Novena de Natal 2020 em família

O Natal se aproxima, e como de costume acontece a Novena de Natal. Nesse ano diante da pandemia da COVID-19, as comunidades precisarão se reinventar para que esse momento de devoção popular possa acontecer.

A Diocese, através das Comunidades Eclesiais de Base (CEB’s), preparou um material muito rico, tendo como o tema central: “Família Vigilantes: Amigas de Deus”.

Clique AQUI e baixe ⤵ o PDF e reze em família!

Leia abaixo a mensagem especial de Dom Cesar, bispo diocesano.

Queridos irmãos e irmãs!

Vamos celebrar o Natal do Senhor, mesmo diante da pandemia que estamos atravessando. Talvez você pense: “Qual o motivo de festejar o Natal?”, sendo que muitas vidas foram ceifadas nesse ano, vítimas do Coronavírus.

Recordemos a Sagrada Escritura: 14.“Então, os discípulos de João, dirigindo-se a ele, perguntaram: “Por que jejuamos nós e os fariseus, e os teus discípulos não?”. 15.Jesus respondeu: “Podem os amigos do esposo ‘estar triste’, enquanto o esposo está com eles?”. O Menino Deus, o esposo, estará conosco mais uma vez, o verbo encarnado, e como estaremos tristes? “Alegrai-vos sempre no Senhor. Repito: alegrai-vos!” (cf. Fl. 4,4).

O tempo do Advento nos exorta a Vigilância, “Vigiai e orai” (cf. Mt 26,41). Esses dois elementos: a Vigilância e a Oração, podem ajudar sua família a viver melhor. A família que é vigilante, atenta as situações, as necessidades do próximo, da comunidade, é uma família amiga de Deus. E a família que se coloca a rezar, como vocês irão fazer nessa Novena, é uma família que se fortalece cada dia mais.

E Jesus Cristo é a plenitude de um processo expresso na palavra profética, na ação de Deus em favor do Seu Povo, na Sua manifestação íntima ao coração dos crentes. Só através de Jesus Cristo e de toda a história da salvação temos acesso ao coração de Deus. Mas uma vez que o tivermos, somos convidados a mergulhar, pela fé e pelo amor, nessa insondável Palavra eterna de Deus, a única que nos salva e nos conduz à plenitude da vida. A afirmação de São João fala-nos do silêncio de Deus, do segredo do Seu mistério, mas também da possibilidade de quebrar esse silêncio e desvendar esse segredo, entrando em diálogo com Deus, em Jesus Cristo. Ele revela-nos Deus, ou melhor, Deus revela-Se-nos n’Ele. E revelar significa abrir o coração, comunicar uma intimidade que só o próprio pode partilhar. Mesmo entre nós, humanos, ninguém pode forçar a intimidade do nosso coração. Só o próprio a pode revelar, em plena liberdade, sabendo que abrir o coração é dar a outrem entrada no mais íntimo da nossa vida.

A frase que já virou um dito popular: “Família que reza unida permanece unida”, nunca fez tanto sentido, pois diante da pandemia, fomos convocados a permanecer junto da família, e aquelas famílias que aproveitaram esse tempo para estar juntos, e rezar, está colhendo bons frutos desse período de adversidade.

É preciso, que continuemos sendo a “Igreja nas Casas”, como exemplo das primeiras comunidades cristãs, e também sendo “Casa” na Igreja, para que tudo aquilo que vivemos dentro de nossos lares, possamos apresentar ao Altar do Senhor.

Exorto-vos, por fim, para que sejam amigos (as) de Deus. A Palavra de Deus é clara: “Um amigo fiel é uma poderosa proteção: quem o achou, descobriu um tesouro.” (cf. Eclo. 6,14). Se termos um amigo já é bom, imagina termos um amigo fiel, que nunca nos abandona? Esse é Jesus. Confie a ele tudo o que tem passado, e de modo especial sua família.

O Natal é a festa da família! Portanto, celebremos com muito amor e alegria a grande festa do amor encarnado, Jesus Cristo! 

Dom José Valmor Cesar Teixeira, SDB

Bispo Diocesano de São José dos Campos

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