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Notícias da Diocese › 08/10/2012

O Ano da Fé – Indulgência Plenária

A Porta da Fé, que introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na sua Igreja, está sempre aberta para nós.” Com estas palavras o Santo Padre o Papa Bento XVI inicia a Carta Apostólica Porta Fidei ( A Porta da Fé), com a qual se proclama o Ano da Fé.

O Ano da Fé terá início no dia 11 de outubro, quinta-feira, no cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II, e terminará na Solenidade de Cristo Rei no dia 24 de novembro de 2013. Na referida data de 11 de outubro, completar-se-ão também vinte anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica, texto promulgado pelo Beato Papa João Paulo II, com o objetivo de ilustrar a todos os fiéis a força e a beleza da fé. Esta obra, verdadeiro fruto do Concílio Vaticano II, foi desejada pelo Sínodo Extraordinário dos Bispos de 1985 como instrumento ao serviço da catequese, e foi preparado por todo o episcopado da Igreja Católica.

O Ano da Fé “é um convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo e presente na Santa Eucaristia”. Temos a necessidade de redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo. Não podemos aceitar que o sal se torne insípido e a luz fique escondida. Também o homem contemporâneo pode sentir de novo a necessidade de ir ao poço, como a samaritana, para ouvir Jesus que convida a crer n’Ele e a beber na sua fonte, donde jorra água viva. Devemos readquirir o gosto de nos alimentarmos da Palavra de Deus, transmitida fielmente pela Igreja, e do Pão da vida, oferecidos como sustento de todos aqueles que são seus discípulos.

[toggle_box title=”Indulgência plenária do Ano da Fé” width=”Width of toggle box”]

A indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanta à culpa, (isto é, pelos quais já se obteve a absolvição confessando-se) que o fiel devidamente disposto obtém em certas condições determinadas, pela intervenção da Igreja que, como dispensadora da redenção distribui e aplica por sua autoridade o tesouro das satisfações de Cristo e dos santos” (Paulo VI, Constituição Apostólica Indulgentiarum doctrina, 1967)

A indulgência plenária é a remissão de toda a pena temporal dos pecados já perdoados quanto à culpa (o que, para os pecados mortais, exige necessariamente a confissão sacramental).

Uma vez que a vivência do Ano da Fé visa “antes de tudo desenvolver ao máximo nível — na medida do possível nesta terra — a santidade de vida e de alcançar, portanto, no grau mais alto a pureza da alma, será muito útil o grande dom das Indulgências que a Igreja, em virtude do poder que lhe foi conferido por Cristo, oferece a todos os que, com as devidas disposições, cumprirem as prescrições especiais para as obter” (Decreto da Penitenciaria Apostólica para a Indulgência do ano da Fé).

“Ao longo de todo o Ano da fé, proclamado de 11 de Outubro de 2012 até ao fim do dia 24 de Novembro de 2013, poderão alcançar a Indulgência plenária da pena temporal para os próprios pecados, concedida pela misericórdia de Deus, aplicável em sufrágio pelas almas dos fiéis defuntos, a todos os fiéis deveras arrependidos, que se confessem de modo devido, comunguem sacramentalmente e orem segundo as intenções do Sumo Pontífice:” (Decreto da Penitenciaria Apostólica para a Indulgência do ano da Fé).

a.– cada vez que participarem em pelo menos três palestras/conferências sobre os Documentos do Concílio Vaticano II e sobre os Artigos do Catecismo da Igreja Católica, em qualquer igreja ou lugar idôneo;

b.– cada vez que visitarem em forma de peregrinação a Igreja Catedral, e aí participarem em alguma função sagrada ou pelo menos passarem um bom tempo de recolhimento com meditações piedosas, concluindo com a recitação do Pai-Nosso, a Profissão de Fé de qualquer forma legítima, as invocações à Bem-Aventurada Virgem Maria;

c.– cada vez que, nos dias determinados pelo Bispo Diocesano para o Ano da Fé em qualquer lugar sagrado participarem numa solene celebração eucarística ou na liturgia das horas, acrescentando a Profissão de Fé de qualquer forma legítima; (Na Diocese de São José dos Campos, determino os seguintes dias: Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo: 25/11/2012; Solenidade do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo: 25/12/2012; Festa do Batismo do Senhor: 13/01/2013; Primeiro Domingo da Quaresma: 17/02/2013; Solenidade de São José: 19/03/13; 2º Domingo da Páscoa: 07/04/2013; Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo: 30/05/2013; Solenidade de São Pedro e São Paulo: 30/06/2013; Solenidade da Assunção de Nossa Senhora: 18/08/2013; Festa da Exaltação da Santa Cruz: 14/09/2013; Solenidade de Nossa Senhora Aparecida: 12/10/2013; Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo: 24/11/2013.

d.- um dia livremente escolhido, durante o Ano da fé, para a visita piedosa do batistério ou outro lugar, onde receberam o sacramento do Batismo, se renovarem as promessas baptismais com qualquer fórmula legítima.

O Bispo diocesano, no dia mais oportuno deste tempo, por ocasião da celebração principal (por ex. a 24 de Novembro de 2013, na solenidade de Jesus Cristo Rei do Universo, com a qual será encerrado o Ano da fé) poderá conceder a Bênção Papal com a Indulgência plenária, lucrável por parte de todos os fiéis que receberem tal Bênção de modo devoto. Na Diocese de São José dos Campos a Bênção Papal com a Indulgência plenária será concedida no dia 24 de Novembro de 2013.

Os fiéis verdadeiramente arrependidos, que não puderem participar nas celebrações solenes por motivos graves (como os encarcerados, os idosos, os enfermos, assim como quantos, no hospital ou noutros lugares de cura, prestam serviço continuado aos doentes), obterão a Indulgência plenária nas mesmas condições se, unidos com o espírito e o pensamento aos fiéis presentes, particularmente nos momentos em que as Palavras do Sumo Pontífice ou dos Bispos diocesanos forem transmitidas pela televisão e rádio, recitarem em casa ou onde o impedimento os detiver (por ex. na capela do hospital, da casa de cura, da prisão…) o Pai-Nosso, a Profissão de Fé de qualquer forma legítima e outras preces segundo as finalidades do Ano da fé, oferecendo os seus sofrimentos ou as dificuldades da sua vida.

O presente documento tem validade unicamente para o Ano da Fé.

São José dos Campos, 11 de outubro de 2012 – 50º aniversário da abertura do Concilio Vaticano II.

Dom Moacir Silva
Bispo Diocesano

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[toggle_box title=”O que diz a Carta Apostólica Porta Fidei” width=”Width of toggle box”]

A renovação da Igreja realiza-se também através do testemunho prestado pela vida dos que creem: de fato, os cristãos são chamados a fazer brilhar, com a sua própria vida no mundo, a Palavra de verdade que o Senhor Jesus nos deixou. O próprio Concílio Vaticano II, na Constituição dogmática Lumen Gentium, afirma: “Enquanto Cristo, ‘santo, inocente, imaculado’ não conheceu o pecado, mas veio apenas expiar os pecados do povo, a Igreja, contendo pecadores no seu próprio seio, simultaneamente santa e sempre necessitada de purificação, exercita continuamente a penitência e a renovação. A Igreja ‘prossegue a sua peregrinação no meio das perseguições do mundo e as consolações de Deus’, anunciando a cruz e a morte do Senhor até que Ele venha. Mas é robustecida pela força do Senhor ressuscitado, de modo a vencer, pela paciência e pela caridade, as suas aflições e dificuldades tanto internas como externas, e a revelar, velada mas fielmente, o seu mistério, até que por fim se manifeste em plena luz”.

No mistério da morte e ressurreição de Jesus, Deus revelou plenamente o Amor que salva e chama a todos à conversão de vida por meio da remissão dos pecados. Para o Apóstolo Paulo, este amor introduz o homem e a mulher numa vida nova: “Pelo Batismo fomos sepultados com Ele na morte, para que, tal como Cristo foi ressuscitado de entre os mortos pela glória do Pai, também nós caminhemos numa vida nova”. Em virtude da fé, esta vida nova modela toda a existência humana segundo a novidade radical da ressurreição. A “fé, que atua pelo amor”, torna-se um novo critério de entendimento e de ação, que muda toda a vida do ser humano.

“O amor de Cristo nos impele”: é o amor de Cristo que enche os nossos corações e nos impele a evangelizar. Hoje, como outrora, Ele envia-nos pelas estradas do mundo para proclamar o seu Evangelho a todos os povos da terra. Com o seu amor, Jesus Cristo atrai a Si os homens de cada geração: em todo o tempo, Ele convoca a Igreja confiando-lhe o anúncio do Evangelho, com um mandato que é sempre novo. Por isso, também hoje é necessário um empenho eclesial mais convicto a favor de uma nova evangelização, para descobrir de novo a alegria de crer e reencontrar o entusiasmo de comunicar a fé.

Na descoberta diária do seu amor, ganha força e vigor o compromisso missionário dos que creem, que jamais pode faltar. Com efeito, a fé cresce quando é vivida como experiência de um amor recebido e é comunicada como experiência de graça e de alegria. A fé torna-nos fecundos, porque alarga o coração com a esperança e permite oferecer um testemunho que é capaz de gerar: de fato, abre o coração e a mente dos ouvintes para acolherem o convite do Senhor a aderir à sua Palavra a fim de se tornarem seus discípulos.

Os que creem – atesta Santo Agostinho – “fortificam-se acreditando”. O Santo Bispo de Hipona tinha boas razões para falar assim. Como sabemos, a sua vida foi uma busca contínua da beleza da fé, enquanto o seu coração não encontrou descanso em Deus. Os seus numerosos escritos, em que se explica a importância de crer e a verdade da fé, permaneceram até os nossos dias como um patrimônio de riqueza incomparável, e consentem ainda que tantas pessoas à procura de Deus encontrem o justo percurso para chegar à “porta da fé”.

Por conseguinte, só acreditando é que a fé cresce e se revigora; não há outra possibilidade de adquirir certeza sobre a própria vida senão abandonar-se progressivamente nas mãos de um amor que se experimenta cada vez maior porque tem a sua origem em Deus.

Diácono Marcos Reis de Faria
Catedral de São Dimas

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[toggle_box title=”Como viver o Ano da Fé” width=”Width of toggle box”]

É desejo do Santo Padre que este Ano da Fé suscite, em cada um que crê, o anseio de confessar a fé plenamente e com renovada convicção, com confiança e esperança. éuma ocasião propícia também para intensificar a celebração da fé na liturgia, particularmente na Eucaristia, que é “a meta para a qual se encaminha a ação da Igreja e a fonte de onde promana toda a sua força”. Espera-se, também, que o testemunho de vida daqueles que creem cresça na sua credibilidade. Descobrir novamente os conteúdos da fé professada, celebrada, vivida e rezada e refletir sobre o próprio ato com que se crê é um compromisso que cada um deve assumir, sobretudo neste Ano.

A profissão da fé, “O Credo”, é um ato simultaneamente pessoal e comunitário. Eu creio”: é a fé da Igreja, professada pessoalmente por cada um que crê, principalmente por ocasião do Batismo. “Nós cremos”: é a fé da Igreja, confessada pelos bispos reunidos em Concílio ou, de modo mais geral, pela assembleia litúrgica dos que creem.

É decisivo repassar, durante este Ano, a história da nossa fé.

O Ano da Fé é uma ocasião propícia também para intensificar o testemunho da caridade. Recorda São Paulo: “Agora permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e a caridade; mas a maior de todas é a caridade”. Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e precisarem de alimento quotidiano, e um de vós lhes disser: “Ide em paz, tratai de vos aquecer e de matar a fome”, mas não lhes dais o que é necessário ao corpo, de que lhes aproveitará? Assim também a fé: se ela não tiver obras, está completamente morta. Mais ainda! Poderá alguém alegar sensatamente: “Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me então a tua fé sem obras, que eu, pelas minhas obras, te mostrarei a minha fé”.

A fé sem a caridade não dá fruto, e a caridade sem a fé seria um sentimento constantemente à mercê da dúvida. Fé e caridade reclamam-se mutuamente, de tal modo que uma consente à outra realizar o seu caminho.

Textos do Diácono Marcos Reis de Faria,
cooperador da Catedral de São Dimas, para o Folheto Litúrgico Nova Aliança

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[toggle_box title=”O logo oficial” width=”Width of toggle box”]

Em junho, Dom Rino Fisichella, presidente do Pontifício Conse­lho para a Nova Evangelização, apresentou, numa coletiva de imprensa realizada no Vaticano, o site (www.annusfidei.va), o hino e o logo oficiais do Ano da Fé. Segundo Dom Rino, um dos objetivos da iniciativa será propiciar ocasiões para os cristãos voltarem a descobrir o caminho da fé e recobrarem o entusiasmo do encontro com Cristo.

Num campo quadrado e com borda, encontra-se simbolicamente representada a nau, imagem da Igreja, que navega sobre as águas sutilmente esboçadas na grafia, cujo mastro principal é uma cruz, que iça as velas que, com sinais dinâmicos, realizam o trigrama de Cristo; além disso, no fundo das velas, o sol, que associado ao trigrama, remete à Eucaristia.

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Ouça o a versão em português do Hino Oficial do Ano da Fé  – “Credo, Domine, adauge nobis fidem”

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