas e os escravos eram libertos. Para dom Paulo, em Gn 2, 1-3, é possível refletir sobre o que está escrito:

“1E então foram concluídos os céus e a terra, e todo o exército deles. 2Tendo concluído Deus, no sétimo dia, toda a sua obra que fizera, descansou Ele, no sétimo dia, de toda a sua obra que fizera. 3E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou, porque, nele, cessou Deus de fazer toda a sua obra que criara”.

Ao fazer uma ponte com todo esse resgate bíblico-teológico, dom Paulo alinhou sua fala ao significado do jubileu nos tempos atuais. Entre os católicos, o que se chama de “ano sabático” passou a ser uma indulgência plenária concedida pelo papa a cada 25 anos, “é como uma devolução da dignidade aos filhos e filhas de Deus que estão oprimidos na marginalidade da vida. Porém, o ponto culminante do ano jubilar é o cumprimento do projeto de Deus visando a salvação, a restauração do Reino de Deus, em Jesus, onde tem fim tudo o que foi corrompido pelo pecado do ser humano”, disse.

Contexto de pertencimento

Para dom Paulo, “viver intensamente um ano jubilar é entender que a colheita do que é feito e proposto só acontecerá posteriormente ao ano do jubileu. Esse é um elemento central para se compreender que é um projeto cíclico de esperança, que busca a libertação, a superação das desigualdades, que busca a devolução das terras à suas origens, mas também tem a perspectiva da construção de um projeto que leva as pessoas a encontrarem um Deus que é salvador”, ressaltou.

Dom Paulo ainda completou: “Estamos participando deste encontro porque nós também estamos à procura do ano da graça, este ano aceitável olhos do Senhor. O que essas realidades têm a ver com o ano jubilar de 2025? Há muitas dimensões na temática do ano jubilar que pertencem a todos nós, filhas e filhos de Deus. Há uma dimensão ecológica, dimensão socioeconômica, dimensão teológica, cristológica e escatológica. Por isso, digo que é um grande convite a sermos peregrinos da esperança”, finalizou.

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