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Artigos › 31/01/2018

São João Bosco, um homem voltado para o céu

Dom Bosco, criador dos oratórios; catequeses e orientações profissionais, era exemplo para os jovens

Aleteia

João Melchior Bosco nasceu dia 16 de agosto de 1815, num lugarejo próximo a Turim, chamado Becchi. Nasceu do segundo casamento de Francesco Bosco, tendo por mãe Margherita Occhiena. Ficou órfão de pai quando tinha apenas dois anos de idade e Dona Margherita, teve de lutar para criar seus filhos.

Em 1828 começou a estudar e aos dezesseis anos passou a frequentar a escola de Castelnuovo D’Asti. Em 30 de outubro de 1835, quando completou vinte anos, ingressou no Seminário de Chieri, sendo ordenado sacerdote em 5 de junho de 1841, pelo bispo Luigi Fransoni. No início de sua vida sacerdotal desejava ser missionário nas Índias. Entretanto, seu diretor espiritual, São José Cafasso, que o conhecia profundamente, opôs-se dizendo que sua missão eram os jovens de Turim. Assim, após a ordenação, foi transferido para Turim.

No contexto da revolução industrial na Itália, havia grande contingente de jovens sem família nos grandes centros urbanos. Desde 1809, em Milão, a igreja católica mantinha um tipo de obra assistencial para jovens denominada Oratório, que se ocupava de lazer, educação e catequese. Influenciado por essas iniciativas, Dom Bosco funda em 8 de dezembro de 1841 um oratório em Turim. Em 8 de dezembro de 1844, esse oratório passa a denominar-se Oratório de São Francisco de Sales, sendo a primeira casa Salesiana, e em 12 de abril de 1846 passou a ter sua sede definitiva numa propriedade de Francisco Pinardi, num bairro de Turim chamado Valdocco. Seu método de apostolado era partilhar em tudo da vida dos jovens. Abriu escolas de alfabetização, de artesanato, casas de hospedagem, campos de diversão para os jovens com catequese e orientação profissional. Sua obra era uma inovação tão radical em seu tempo, que chegou a ser contrariado até pela autoridade eclesiástica.

 

Em 1864, Dom Bosco fundou uma congregação religiosa que perpetuou suas iniciativas em favor dos jovens e colocou-a sob a proteção de São Francisco de Sales; daí o nome Salesianos. Para atender à educação feminina fundou, com a colaboração de Santa Maria Mazzarello, o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora.

O cuidado com a juventude não esgotou o zelo apostólico de Dom Bosco. Ele foi capelão das prisões de Turim, familiarizando-se de tal modo com os presos que conseguia levá-los a passeio fora de Turim sem que algum se atrevesse a fugir.

Dom Bosco foi também escritor, promovendo a boa imprensa com a publicação das leituras católicas, em fascículos mensais e fundando a Biblioteca da Juventude Católica Italiana. Alargando mais seus horizontes apostólicos, formou missionários para a evangelização dos infiéis. Em 1875, enviava missionários à Patagônia, em 1883, ao Mato Grosso, onde é bem conhecido o zelo dos salesianos entre os índios Bororos e os Xavantes.

 

Ao falecer, em Turim, no dia 31 de janeiro de 1888, sua instituição contava com 64 casas de religiosos em diversas nações e mais de mil padres salesianos.

A beatificação de Dom Bosco (1929) – feita pelo papa Pio XI – coincidiu com os “pactos lateranenses”, o famoso acordo assinado entre a Santa Sé e o Estado italiano; a coincidência não foi gratuita, pois representou naquele momento, uma expressão do nacionalismo italiano: um momento difícil da história recente da península itálica e da Igreja na Itália, já que naquele momento governava o famoso “Duce”, Benito Mussolini, líder do movimento fascista italiano.

Na canonização de Dom Bosco (1934) o contexto foi bem diferente. Descontente com os rumos do fascismo e do nazismo Pio XI escreverá duas encíclicas, uma em alemão e outra em italiano, condenando ambas as ideologias.

Ó Deus, que suscitastes São João Bosco para educador e pai dos adolescentes, fazei que, inflamados da mesma caridade, procuremos a salvação de nossos irmãos e irmãs, colocando-nos inteiramente a vosso serviço. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

 

1 Comentário para “São João Bosco, um homem voltado para o céu”

  1. Sou ex seminarista SALESIANO. Tenho 4 irmãs freiras SALESIANAS. Sou primo de terceiro grau do PAPA FRANCISCO. Nossa familia sempre foi muito católica apesar dos meus pais analfabetos mais muito sábios e nos educaram bem no caminho do Reino de Deus. Me sinto muito honrado e dotado de muitos talentos pelos quais sou responsável. Vou fazer todos eles renderem cem vezes e com isso buscar meu lugar no céu. Não é por medo mas por entender minha missão. Temo a Deus mas amo o Senhor de todo o meu coração e o próximo onde enxergo Jesus Cristo sofrendo com as crianças idosos, mendigos, pobres, necessitados, presos, injustiçados e tudo mais.
    Vamos nessa. Se encontramos no banquete do SENHOR.

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