Av. São João, 2650 - Jardim das Colinas, São José dos Campos - SP, 12242-000 - (12) 3928-3911

Papa aos Servos de Maria: sejam sinais de paz num mundo marcado por conflitos

O Papa Leão XIV recebeu em audiência na manhã desta segunda-feira, 24 de novembro, os participantes do Capítulo Geral de número 215 dos Servos de Maria. Todo evento do gênero, afirmou o Pontífice, constitui um retorno às fontes e, ao mesmo tempo, um olhar para o futuro. As duas coisas não podem ser separadas: quanto mais se volta às origens, mais capaz se torna de criatividade e profecia.

Retornar às fontes significa recuperar três dimensões: o Evangelho, a Regra – neste caso a de Santo Agostinho – e o clamor dos pobres, expresso pelo tema do Capítulo: “Ser Servos em um mundo polarizado, construir o que nos une valorizando as diferenças”.

Portadores de amizade e paz

E para que possam viver esse retorno triplo ao máximo, não só nestes dias, mas sempre, o Santo Padre recomendou três meios, típicos da própria tradição: fraternidadeserviço e espiritualidade mariana.

Quanto à primeira, a fraternidade, Leão XIV ressaltou o fato de que a Ordem dos Servos de Maria é um caso quase único na história das congregações religiosas, pois não nasceu em torno de um único fundador, um  líder carismático, mas em torno de um grupo de sete amigos: um verdadeiro grupo evangélico.

“Em um mundo como o nosso, isso é sinal de uma tarefa e vocação particulares: viver e trazer fraternidade, especialmente onde as pessoas estão divididas por conflitos, riqueza, diferenças culturais, raça ou religião. Em todos esses contextos, vocês são chamados a serem portadores de amizade e paz, assim como os “Sete” que, em suas cidades, embora divididos por ódios fratricidas, tornaram-se portadores de reconciliação e caridade.”

A vida segundo o Evangelho

E isso leva ao segundo meio: o serviço. É significativo ter escolhido ser e se chamar “Servos”, e que a fundação tenha dado seus primeiros passos no contexto de um hospício para os pobres: o Hospital Fonte Viva del Bigallo. Lá, seus fundadores se colocaram a serviço dos doentes, peregrinos, mulheres pobres: em suma, os últimos de seu tempo. A vida segundo o Evangelho é assim, disse o Papa: “é a paixão por Deus e pelo homem, que nos leva a amar o céu e a terra com a mesma intensidade”.

Leão XIV encorajou os membros da Ordem em seu serviço aos pobres – imigrantes, presos, doentes – assim como em seu compromisso de promover uma ecologia integral para a proteção da criação e das pessoas nos lugares onde trabalha.

Por fim, o terceiro meio: espiritualidade mariana. O Pontífice enalteceu o trabalho realizado por meio da Faculdade Teológica Marianum, bem como pelo cuidado pastoral dos muitos santuários marianos que lhe foram confiados.

“Queridos amigos, que Maria, presente na Cruz, forte e fiel, mostre a vocês como estar ao lado das inúmeras cruzes onde Cristo ainda sofre em seus irmãos e irmãs, para trazer conforto, comunhão, ajuda e o precioso pão do afeto”, concluiu o Santo Padre, concedendo a todos a sua bênção apostólica.

 

 

 

Deixe o seu comentário





* campos obrigatórios.


O período de verificação do reCAPTCHA expirou. Por favor, recarregue a página.