O papel de pai e mãe na educação dos filhos
Desde o século XIX, de um modo especial, a família vem sendo bombardeada. Em nome de uma revolução sexual e do “progresso técnico-científico”, muita coisa vem sendo proposta para substituir esse núcleo vital da sociedade. No século XX, entramos na era do homem do cálculo e das resoluções rápidas e, agora, no tempo das ideias subjetivas e do relativismo. Entramos, ainda, na época da desconstrução de discursos e valores e do descrédito das instituições. Estamos numa evolução ou numa involução?
Quem deve educar? Uma autêntica autoridade em nossa vida educa. No entanto, temos que entender o que vem a ser autoridade.
A palavra autoridade provém do latim e significa fazer crescer, incrementar. Precisamos de autoridades em nossa educação. Mas, na prática, quem se habilita? Quem está pronto? De quem é o papel?
Da família? Da escola? Da Igreja?
Vemos nossas escolas sofrendo com depredações; vemos nossos professores sendo atacados por alunos; vemos instituições educacionais sucateadas… Onde está a autoridade?
Nas religiões, muitas vezes, detectamos o abuso da boa- fé das pessoas e do desespero de causa de muitos, em meio às crises em todas as ordens (na economia, na afetividade e na saúde).
Que autoridades são, de fato?
Nas famílias, em tantos casos, há ausência da figura paterna ou a anulação dessa figura.
E o papel da mulher? Muitas não têm a possibilidade de cumprir a presença materna na infância dos filhos. Tantas mães têm que delegar às avós, às creches, às escolinhas, aos hoteizinhos a educação dos seus filhos. Enfim, o que podemos chamar de terceirização desse papel fundamental.
O que fazer? Nossos filhos e filhas ficarão por conta do Estado? Nem fé, nem educação, nem família?
Precisamos resgatar, antes de tudo, a família. O pai tem um papel fundamental na vida dos filhos. O homem é entrega, é doação. Ao menos, na sua natureza, deve sê-lo. Os homens precisam preparar-se para o cumprimento dessa missão. A figura masculina oferece o que lhe é próprio, como proteção, confiança, força, segurança e amor.
É a mulher, como mãe, que dá a identidade ao filho, que vem do seu colo (colo do útero) e vai precisar dele por um bom tempo, em particular, na primeira infância.
A mãe oferece e ensina a acolhida. Dá identidade, em todos os sentidos, aos filhos e filhas, pelo seu falar, pela sua maneira de educar, pela sua fé. A mulher dá identidade a uma família! Querendo ou não, seu papel é mais preponderante que o do homem em termos de necessidade da presença feminina. A verdadeira beleza da mulher aí está. É beleza e tem poder de determinar, de ser esteio, de manter a casa de pé. Por isso, de manter-se de pé. Não é à toa que sabemos tantas piadas de bêbados, e rimos. Mas de bêbada, não se fala. Pouco se fala. Uma mulher caída faz chorar. A mulher não combina com um ser cambaleante. É senhora da Vida!
Precisamos zelar para que essas figuras não desapareçam… Parece até absurdo dizer isso. Num tempo em que gritamos pela não extinção de nossos queridos animais, temos que pensar também na raça humana. Pai e mãe, esposo e esposa, homem e mulher não existem por um acaso e não são diferentes por uma eventualidade.
Não dá para intuir, por aí, algo revelador? Virtudes diferentes em homem e mulher. Virtudes que se complementam e que têm uma reciprocidade entre diferentes que se enriquecem mutuamente? Isso não é só teoria; a natureza humana comprova. O jeito de sentir dor é diferente, o modo de enfrentar as situações é divergente, as emoções são manifestadas de formas diferentes… enfim, em tudo existe diferença. São duas figuras que se unem para serem férteis em todos os sentidos. Geram na fecundidade e continuam gerando pessoas no amor.
Gosto muito de pensar na família, como o Criador pensou. Pense na sua! Ame a sua! Defenda essa instituição que não pode delegar o seu papel nem pode ter anulada a sua missão na sociedade.
Família tem a ver com fé! Antes, porém, família tem a ver com a natureza! Pense nisso!
Pe. Rinaldo Roberto de Rezende
Mestre em Teologia Moral com especialização em Matrimônio e Família
Cura da Catedral de São Dimas, São José dos Campos – SP
Em algumas palestras que participo, uma delas muito importante pela Faculdade Católica. Documentos que leio, pelas formações que fiz, em especial na escola de Filosofia da Maneira Clássica, este texto acima, vem de encontro do que as linhas de conhecimento que participo e participo se preocupam com o ser humano na sua formação integral. Tanto na escola de Filosofia e na Palestra da Faculdade, foi dito algo que há forças e pessoas em nível mundial para acabar com o Núcleo Familiar e teus atores e tuas devidas importâncias. Existe movimento onde acabar desde cedo o raciocínio (principalmente das faculdades de julgamento de tudo) e a autoridade e os papéis que cada um tem na família. Sou Educador e em todos os lugares que trabalhei, infelizmente, percebo as sutilezas destas forças maléficas para aqueles que a frente estão deste movimento de acabar não só com a família, mas sim de tudo que é ligado ao humano.
Amei.
Maravilhoso