Reflexão Diária – 29 de agosto de 2013
Hoje celebramos o Martírio de São João Batista. Ele nos ensina que não devemos ter medo de anunciar a VERDADE, denunciando a maldade mesmo que custe a própria vida. Muitos já deram suas vidas, por causa do Evangelho em defesa dos mais necessitados como: Irmã Dorothy, Dom Oscar Romero e muitos outros.
A Irmã Dorothy Stang foi assassinada, com sete tiros, aos 73 anos de idade, no dia 12 de fevereiro de 2005. Segundo uma testemunha, antes de receber os disparos que lhe ceifaram a vida, ao ser indagada se estava armada, Ir. Dorothy afirmou “eis a minha arma!” e mostrou a Bíblia Sagrada. Leu ainda alguns trechos das Sagradas Escrituras para aquele que logo em seguida lhe balearia. No cenário dos conflitos agrários no Brasil, seu nome associa-se aos de tantos outros homens, mulheres e crianças que morreram e ainda morrem sem ter seus direitos respeitados.
No dia 24 de março de 1980, às 6 h da tarde, o arcebispo de San Salvador, capital do pequeno país da América Central, El Salvador, celebrava missa na capela do Hospitalito, hospital de religiosas que cuidavam de doentes de câncer. No momento da consagração, o tiro desfechado por um atirador de elite escondido atrás da porta traseira da capela atingiu o coração do pastor e matou-o imediatamente. Calava-se assim a voz que defendia os pobres no regime cruel e sangrento que dominava El Salvador. E Monsenhor Romero passaria a estar vivo, a partir de então, no coração de seu povo, no qual profetizou que ressuscitaria, se o matassem. Assim foi, assim é. Não existe um só salvadorenho nos dias de hoje que não fale com carinho extremo de Monsenhor Romero e não reconheça nele um pai e um protetor. E não há um cristão que não deva conhecer a vida e a trajetória deste grande bispo que é exemplar para todos aqueles e aquelas que hoje se dispõem a seguir Jesus de Nazaré.
O Evangelho de hoje (Cf. Mc 6, 17-29) chama a atenção pela atitude de um homem sem Jesus: “Herodes”. Estamos diante de uma pessoa cega, surda e muda que não experimentou a força libertadora de Jesus em sua vida, apesar de ter estado com Ele, gostava de ouvi-lo, mas como muitos ainda hoje matam por dinheiro e por poder.
Precisamos experimentar Jesus, permanecer Nele, ainda assim não seremos perfeitos, porém, uma vez realizado o encontro pessoal com Jesus, começamos a enxergar, a escutar e falar do AMOR de Deus, mesmo de forma imperfeita. Hoje ofereça uma palavra, que expresse o seu encontro pessoal com Jesus. “O AMOR” foi mais forte que a minha teimosia, o Senhor me seduziu, eu me deixei seduzir depois de muita resistência!
Pe. João Alves Sobrinho
pároco reitor do Santuario São Judas Tadeu