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Papa: ainda hoje morrem cristãos em nome de Deus

Rádio Vaticano

Segunda-feira, 11 de maio: na Missa na Capela da Casa Santa Marta o Papa Francisco afirmou que ainda hoje morrem cristãos em nome de Deus. No Evangelho do dia, Jesus anuncia aos discípulos o Espírito Santo dizendo que o “Espírito da Verdade” dará “testemunho a meu favor. E vós também haveis de dar testemunho, porque estais comigo desde o princípio”. O Santo Padre explicou que o Senhor  “fala do futuro, da cruz que nos espera e fala-nos do Espírito, que nos prepara a dar o testemunho cristão”. Portanto, fala “do escândalo das perseguições”, do “escândalo da Cruz” – afirmou o Papa Francisco.

“Hoje somos testemunhas dessas pessoas que matam os cristãos em nome de Deus, porque são infiéis, segundo eles. Esta é Cruz de Cristo: ‘E isso farão porque não reconheceram o Pai nem a mim’. ‘O que aconteceu a mim – afirma Jesus – acontecerá também a vós – as perseguições, as tribulações – mas, por favor, não vos escandalizeis: será o Espírito a guiar-nos e a fazer-nos entender’”.

Neste contexto, o Santo Padre recordou o telefonema que recebeu no domingo dia 10 de maio do Patriarca copta Tawadros, “porque era o dia da amizade copto-católica”:

“Eu recordei os seus fiéis, que foram degolados na praia porque cristãos. Esses fiéis, pela força que lhes deu o Espírito Santo, não se escandalizaram. Morreram com o nome de Jesus nos lábios. É a força do Espírito. O testemunho. É verdade, o martírio é justamente isso, o testemunho supremo”.

Na conclusão da sua homilia o Papa Francisco referiu o testemunho diário a que todos somos chamados e que é o caminho da fecundidade pascal que Jesus nos ensinou:

“Um cristão que não leva a sério esta dimensão de martírio da vida não entendeu ainda o caminho que Jesus nos ensinou: o caminho do martírio de todos os dias; de defender os direitos das pessoas; dos filhos: pai e mãe que defendem a sua família; o caminho do martírio de tantos, tantos doentes que sofrem por amor de Jesus. Todos nós temos a possibilidade de levar em frente esta fecundidade pascal no caminho do martírio, sem escandalizarmo-nos”.

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