Preocupação com a experiência de fé dos jovens é assunto de reflexão para bispos
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A preocupação com a experiência de fé da juventude e os caminhos que ela escolhe como opção de vida foi tema da fala de Dom Vilson Basso, durante a coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (17), sétimo dia da 56ª Assembleia Geral da CNBB.
“A Igreja quer oferecer a oportunidade de uma experiência de Deus e que os jovens possam se encontrar com a pessoa de Jesus”, disse o bispo que é presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude (CEPJ).
Segundo Dom Vilson, somente a partir da experiência de Deus os jovens podem fazer a sua adesão ao projeto de vida de Jesus e serem “evangelizadores e anunciadores” de sua Boa Nova.
“Acredito que aí está o coração e o segredo de todo trabalho com a juventude: oportunizar um encontro decisivo com a pessoa de Jesus e aí sim, termos jovens apaixonados e missionários que esparramem a boa notícia em todos os areópagos modernos”, enfatizou o bispo.
Dom Vilson comentou ainda a preparação para o Sínodo dos Jovens, que ocorre em outubro, e tem como tema ‘Os jovens, a fé e o discernimento vocacional’.
“Vivemos um tempo especial, um tempo de graça, é tempo de preparação para o Sínodo dos Bispos”, assinalou. “É um tempo de graças porque coloca os jovens no centro de atenção da nossa Igreja. Isso é inédito, isso é bonito e é tempo de graça para os jovens do nosso país e do mundo”, completou o bispo.
Dom Vilson lembra que o Papa Francisco pede que se ouçam os jovens e os levem a sério.“O Sínodo é esta oportunidade de escutar a juventude e de levá-la a sério e abrir novos caminhos e possibilidades de evangelização”.
O bispo apresentou ainda o livro ‘Deus é Amor’, que traz a visão do Papa Francisco a respeito de grandes temas da atualidade para os jovens.
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Outro assunto que foi destaque na mesa da coletiva diz respeito ao trabalho da Igreja junto às mídias católicas. Dom Darci Nicioli apresentou aos jornalistas, o Documento de Estudos número 111, da CNBB, “Orientações Pastorais para as Mídias Católicas – Imprensa, Rádio, TV, e Novas Mídias”.
De acordo com Dom Darci, os bispos pedem uma “palavra orientativa e normativa” para as mídias de orientação católica e também outros atores envolvidos com o universo da comunicação católica. Segundo o presidente da Comissão para a Comunicação da CNBB, este documento cumpre essa finalidade, especialmente em questões de doutrina, liturgia, postura política, venda de produtos religiosos nos veículos de comunicação, entre outros temas.
“A intenção primeira deste documento é provocar uma reflexão na mídia de inspiração católica. De forma que, nós que militamos na mídia possamos dar um testemunho público e explícito de compromisso, de comunhão e de unidade como Igreja”, assinalou Dom Darci.
Um terceiro tema da coletiva trouxe os desafios para o diálogo e ecumenismo entre as religiões no Brasil. Dom Francisco Biasin, presidente Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso, disse que o respeito às diversas religiões está na essência do cristianismo.
“Ser cristão é ser ecumênico. No DNA do ser cristão existe o diálogo, o acolhimento e ir ao encontro do outro. Junto dessa afirmação tem uma constatação que parte dos Evangelhos. O cristianismo nasceu plural, não nasceu monolítico”, frisou Dom Biasin.
Entre os desafios citados pelo bispo, o “fundamentalismo religioso” que leva a extremismos e as “grandes polarizações” tanto dentro quanto fora das Igrejas, que “impedem o diálogo” e “constroem muros entre as pessoas, igrejas, culturas diferentes, minorias, e assim por diante”, frisou.
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