Leigos e leigas: Parabéns e muito obrigado!
Vivenciamos, com grande alegria, em todas as paróquias, comunidades e organismos o Ano Nacional do Laicato, em nossa Diocese de São José dos Campos. As promoções, eventos, reflexões, orações, celebrações, estudos, vivências, ações missionárias, marcaram este ano consagrado aos leigos e leigas na Igreja Católica do Brasil. As paróquias utilizaram o tema do Laicato em suas novenas de padroeiros e padroeiras, nas formações dos diversos serviços, pastorais, ministérios e grupos presentes na realidade paroquial. Nossa Faculdade Católica realizou sua Semana Teológica com o tema do Laicato, refletindo diversas dimensões e realidades: a história, a teologia, a experiência concreta da vida dos leigos(as), a santidade, as perspectivas para o futuro.
Com a Igreja do mundo todo, reunida em Sínodo, no mês de outubro, rezamos e refletimos sobre a evangelização dos jovens e seus compromissos com a Fé. E os jovens e as jovens são Leigos e Leigas presentes em nossas Igrejas particulares e em nossas comunidades.
Muitíssimos leigos e leigas, desde sua consagração batismal e crismal, atuam nos diversos âmbitos da sociedade e na construção de um mundo de justiça e de paz. Grupos de profissionais auxiliam na formação de crianças e adolescentes; O Jornal Expressão, ao longo do ano, trouxe textos e reportagens, apresentando a atuação de leigos e leigas na Igreja e na Sociedade. Artigos também contribuíram com a reflexão da temática; tivemos, neste ano, o encontro com candidatos políticos, da região, como atividade dentro da temática do Ano do Laicato (o leigo e a leiga na Política).
Assim, vamos fazer o encerramento solene do Ano do Laicato, em nossa Diocese, na Solenidade de Cristo Rei, com a seguinte programação: dia 24 de novembro, às 19h30, Missa na Catedral São Dimas, com as Comissões Diocesanas; No dia 25 de novembro, Missas nas Paróquias, com CPPs, CAEPs, Catequistas, Ministros, Agentes de Pastoral.
Louvamos e bendizemos a Deus pelos leigos e leigas que vivem sua vocação no mundo, no meio da sociedade, na família, no trabalho, na política, no exercício das mais variadas profissões, no voluntariado religioso e civil, nos caminhos que Deus nos deu percorrer.
Como diz o Documento de Aparecida: “Sua missão própria e específica se realiza no mundo, de tal modo que, com seu testemunho e sua atividade, eles contribuam para a transformação das realidades e para a criação de estruturas justas segundo os critérios do Evangelho” (nº 210), sendo nestes ambientes sal da terra e luz do mundo como pede Jesus (cf. Mt 5, 13-14).
Louvamos bendizemos a Deus pelos leigos e leigas que vivem sua vocação e missão no interior da Igreja, nas Comunidades, Pastorais, Grupos e Movimentos, colaborando na organização e vivência da nossa missão evangelizadora, missionária, litúrgica, catequética, solidária e caritativa (cf. DAp nº 211).
Renovamos nosso compromisso de apoiar, ajudar, incentivar, dar espaço, valorizar, orientar os leigos e leigas na vivência de sua vocação e missão, de modo especial no que diz respeito à formação bíblica, catequética, litúrgica, moral, espiritual, afetiva, social, já que a formação é uma “mediação imprescindível para a vivência madura da fé” e contribui eficazmente para que “os cristãos leigos e leigas vivam o seguimento de Jesus Cristo e deem uma resposta do que significa ser cristão hoje” (Documentos da CNBB 105, nº 235).
Encerramos o Ano Nacional do Laicato na Solenidade de Cristo Rei. Falar de Cristo Rei significa afirmar o senhorio de Deus sobre o universo. É uma solenidade litúrgica que acentua a importância de Deus, do homem, da história e do cosmos. Ressalta a soberania de Deus não na distância, mas na proximidade ao homem.
A Igreja é feita de batizados que receberam o mesmo Espírito Santo, aderiram a Jesus Cristo que os fez professarem a mesma de fé e assumirem o mesmo projeto do Reino de Deus. O batismo conferiu a todos a mesma dignidade, diante de Deus e das pessoas. Os que tem a mesma dignidade exercem diferentes funções e ministérios na Igreja.
Neste sentido, os leigos não substituem o clero e os religiosos, nem o clero e os religiosos substituem os leigos naquilo que lhes compete por vocação e missão. A missão dos leigos na Igreja é insubstituível, pois são discípulos-missionários nos mais diferentes ambientes eclesiais e sociais. Participam ativamente na ação pastoral da Igreja, desde a organização das comunidades, na catequese, na liturgia, nas celebrações, nas pastorais, grupos e serviços, entre outros. Levam as pessoas a Cristo e Cristo às pessoas, aprofundando a fé a adesão Ele.
Se a missão dos leigos na Igreja é insubstituível o mesmo vale para a sua missão no mundo. A sua missão no mundo é administrar e ordenar as coisas temporais. No exercício da profissão, no trabalho, na vida familiar e social são chamados por Deus, como leigos, a viver segundo o espírito do Evangelho, como fermento de santificação do mundo, brilhando em sua própria vida pelo testemunho da fé, da esperança e do amor, de maneira a manifestar Cristo a todos os homens. Em outras palavras, é ter uma postura de cristão. É agir conforme a ética cristã. É não ficar indiferente diante das situações de sofrimentos, de injustiças e da degradação social e moral da social. É propor leis e meios de promover o bem comum.
Celebrando os Leigos e Leigas queremos dar relevância para a pessoa de Maria, Mãe de Jesus e nossa mãe. Sua postura revela testemunho de autenticidade, de vida pura e apaixonada pelo Filho, agindo como sal e luz na cultura de seu tempo. Assim Maria se apresenta como modelo para a vida dos leigos e das leigas dos dias de hoje. Sua postura foi de mãe amorosa e acolhedora de todos os seus filhos.
Maria foi a primeira discípula no seguimento de Jesus Cristo. Por isso ela é modelo para todos os leigos e as leigas na tarefa da evangelização. Foi servir a velha prima Isabel que necessitava de ajuda nas lidas domésticas. No momento certo apresentou Jesus no templo, exercendo sua missão de mãe e missionária. Ela socorre os noivos nas Bodas de Caná.
Olhando para Maria os leigos e as leigas têm a inspiração para uma ação missionária com muita fertilidade. Ela foi exemplo de pessoa comprometida com o Reino de Deus, condutora de pessoas para o encontro pessoal com Jesus Cristo. Foi modelo para todas as pessoas batizadas, porque suas atitudes comprometem aqueles que a têm como Mãe e exemplo no seguimento de Jesus.
Dom José Valmor Cesar Teixeira, SDB
Bispo Diocesano
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