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Ano do Laicato – Professores: desafios em ser cristão no ambiente escolar

Por Matheus Briet e Renata Reis

Dentro do ambiente escolar, mais precisamente no ensino público, as instituições devem ser imparciais em relação à religião, ou seja, não podem apoiar uma doutrina, ou desaprovar outra. Deve-se manter o respeito para com toda e qualquer orientação e escolha religiosa. Isso também se aplica a espaços que tenham influências do Estado, como os órgãos públicos.

Essa definição se deu desde a quinta Constituição Brasileira, de 1988, que diz “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias”. O Estado não permitir que o ensino religioso seja passado em suas escolas, não impede que quem estuda e quem trabalha professe sua fé. Essa questão foi levantada no Plano Municipal de Educação (PME), documento que dita os caminhos da educação pública nos municípios brasileiros, para os próximos 10 anos.

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No ambiente particular a história é diferente. Existem colégios com denominações claras, onde quem passa a frequentá-los sabe o que vai encontrar. Mas a grande maioria não se posiciona na questão religiosa. Letícia Bizigatto Brandão é diretora de um colégio particular de São José dos Campos e conta como é a postura adotada pela instituição: “Deus é um só, e a escola é aberta para todas as religiões. Na aula de filosofia falamos sobre amor de Deus, o tenho que ter comigo, com meu amigo e o respeito que tenho que ter com todos, o que já não se tem no mundo ai fora”, explica. “Ser cristão, é fazer o bem para o outro, então esse é o nosso princípio, amar a Deus sobre todas as coisas e amar o próximo como a si mesmo”, completa.

Flávia Santos é professora, e ao ser perguntada sobre quais os desafios de ser cristã na sala de aula, ela disse “O que faço é praticar os valores cristãos, que muitas pessoas reconhecem como valores humanos. Deixo claro no que e em quem creio, mas se isso não se manifesta em minhas atitudes, meu educar perde a credibilidade. Por isso olho para cada aluno com o olhar de Jesus, principalmente nos momentos difíceis, mesmo na hora de corrigir ou quando preciso de uma boa dose de paciência!”, termina.

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