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A Voz do Pastor › 05/07/2018

Cresce o número de católicos no mundo

Os dados estatísticos do Annuarium Statisticum, da Santa Sé, referentes ao ano de 2016, nos permitem atualizar alguns aspectos numéricos básicos da Igreja Católica no contexto mundial e destacar as tendências mais marcantes e mais importantes.

Os fiéis católicos no mundo continuam a aumentar de ano em ano, embora com mais lentidão do que no passado. A África é o continente com o maior crescimento de batizados de 2010 a 2016, enquanto que a Europa registra uma diminuição de fiéis.

O número de católicos batizados no mundo aumentou pouco mais do que 1%.

Os dados mais recentes referentes a 2016 também indicam que o número de clérigos no mundo é igual a 466.634, com 5353 bispos, 414.969 sacerdotes e 46.312 diáconos permanentes.

De 2010 a 2016, o número de bispos aumentou em praticamente 5%, passando de 5104 em 2010 para 5353 em 2016. A partir dos dados deste relatório, há um melhor equilíbrio quantitativo entre padres e bispos em todo o mundo: passou-se de 81 padres por bispos em 2010 para 78 em 2016. A diminuição da relação é verificada na América, na Europa e na Oceania, enquanto tal proporção está aumentando na África e na Ásia.

Em 2016, o número de sacerdotes no mundo católico era de 414.969. Observa-se que em comparação com o ano anterior, que a percentagem de sacerdotes diocesanos aumentou cerca de um ponto em relação a 2010.

Os sacerdotes religiosos, salvo alguma exceção de incremento como a África, a região do Sudeste Asiático e a América Central-continental, sofreram no geral um decréscimo numérico com picos de certa importância na América do Norte e na Europa.

Por outro lado, os sacerdotes diocesanos mostram uma tendência oposta: aqui as áreas de decréscimo, limitadas à América do Norte, Europa e em menor escala na Oceania, são a exceção de uma situação de crescimento geral, ainda que em alguns casos bastante brando.

Os diáconos permanentes constituem o grupo de clérigos que crescem com extraordinária vivacidade. O aumento médio anual no período 2010-2015 foi igual a 2,88%, globalmente, e continuou também em 2016, embora a um ritmo mais lento (2,34%); nesse ano são 46.312 comparados aos 39.564 registrados em 2010.

No período 2015-2016, os ritmos de aumento da presença de diáconos nas diversas áreas territoriais foram mantidos, com forte aceleração na África, na América Central e na América do Sul, e uma significativa desaceleração na América do Norte, Europa e América do Norte e na Ásia, onde se registra uma estase.

Em 2016, o grupo de religiosos professos não sacerdotes do mundo era de 52.625, estando presentes 8.731 na África, 14.818 na América, 12.320 na Ásia, 15.390 na Europa e 1.366 na Oceania. A diminuição ocorrida no período 2010-2015 continuou e aumentou em 2016: o grupo, em nível mundial, diminuiu 3% no último ano.

As religiosas professas constituem o grupo de maior peso numérico de todos os diversos agentes pastorais (especificamente: bispos, sacerdotes, diáconos permanentes, sacerdotes religiosos, não professos e religiosos). Em 2010 elas eram 722 mil, diminuindo progressivamente, de modo que em 2016 eram 659 mil (com variação relativa no período de -8,7%).

A mudança positiva mais significativa pode ser vista no Sudeste Asiático, onde o número de religiosas aumentou de 22,2% em 2010 para 25,4% em 2016, e na África em que a incidência no total mundial é chega em 2016 a 11% contra os 9,2% por cento em 2010.

O aumento de católicos é expressivamente comprovado. Na foto, a primeira paróquia instalada na Diocese, Coração de Jesus, reúne milhares de fiéis na novena do padroeiro.

Analisando estes dados quantitativos dos principais fatores que dizem respeito à Igreja Católica nos diferentes continentes e concentrando a atenção apenas nos aspectos que parecem ser as tendências mais marcantes e mais importantes, pode-se observar, em primeiro lugar que, nos anos de 2010 a 2016, o número de católicos no mundo aumentou significativamente.

Outro aspecto relevante, é que no período examinado há uma atenuação dos desequilíbrios pré-existentes na distribuição geográfica para grandes áreas, quer das Circunscrições Eclesiásticas como dos centros pastorais. Até mesmo o número de bispos parece mais harmonicamente distribuído e em bom crescimento. Quanto à evolução dos outros agentes pastorais, há uma contração evidente nos religiosos não sacerdotes, nas religiosas professas e nos sacerdotes.

Estes últimos, todavia, registram um decréscimo somente na última parte do período examinado. As perdas sofridas em todo o período na Europa e América, são em grande parte compensadas pela vivacidade demonstrada pela África e Ásia para os sacerdotes diocesanos.

As religiosas professas, apesar da contração observada globalmente e em nível de algumas realidades continentais, continuam sendo uma realidade não negligenciável: o número total de freiras representa 59% a mais do que a população sacerdotal.

Candidatos ao sacerdócio globalmente mostram uma tendência ao decréscimo, sendo o número de seminaristas da Filosofia e Teologia diminuindo em 1,8% entre 2010 e 2016. Também neste caso, no entanto, algumas razões para preocupação provêm da Europa e do continente americano, onde a diminuição parece muito evidente. Por outro lado, a África e a Ásia mostram grande vitalidade.

Estes são dados publicados pelo serviço estatístico da Santa Sé, dos quais eu quis publicar um resumo para conhecimento de nossos leitores e também para que intensifiquemos a oração, as preces e os trabalhos em favor da Igreja Católica e de todas as suas vocações. É tempo de oração e de trabalho por todos os batizados e responsáveis pela construção do Reino de Deus.

Dom José Valmor Cesar Teixeira, SDB
Bispo Diocesano

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