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Artigos › 23/07/2018

O amor humano, sinal do amor de Deus

O amor humano é algo fascinante. É símbolo do amor de Deus e, por sua vez, o amor de Deus é modelo para todo amor humano. Dentre os amores humanos, o mais irresistível é o do casal. Tanto é que Deus usa desse amor para falar do seu amor para conosco. Até diz, por meio dos profetas, que o amor Dele por nós chega ao ciúme.

O amor de um casal nasce do que chamamos de harmonia preestabelecida, daí chegarmos a falar até em almas gêmeas. Somos tomados por um afeto inesperado com relação ao outro. Somos como que roubados pelo outro,  e tudo só passa a ter sentido se o outro estiver junto. No começo, é um desconhecido que se torna hóspede e, de hóspede, passa a ser dono da casa. É o amor mais forte do que a morte!

Esse amor dá sentido à nossa história. O ser humano é chamado à existência e, pelo amor, à coexistência, na doação de si. É isso que dá sentido à vida. E, para algo tão importante, é preciso se preparar. O matrimônio cristão envolve um “sim” para sempre. A união é pública, estável e indissolúvel. A graça de Deus vem em socorro do casal, pelo Sacramento do Matrimônio, para que sejam fiéis às promessas feitas e compromissos assumidos. O que chamamos de Encontro de Noivos na Igreja visa suprir qualquer deficiência nesta preparação para a vida conjugal e familiar. A preparação em si deve vir desde o berço, o momento com os noivos deveria ser só o coroamento de um caminho já feito. No Encontro, procuramos interpretar o  amor do casal como sinal do amor de Deus, enfatizar a importância da família para a transformação da sociedade e edificação da comunidade Igreja, abordar o responsável planejamento familiar e os desafios que serão enfrentados, enfim, uma série de temas que chegam até a celebração religiosa. Uma experiência que vale a pena.

Em um mundo marcadamente individualista e egoísta, o casal é o caminho do humano e o caminho do humano é a comunhão. Todas as promessas e compromissos daquele dia único e marcado pelo Eterno convidam à comunhão da vida. O compromisso é selado por um Deus que conhece as fraquezas do humano e o socorre com sua graça. O amor é para sempre, ou não é amor. Não é possível alguém dizer “eu te amor até daqui a pouco”.

Amor não tem prazo de validade; se apresenta algum prazo, repito, não é amor, vai ser apenas um compromisso momentâneo para realizar a satisfação de um ou outro. O saudoso João Paulo II dizia: “O futuro da humanidade passa pela família e por sua adequada preparação”. Na prática, nós sabemos disso e experimentamos na pele seus efeitos. Deus abençoe os casais que tiverem este texto em suas mãos. Que este momento marcado pelo céu coroe o amor de vocês com o Amor–Doação-Comunhão do Deus  que nos criou à  sua imagem, segundo a sua semelhança.

Pe. Rinaldo Roberto de Rezende
Mestre em Teologia Moral com especialização em Matrimônio e Família
Cura da Catedral de São Dimas, São José dos Campos – SP

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