A Festa do Deus Conosco!
Quero desejar um FELIZ E SANTO NATAL a todos os diocesanos e diocesanas, neste Ano Nacional do Laicato, em nossa Igreja no Brasil. Que alegria celebrar o nascimento do Senhor Jesus em cada família, em cada casa, em cada instituição, em cada grupo que faz crescer a Igreja, fundada por Jesus Cristo. A Igreja que nasceu e vive do seu amor de Filho do Pai, de nosso Irmão maior, em favor do mundo e de sua salvação.
Que sejamos todos, sempre mais, a cada dia, SAL, LUZ, FERMENTO, RAMOS, FIGUEIRAS FRUTUOSAS, para merecermos a confiança que Deus depositou em nós, dando-nos como presente eterno, maravilhoso, salvífico, o SEU PRÓPRIO FILHO, nosso Senhor, nascido em nossa carne, nascido de uma mulher, por obra do Espírito Santo de Deus.
Que sejamos como Maria de Nazaré, abertos a receber em nossa vida as novidades de Deus, as graças de Deus, os dons de Deus, a bênçãos de Deus, os sofrimentos e as alegrias advindos do Projeto de Salvação de nosso Deus.
A história narra que, depois da expansão do cristianismo, o conceito de Natal se difundiu em todo o mundo. Com o passar dos tempos, os fiéis a Jesus espalharam as diversas celebrações da Fé e, claro, a celebração do Natal como “nascimento da Palavra de Deus, encarnada em seu próprio Filho”. O Natal é, pois, a FESTA DO DEUS CONOSCO. Assim, nasceram tantas tradições em meio aos povos cristãos: a festa das luzes, os presentes, o pinheirinho, os enfeites que brilham, o presépio, os cantos, as orações e celebrações do povo, os ternos de reis, etc… Tudo voltado para Jesus, para a Sagrada Família, para a fortificação da Fé.
Os anjos que cantam, os pastores que acorrem ao lugar do nascimento do Senhor, nos precederam. Hoje, somos nós que queremos nos preparar e correr até a manjedoura, para adorar e reverenciar Jesus como nosso Deus, como aquele que deu sua vida por nós e realmente queremos confessar com nossa Fé e Vida. Natal é, pois, grande solenidade da Igreja para a qual queremos nos preparar bem. Natal é a grande festa da Família, que queremos amar, promover e reverenciar. Natal é a festa da comunhão entre todas as obras e criaturas de Deus, tão bem representadas no presépio. Comunhão com Jesus Cristo, que receberemos na Eucaristia e comunhão com nossa família e com o mundo que queremos viver no ano inteiro.
Na noite de Natal, uma vez mais, escutamos em nossas Igrejas este anúncio que, apesar do transcurso dos séculos, mantém inalterado o seu fulgor. É anúncio celestial que convida a não temer porque se manifestou «uma grande alegria que será para todo o povo» (Lc 2,10). É anúncio de esperança porque dá a conhecer que, naquela noite de mais de dois mil anos, «na cidade de Davi, nasceu-vos um Salvador, que é o Cristo Senhor» (Lc 2,11). Então, aos pastores acampados sobre as colinas de Belém e, hoje a nós, habitantes de todo este nosso mundo, o Anjo do Natal repete: “Nasceu-vos hoje o Salvador; nasceu para vós! Vinde, vinde para adorá-Lo!”.
É Natal: hoje entra no mundo «a luz verdadeira, que todo o homem ilumina» (Jo 1,9). «O Verbo fez-Se carne e habitou entre nós» (Ib. 1,14), proclama João evangelista. Hoje, precisamente hoje, Cristo vem novamente «entre os Seus» e a quem o recebe dá «o poder de se tornar filho de Deus»; ou seja, oferece a possibilidade de ver a glória divina e de compartilhar a alegria do Amor, que em Belém fez-se carne por nós.
Hoje mesmo, “o nosso Salvador nasceu no mundo”, porque sabe que precisamos d’Ele.. “Salvator noster”: esta é a nossa esperança; este é o anúncio que a Igreja faz ressoar também neste Natal. Com a Encarnação, lembra o Concílio Vaticano II, o Filho de Deus uniu-se de certa forma a cada homem (cf. Gaudium et spes, 22).
O Evangelista São Lucas nos conta: “Estando eles ali, completaram-se os dias dela. E deu à luz seu filho primogênito, e, envolvendo-o em faixas, reclinou-o numa manjedoura; porque não havia lugar para eles na hospedaria. Havia nos arredores uns pastores, que vigiavam e guardavam seu rebanho nos campos durante as vigílias da noite. Um anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor refulgiu ao redor deles, e tiveram grande temor.” (Lc 2, 6 -9).
E nós fazemos nosso, o canto dos anjos: “GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS E PAZ NA TERRA AOS HOMENS DE BOA VONTADE”.
FELIZ NATAL! ABENÇOADO ANO NOVO!
Dom José Valmor Cesar Teixeira, SDB
Bispo Diocesano