O sentido cristão da Festa Junina
No mês de junho como tradição de muitos anos, se celebra em diversos locais a festa junina. São diversas as instituições religiosas ou não, que também realizam tal festividade. Mas afinal, qual o sentido cristão disso tudo?
Nesse mês, a Igreja Católica celebra santos muito populares para os brasileiros: Santo Antônio (dia 13), São João (dia 24) e São Pedro (dia 29). São esses então que trazem o sentido para as grandes festividades juninas, as festas tradicionalmente trazem a intenção de homenageá-los.
Um dos símbolos utilizados é a fogueira, que segundo a tradição têm origem na história bíblica do nascimento de São João Batista, cuja mãe, Isabel, teria feito uma fogueira para avisar Maria, Mãe de Jesus, que havia dado à luz. Então, esse símbolo é uma espécie de louvor e devoção ao santo.
Outro elemento é o casamento caipira que de forma muito engraçada, retratam um casal em que o noivo é obrigado a casar com a moça, e o pai traz consigo uma espingarda para que o casamento aconteça. E logo em seguida começa a dança da quadrilha. Esse momento se remete diretamente a Santo Antônio, conhecido como santo casamenteiro, onde as moças e rapazes pedem a intercessão para um bom casamento.
Ao final do mês se celebra São Pedro, apóstolo, pescador, conhecido por ter sido o primeiro Papa, e o responsável do céu: “Eu te darei as chaves do reino dos céus e o que ligares na Terra será ligado nos céus”. No Nordeste essa devoção é muito forte, por ele ser conhecido também pelo responsável do tempo, o “manda chuva”, o povo de lá realiza os festejos para agradecer a chuva que ajuda a agricultura, pois na maior parte do ano o tempo é seco.
Culinária. As festas são recheadas de comidas típicas como a Pamonha, Curau, Cuscuz, Canjica, Bolo de milho, Pipoca, Arroz doce, Caldos, Cocada, Pé de moleque, Paçoca, Amendoim, Maçã-do-amor, Bolo de fubá, entre outros. Mas no Vale do Paraíba, o carro chefe de toda a festa é o Bolinho Caipira.
O Bolinho caipira tradicional tem sua massa feita com ingredientes da terra, mistura farinhas de milho e mandioca e tem recheio de carne moída bem temperada, usada crua para que vá sendo cozida na fritura.
O bolinho lembra um pequeno charuto e a forma pode justificar uma das duas histórias que se contam sobre sua origem em Jacareí, São José dos Campos, Taubaté e outros centros urbanos próximos. Ele teria seu início no hábito de pescadores que usavam a massa para empanar peixes miúdos como lambaris e piquiras, deixando de fora cabeça e rabo, item que permanece no menu regional.
Na segunda versão, surge como autoria de tropeiros que cansados da secura das paçocas, inventaram a massa úmida de farinha que misturavam à carne antes de moldar os bolinhos e fritá-los. Esse tipo sem recheio também continua sendo apreciado em Caçapava.
Hoje já existem empresas que vendem bolinhos o ano todo e de diversos sabores: linguiça, bacon, brócolis, chocolate, banana, etc. O que não falta é a criatividade do povo do Vale do Paraíba. E como o material para produção é de custo baixo, vale a pena o investimento para as festividades ou até mesmo para empreender.
Aproveite esse mês de junho para saborear esses quitutes deliciosos, juntamente com a família e amigos. Esses momentos gostosos de lazer e fraternidade é que as comunidades e paróquias querem promover.
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