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Papa: santas doutoras e padroeiras semeadoras de esperança

O Papa Francisco enviou uma mensagem à Conferência Internacional sobre as Mulheres Doutoras da Igreja e Padroeiras da Europa em diálogo com o mundo de hoje, que se realizou em Roma na Pontifícia Universidade Urbaniana nos dias 7 e 8 de março. Na ocasião foram celebrados os aniversários da declaração de Doutoras da Igreja a Teresa de Ávila, Catarina de Sena, Teresa de Lisieux e Hildegarda de Bingen. Também foram recordadas as santas europeias Brígida da Suécia, Teresa Benedita da Cruz que juntamente com Catarina de Sena foram proclamadas co-Padroeiras da Europa por João Paulo II em 1999.

“A eminente doutrina destas santas – afirmou o Papa – pela qual foram declaradas Doutoras da Igreja ou Padroeiras, ganha nova relevância nestes tempos por sua permanência, profundidade e atualidade e, nas circunstâncias atuais, oferece luz e esperança ao nosso mundo fragmentado e desarmônico”. E embora pertençam a épocas e lugares diferentes e tenham realizado missões diferentes, “todas elas têm em comum o testemunho de uma vida santa”.

“Dóceis ao Espírito, através da graça do Batismo, seguiram seu caminho de fé, movidas não por ideologias mutáveis, mas por uma adesão inabalável à ‘humanidade de Cristo’ que permeava suas ações”. Então o Papa observou “de onde tiravam a força para realizá-las, senão do amor de Deus que encheu seus corações?” e afirmou ainda que este “é um caminho acessível a todos, ou seja, o da santidade comum”.

Encorajando e elogiando a vida e obra das santas Francisco acrescentou:

“O exemplo de vida destas santas coloca em evidência alguns dos elementos que compõem essa feminilidade tão necessária para a Igreja e o mundo: a coragem de enfrentar as dificuldades, sua capacidade de concretude, uma disposição natural de ser propositivas para o que é mais belo e humano, de acordo com o plano de Deus, e uma visão clarividente do mundo e da história – profética – que as tornou semeadoras de esperança e construtoras do futuro”

Francisco concluiu sua mensagem observando ainda que a “dedicação ao serviço da humanidade foi acompanhada de um grande amor pela Igreja e pelo ‘Doce Cristo na Terra’, como Catarina de Sena gostava de chamar o Papa. Eles se sentiram co-responsáveis em remediar os pecados e misérias de seu tempo, e contribuíram para a missão de evangelização em plena harmonia e comunhão eclesial”.

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