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Papa Francisco na Missa do Domingo de Ramos: “Cristo impele-nos a procurá-lo e amá-lo nos abandonados”

O Papa Francisco presidiu, no domingo, 2 de abril, a Missa de Domingo de Ramos, solenidade que abre as celebrações da Semana Santa. Diante de cerca de 50 mil pessoas na Praça São Pedro, o pontífice refletiu sobre o sofrimento de Jesus no Evangelho da Paixão e a experiência do abandono, contida na súplica do Cristo crucificado e também no Salmo meditado na liturgia.

“Jesus abandonado pede-nos para termos olhos e coração para os abandonados. Para nós, discípulos do Abandonado, ninguém pode ser marginalizado, ninguém pode ser deixado a si mesmo”, disse o Papa Francisco na homilia.

No início de sua reflexão, Francisco recordou que, na Bíblia, o verbo «abandonar» é forte. Ele aparece em momentos de dor extrema, “nas mais drásticas dilacerações dos vínculos”. E Cristo levou tudo isto para a cruz, “ao carregar sobre Si o pecado do mundo. E, no auge, Ele – Filho unigênito e predileto – experimentou a situação mais estranha no seu caso: o abandono, a distância de Deus”.

Ele motivou ainda que “cada um de nós, ouvindo referir o abandono sofrido por Jesus, diga para si mesmo: por mim. Este abandono é o preço que pagou por mim”. O pontífice recordou que Jesus fez-Se solidário com cada um de nós até ao ponto extremo, “para estar conosco até ao fim. Experimentou o abandono para não nos deixar reféns da desolação e permanecer ao nosso lado para sempre”.

E ainda sinalizou que Ele salva “a partir de dentro dos nossos «porquês»”. De lá, continuou, “descerra a esperança que não desilude. De fato, na cruz, enquanto experimenta o abandono extremo, não Se deixa cair no desespero – este é o limite –, mas reza e entrega-Se”.

Um amor como o de Jesus, “que dá tudo por nós, até ao fim, é capaz de transformar os nossos corações de pedra em corações de carne”, disse o Papa. “É um amor de piedade, ternura e compaixão”, que traduz o “estilo de Deus” tão ressaltado por Francisco.

“Deus é assim. Cristo, abandonado, impele-nos a procurá-Lo e a amá-Lo nos abandonados. Porque neles, não temos apenas necessitados, mas temo-Lo a Ele, Jesus Abandonado, Aquele que nos salvou descendo até ao fundo da nossa condição humana”.

Confira a homilia do Papa na íntegra. 

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