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A Voz do Pastor › 04/04/2021

“O Senhor Ressuscitou verdadeiramente”

Que alegria podermos celebrar, com alegria e fé, em mais um ano, PÁSCOA – a RESSURREIÇÃO de Nosso Senhor Jesus Cristo, que antecipa e garante a nossa Ressurreição. É por isso que a Igreja prepara esta celebração com um longo tempo de preparação, que chamamos de Quaresma e Semana Santa.

Nos Atos dos Apóstolos encontramos a expressão: “Anunciamos-vos a Boa Nova: a promessa feita a nossos pais, Deus a realizou plenamente para nós, seus filhos, ressuscitando Jesus” (At 13,32-33).

E ainda São Paulo, na carta aos Coríntios, escreve: “Eu vos transmiti…o que eu mesmo recebi: Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras. Foi sepultado, ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. Apareceu a Cefas, e depois aos Doze” (1Cor 15,3-4).

É por isso que a maior festa que celebramos como Cristãos Católicos é a Festa da Páscoa. Nenhuma outra festa a sobrepuja. A Páscoa é a festa das festas. É a garantia definitiva de que toda Palavra de Deus, de que todas as promessas de Deus haverão de se cumprir. O enviado do Pai, o Emanuel, o Deus conosco, o Servo de Javé, o Filho do Homem, viveu a nossa vida, sofreu o sofrimento injusto da condenação e da morte, mas “DEUS O RESSUSCITOU”. Ele é o alfa e ômega, o principio e o fim, o primogênito de toda a criatura. Jesus ressuscitado é a garantia de nossa ressurreição e a CERTEZA DE NOSSA FÉ. O que cremos é verdadeiro e é garantido pela Palavra santa de Deus. O que cremos e afirmamos em nossa vida, com nossos lábios e com nossas obras é garantido pela presença do Espírito Santo que nos faz clamar: “o Ressuscitado Vive. Ele é Nosso Senhor. Ele é o Cristo de Deus”.

É a Pascoa de Jesus que dá TODO O SENTIDO à nossa vida de batizados(as), de cristãos católicos, convictos de nossa fé e da esperança que temos nas promessas de Deus. São Paulo já escrevia para os cristãos de seu tempo: “se Jesus não ressuscitou, vã é a nossa fé” (1 Cor 15,14). A Ressurreição de Cristo é o cumprimento de todas as Promessas do Antigo Testamento e de Jesus mesmo durante sua vida terrestre (cf. Mt 28,6). A expressão “segundo as Escrituras” indica que a Ressurreição de Cristo realiza tudo o que foi predito.

A Páscoa de Jesus prepara e garante a nossa Páscoa. Nossa Páscoa pessoal e a Páscoa de toda a criação: “eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21,6).

Com a sua morte e ressurreição, Jesus indica a todos o caminho da vida e da felicidade: este caminho é a humildade, que inclui a humilhação. Esta é a estrada que leva à glória. Somente quem se humilha pode caminhar para as «coisas do alto», para Deus (cf. Col 3, 1-4). O orgulhoso olha «de cima para baixo», o humilde olha «de baixo para cima».

Na manhã de Páscoa, informados pelas mulheres, Pedro e João correram até ao sepulcro e encontraram-no aberto e vazio. Então aproximaram-se e «inclinaram-se» para entrar no sepulcro. Para entrar no mistério, é preciso «inclinar-se», abaixar-se. Somente quem se abaixa compreende a glorificação de Jesus e pode segui-Lo na sua estrada.

A proposta do mundo é impor-se a todo o custo, competir, fazer-se valer… Mas os cristãos, pela graça de Cristo morto e ressuscitado, são os rebentos duma outra humanidade, em que se procura viver ao serviço uns dos outros, não ser arrogantes, mas disponíveis e respeitadores.

Isto não é fraqueza, mas verdadeira força! Quem traz dentro de si a força de Deus, o seu amor e a sua justiça, não precisa de usar violência, mas fala e age com a força da verdade, da beleza e do amor. Do Senhor ressuscitado imploramos a graça de não cedermos ao orgulho que alimenta a violência e as guerras, mas termos a coragem humilde do perdão e da paz. A Jesus vitorioso pedimos que alivie os sofrimentos de tantos irmãos nossos perseguidos por causa do seu nome, bem como de todos aqueles que sofrem injustamente as consequências dos conflitos e das violências em curso.
Pedimos paz, antes de tudo, para a Síria e outros países do mundo, para que cesse o fragor das armas e se restabeleça a boa convivência entre os diferentes grupos que compõem estes países.  Que a comunidade internacional não permaneça inerte perante a imensa tragédia humanitária no interior destes países e o drama dos numerosos refugiados.

Paz e liberdade, pedimos para tantos homens e mulheres, sujeitos a formas novas e antigas de escravidão por parte de indivíduos e organizações criminosas. Aos marginalizados, aos encarcerados, aos pobres e aos migrantes que tantas vezes são rejeitados, maltratados e descartados; aos doentes e atribulados, especialmente neste tempo de pandemia do Covid 19; às crianças, especialmente as vítimas de violência; a quantos estão hoje de luto; a todos os homens e mulheres de boa vontade chegue a voz consoladora do Senhor Jesus: «A paz esteja convosco!» (Lc 24, 36). «Não temais! Ressuscitei e estou convosco para sempre!» (cf. Missal Romano, Antífona de Entrada no dia de Páscoa).”

Neste ano de São José e da Família, peçamos a Deus, pela intercessão de sua Mãe e nossa, que possamos fazer crescer em nós a fé na Ressurreição da carne, para que por nossas atitudes e obras, possamos um dia gozar da vida plena com o Ressuscitado.

FELIZ PÁSCOA!

Anunciemos, especialmente, às crianças, aos adolescentes e aos jovens, nossos filhos e filhas, nossos amigos e amigas, que Jesus Vive, que Ele é a certeza de nossas vidas, que Nele encontramos a força para crer, viver, amar e servir.

Dom José Valmor Cesar Teixeira, SDB

Bispo Diocesano

Assista.

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