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Notícias da Diocese › 10/03/2020

Pe. Thiago, em estudos em Roma, comenta sobre caso do coronavírus na Itália

“A realidade vivida por aqui está bem delicada… As preocupações começam a bater à porta. Já estamos na segunda semana sem aulas, os professores mandam as aulas via e-mail e por vídeo-conferência. Todas as fronteiras nas cidades estão fechadas e ninguém pode se deslocar nas diversas regiões da Itália. Aqueles que celebram nas capelanias estão cancelando… As autoridades civis podem os parar para explicações. Nós também não podemos sair de casa até o dia 3 de abril. O fiéis nas Igrejas estão sem missa, e um decreto do Vicariato de Roma cancelou todas as celebrações. Nós aqui na comunidade de estudantes não podemos ficar todos juntos na capela e refeitório, nos revezamos com 5 turnos de 20 pessoas na capela em vários horários, e sempre mantendo 1 metro de distância e lavando as mãos toda hora… Uma sensação muito ruim… Hoje nos dividimos em outros refeitórios usando utensílios descartáveis. Uma mistura de impotência e insegurança. Todos contribuindo para que o vírus não se prolifere. Por enquanto aqui ninguém foi infectado, mas os números só crescem junto com o contágio. Um caos. Ainda não sabemos, mas certamente não haverá as celebrações da Semana Santa. Vivemos esta Quaresma com esperança. Contamos com as orações de todos.” (Padre Thiago Dias)

 

 

Em entrevista ao portal G1, padre Thiago Dias Domiciano comenta sobre a realidade da Epidemia coronavírus na Itália.

 

 

Fonte: G1

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O padre brasileiro Thiago Dias, que vive na Itália há dois anos, afirma estar assustado com o avanço dos casos do novo coronavírus. A Itália é o país com o maior número de casos da doença fora da Ásia e nesta semana endureceu as restrições para circulação no país para tentar frear o contágio do coronavírus.

O sacerdote, que é de São José dos Campos, relata esvaziamento dos espaços públicos, cancelamento de aulas e missas.

Ele está no país há dois anos onde cursa mestrado em um centro com outros padres de várias nacionalidades. Thiago conta que as aulas estão suspensas e todos estão impedidos de deixarem o alojamento, em cumprimento a uma imposição do governo italiano.

Desde o início do mês, o governo e a igreja haviam estipulado regras para evitar o contágio e isolado algumas regiões que concentravam maior número de casos. Nesta segunda-feira (10), o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, endureceu as restrições na circulação em todo o território italiano.

“É um momento delicado porque nos pegou de surpresa. Bate uma experiência de desequilíbrio, de impotência. A gente não pode se locomover e isso nos assusta”, conta Thiago.

Entre as medidas estão a proibição da circulação entre cidades; proibição de reuniões públicas, inclusive de velórios; fechamento de escolas e faculdades e bares e restaurantes até às 18h.

Padre Thiago Dias afirma estar assustado com avanço do coronavírus na Itália — Foto: Arquivo Pessoal

O padre, além dos estudos, cumpria agenda de missas com outros párocos que estão no centro universitário. Ele conta que a Igreja já havia cancelado algumas sessões e aulas como forma de cooperação com o governo, mas que isso se acentuou com as medidas recentes.

Ele voltaria para o Brasil no início de julho, mas não sabe se a data pode mudar a depender do cenário da doença e da liberação para as aulas. “Eu gostaria de estar no Brasil. A vontade é de fazer as malas e ir embora, mas eu preciso concluir os estudos”.

Thiago conta que para reforçar a medida, artistas italianos têm compartilhado nas redes tags e mensagens pedindo que as pessoas evitem sair de suas casas. “Todos nós estamos suscetíveis, mas temos que colaborar e a esperança é o que há nesse momento”.

Até a última atualização desta reportagem, a Itália registrava 9.172 casos confirmados e 463 mortes.

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