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A Voz do Pastor › 01/07/2024

“IDE E ANUNCIAI O EVANGELHO” (Mc 16, 15)

Durante este mês de julho, vários grupos de seminaristas e leigos de nossa Diocese vão realizar Semanas e Ações missionárias em diversas comunidades.

Ser missionário e missionária é uma responsabilidade e uma alegria que nos advém de NOSSO BATISMO. A ação missionária é uma grande tarefa da vida da Igreja, desde os seus inícios. Jesus mesmo enviou seus Apóstolos, Discípulos, Amigos e Amigas, a que fossem e anunciasse o Evangelho da Salvação. São Pedro, no dia de Pentecostes, cheio do Espírito Santo, faz o grande discurso missionário para todos os que o estavam ouvindo.

Seria tão bom que você, abrisse o Livro dos Atos dos Apóstolos e lesse esta proclamação de Fé de São Pedro. Veja em Atos 2, 14 – 35. E desde o dia de Pentecostes, os Apóstolos, os Discípulos, os Amigos e Amigas de Jesus se tornaram MISSIONÁRIOS, levando o Nome de Jesus Cristo e o seu Evangelho a todas as gentes e a todos os cantos do mundo. E isso continua ainda hoje. Continuemos, também nós, a sermos Missionários do Senhor Jesus e anunciadores de suas maravilhas, prodígios e graças. Queremos continuar a ser ANUNCIADORES DO REINO DE DEUS: reino de graça, de paz, de justiça, de fraternidade, de amor, de esperança e de verdade…

O Papa Francisco insiste nas suas mensagens que a missão é dada num caráter comunitário-eclesial. A inspiração veio do próprio Senhor Jesus, pois quando Ele confiou aos discípulos a missão, sendo as suas testemunhas, pediu que se realizasse em comunhão de seus membros.

A palavra ‘testemunhas’ é dada no plural no significado que todas as pessoas batizadas são chamadas à missão na Igreja e através do mandato da mesma, a missão se realizará em conjunto e nunca de uma forma individual.

Tudo deve ser dado na comunhão com a comunidade eclesial, superando a iniciativa particular. A pessoa realiza a missão em comunhão com a Igreja que lhe enviou. Em qualquer lugar ou situação, a pessoa missionária realiza um ato da Igreja e seu gesto está ligado a relações institucionais e invisíveis pela ordem da graça, à ação evangelizadora de toda a Igreja.

O Senhor enviou os seus discípulos na missão dois a dois porque o testemunho das pessoas que seguem a Cristo possui um caráter essencialmente comunitário (Mc 6,7). A missão é dada na comunidade.

Ser testemunha de Cristo Jesus

Os discípulos não só deram testemunho de Cristo ressuscitado, mas também eles foram testemunhas de Cristo Jesus. A essência da missão é dar testemunho de Cristo, de sua vida, paixão, morte e ressurreição por amor a Deus Uno e Trino e à humanidade.

Os missionários e as missionárias não se voltam para si mesmos, mas para os outros, e eles oferecem Cristo Jesus em palavras e obras, a boa nova da salvação com alegria e com amor como fizeram os primeiros apóstolos.

Na missão as pessoas ouvem mais as testemunhas que os mestres ou então se essas escutam os mestres o fazem porque eles são testemunhas. A transmissão da fé é dada pelo testemunho de vida evangélica dos cristãos. É fundamental a tarefa de anunciar a pessoa de Jesus e a sua mensagem.

A evangelização coloca como ponto fundamental o exemplo de vida cristã e o anúncio de Cristo. Estes pontos andam juntos. Sem dúvida, diz o Papa Francisco o testemunho completo, coerente e alegre de Cristo possibilita o crescimento da Igreja no terceiro milênio. Como os primeiros cristãos é preciso testemunhar Cristo, com palavras e obras, em todos os ambientes da vida.

O Papa Francisco exorta a todos cristãos para que sejam Igreja em saída. Da mesma forma foram os apóstolos nos quais o Senhor solicitou que eles testemunhassem a sua palavra e pessoa em Jerusalém, na Judéia, Samaria e até os confins do mundo (At 1,8).

Destacam-se o caráter geográfico na missão e também uma Igreja que está em saída para cumprir a sua vocação de testemunhar Cristo Senhor.

O Papa reconhece que muitos cristãos são obrigados a fugir para outros países devido as perseguições para que assim eles não se fechem no sofrimento, mas testemunham Cristo e o amor de Deus nos países que os acolhem.

A Igreja é chamada a ir aos lugares aonde a boa nova do Senhor ainda não chegou, mas também ir além das suas próprias fronteiras, para testemunhar a todos o amor de Cristo. O Papa também agradece a tantos missionários e missionárias que encarnam a caridade de Cristo e ajudam muitos irmãos pelo caminho.

A força do Espírito Santo

Jesus prometeu para os discípulos a força do Espírito Santo (At 1,8). Após a descida do Espírito Santo realizou-se a primeira ação de dar testemunho de Cristo, morto e ressuscitado, com um anúncio querigmático através do discurso de São Pedro aos habitantes de Jerusalém.

Se antes eles eram fracos e medrosos agora com a presença do Espírito Santo fortaleceram-se, tinham coragem e sabedoria para dar testemunho de Cristo diante de todos.

O Espírito ajuda a dar testemunho de Cristo no mundo de hoje. Quando os discípulos, discípulas sentirem-se desmotivados, cansados é preciso recorrer ao Espírito Santo na oração, para que assim a força dele restaure e fortalece a vida dos seguidores do Senhor e partilhar a vida de Cristo com os outros.

O Espírito Santo é o protagonista da missão. Ele inspira a pessoa para dar a palavra certa. O Papa lembrou o surgimento da Congregação de Propaganda Fidei, em 1622 com o desejo de promover o mandato missionário em novos territórios.

Seja você também um CORAJOSO(A) MISSIONÁRIO(A) do Senhor Jesus. Com sua vida, com sua palavra, com suas atitudes. Rezemos pelos missionários e missionárias presentes nas terras de “missão ad gentes”. Que o trabalho deles e o nosso seja abençoado pois anunciamos Jesus Cristo vivo e presente na vida dos povos.

Dom José Valmor Cesar Teixeira, SDB

Bispo de São José dos Campos

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