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Papa: vamos dar espaço à Palavra de Deus, lendo diariamente a Bíblia, inclusive no celular

Vatican News

Ao pronunciar a homilia na missa que, pela primeira vez, celebra o Domingo da Palavra de Deus, Francisco nos encorajou novamente a ler o Evangelho todos os dias.

A cerimônia foi instituída no ano passado e, neste domingo (26), foi celebrada para fortalecer e recuperar a identidade cristã, através da familiaridade com a Bíblia: “vamos ler diariamente qualquer versículo”, trazendo o Evangelho no bolso ou mesmo lendo pelo celular, disse o Papa.

Pela primeira vez a Igreja celebrou o Domingo da Palavra de Deus dedicado ao estudo e à difusão do Evangelho. Esse dia é celebrado sempre no III Domingo do Tempo Comum, desde a instituição do Papa em setembro de 2019, para fortalecer e recuperar a identidade cristã, através da familiaridade com a Bíblia.

Na homilia deste domingo (26), na Basílica de São Pedro, Francisco se inspirou nas leituras do dia para voltar às origens da pregação de Jesus, que relata como, onde e a quem começou a pregar.

A missão pública de Jesus começou com a base de todos os discursos de Jesus, ao nos dizer que “o Reino do Céu está próximo”, que dizer que “Deus está próximo” porque se fez homem. E essa mensagem, que é de alegria ao tomar a condição humana, disse o Papa, não foi num “sentido de dever, mas por amor”. E, por isso, pediu para mudarmos de vida, de “passar da escuridão à luz”, com a força da sua Palavra.

“Mudem de vida porque começou um modo novo de viver: acabou o tempo de viver para si mesmo, começou o tempo de viver com Deus e para Deus, com os outros e para os outros, com amor e por amor.”

Ao observar onde Jesus começou a pregar, Francisco lembrou que foram “a partir das regiões então consideradas ‘tenebrosas’”, onde moravam pessoas muito diferentes entre si, em termos de povos, línguas e culturas:

“Não era certo o lugar onde se encontrava o povo eleito na sua pureza religiosa melhor. E, no entanto, Jesus começou de lá: não do átrio do templo de Jerusalém, mas do lado oposto do país, da Galileia dos gentios, de um local de fronteira, de uma periferia. Disso mesmo podemos tirar uma lição: a Palavra que salva não procura lugares refinados, esterilizados, seguros. Vem à complicação dos nossos dias, às nossas obscuridades. Hoje, como então, Deus deseja visitar aqueles lugares, onde se pensa que lá Ele não vai.”

Por fim, para quem Jesus iniciou a pregar?

“Os primeiros destinatários da chamada foram pescadores: não pessoas atentamente selecionadas com base nas suas capacidades, nem homens piedosos que estavam no templo a rezar, mas gente comum que trabalhava. Pessoas normais, que trabalhavam.”

Para seguir Jesus, finalizou o Papa, “não bastam os bons propósitos; é preciso ouvir dia a dia a sua chamada”. Dessa forma, Francisco enaltece a importância de saber escutar, em meio a milhares de palavras todos os dias, “a única Palavra que não nos fala de coisas, mas de vida”.

“Queridos irmãos e irmãs, demos espaço à Palavra de Deus! Vamos ler diariamente qualquer versículo da Bíblia. Começar pelo Evangelho: mantê-lo aberto no cômodo de casa, trazê-lo conosco no bolso, visualizá-lo no celular; deixemos que nos inspire todos os dias. Descobriremos que Deus está perto de nós, ilumina as nossas trevas, amorosamente impele para conduzir a nossa vida.”

Papa no Angelus: confiar na Palavra de Deus que muda o mundo e os corações

Depois da missa celebrada na Basílica de São Pedro, por ocasião do Primeiro Domingo da Palavra de Deus, o Papa Francisco, na alocução que precedeu a Oração Mariana do Angelus deste domingo (26), se concentrou no Evangelho do dia, de quando começou a missão pública de Jesus. Uma pregação que começa ao pronunciar as seguintes palavras:”Convertei-vos, porque o reino dos céus está próximo”. Um anúncio poderoso como um “feixe de luz que atravessa as trevas e corta a névoa”, disse Francisco.

“Com a vinda de Jesus, luz do mundo, Deus Pai mostrou à humanidade a sua proximidade e amizade”, comentou o Papa, dadas gratuitamente e que não são um mérito nosso: “são um dom gratuito de Deus. Nós devemos tutelar esse dom”, explicou o Pontífice, que fez um apelo para um “verdadeiro caminho de conversão”:

“Tantas vezes é impossível mudar a própria vida, abandonar o caminho do egoísmo, do mal, abandonar a estrada do pecado, porque o compromisso de conversão está centrado apenas em si mesmo e nas próprias forças, e não em Cristo e no seu Espírito. Mas nossa adesão ao Senhor não pode ser reduzida a um esforço pessoal, não. Acreditar nisso também seria um pecado de soberba. A nossa adesão ao Senhor não pode se reduzir a um esforço pessoal, ao contrário, deve ser expressa em uma abertura confiante de coração e mente para acolher a Boa Nova de Jesus. É essa, a Palavra de Jesus, a Boa Nova de Jesus, o Evangelho – que muda o mundo e os corações! Somos chamados, portanto, a confiar na palavra de Cristo, a nos abrir à misericórdia do Pai e a nos deixar ser transformados pela graça do Espírito Santo.”

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