Papa: “Deus liberte o mundo da violência desumana do terrorismo”
Rádio Vaticano
No encontro com os fiéis para a oração do Angelus, neste domingo (20/08), na Praça São Pedro, o Papa voltou a expressar a sua dor pelas vítimas dos atentados terroristas dos últimos dias e pediu ao Senhor que liberte o mundo da chaga do terrorismo.
“Nossos corações estão carregados de dor pelos atos terroristas que nestes últimos dias causaram numerosas vítimas em Burquina-Fasso, na Espanha e na Finlândia. Oremos por todos os falecidos, pelos feridos e seus familiares; e supliquemos ao Senhor, Deus da misericórdia e da paz, que liberte o mundo desta desumana violência”.
A mulher cananeia no Evangelho de Mateus
Antes das palavras de condenação ao terrorismo, Francisco refletiu sobre o Evangelho dominical e realçou especialmente a fé tenaz da mulher cananeia que implora a Jesus que cure sua filha, que está cruelmente atormentada por um demônio. “A aparente indiferença de Jesus não desencoraja a mãe, que insiste em sua invocação”.
A força interior daquela mulher, que lhe permite vencer qualquer obstáculo, reside no seu amor materno e na confiança de que Jesus pode atender o seu pedido. E isto me faz pensar na força das mulheres! Com a sua força, são capazes de obter coisas grandes. Conhecemos muitas assim!”.
O Senhor coloca nossa fé ‘à prova’
“Aquela humilde mulher é indicada por Jesus como um exemplo de fé inquebrantável. Sua insistência em invocar a ação de Cristo é para nós um estímulo a não nos desencorajarmos, a não nos desesperarmos quando formos oprimidos pelas duras provas da vida. O Senhor não vira para o outro lado quando vê as nossas necessidades e, se por vezes pode parecer insensível aos nossos pedidos de ajuda, é para nos colocar à prova e fortalecer a nossa fé”.
O Papa acrescentou que este episódio evangélico “nos ajuda a entender que todos precisamos crescer na fé e fortalecer a nossa confiança em Jesus”.
“Ele pode nos ajudar a encontrar a direção quando perdemos a bússola de nosso caminho; quando a estrada diante de nós não é mais tão plana, mas áspera e árdua; quando é cansativo ser fiel aos nossos compromissos. É importante alimentar todos os dias a nossa fé, com a escuta atenta da Palavra de Deus, com a celebração dos Sacramentos, com a oração pessoal como um ‘grito’ para Ele, e com atos concretos de caridade com o próximo”.