Karol Wojtyla, um marco na História
Rádio Vaticano e Agência Ecclesia
Em um dia 22 de outubro, 34 anos atrás, tinha início o pontificado de João Paulo II. Naquele ano, 1978, o Brasil começava a sair do regime: o Presidente Ernesto Geisel decretava o fim do AI5, maior instrumento jurídico de repressão política, criado 10 anos antes pela ditadura militar, nascia na Inglaterra o primeiro bebê de proveta do mundo; e nós conhecíamos o primeiro PC, o computador pessoal. Apenas 33 dias após ter sido eleito, em 28 de setembro morria o Papa João Paulo I.
Na habitual resenha biográfica que é apresentada no calendário dos santos e beatos, João Paulo II é lembrado pela “extraordinária solicitude apostólica, em particular para com as famílias, os jovens e os doentes, o que o levou a realizar numerosas visitas pastorais a todo o mundo”.
“Entre os muitos frutos mais significativos deixados em herança à Igreja, destaca-se o seu riquíssimo Magistério e a promulgação do Catecismo da Igreja Católica e do Código de Direito Canônico para a Igreja latina e oriental”.
Aos fiéis é proposta ainda uma passagem da homilia de João Paulo II no início do seu pontificado, precisamente a 22 de outubro de 1978, na qual afirmou: «Não tenhais medo! Abri as portas a Cristo!».
A oração inicial da missa – formalmente, a “coleta” – desta celebração litúrgica, em português, é a seguinte: “Ó Deus, rico de misericórdia, que escolhestes o beato João Paulo II para governar a vossa Igreja como Papa, concedei-nos que, instruídos pelos seus ensinamentos, possamos abrir confiadamente os nossos corações à graça salvífica de Cristo, único Redentor do homem. Ele que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos”.
O Cardeal Karol Wojtyła, arcebispo de Cracóvia, era eleito 264º Papa da história da Igreja, quebrando o domínio italiano que se mantinha desde o Papa holandês Adriano VI, em 1522. João Paulo II não foi só o líder dos católicos do mundo; aclamado como um dos líderes mais influentes do século XX, Wojtyła assumiu uma função preponderante no fim do comunismo na Polônia e na Europa do Leste, além de ter dado o impulso decisivo para a aproximação da Igreja Católica a diferentes religiões.
Conhecido como um “Papa peregrino”, visitou 129 países durante seu pontificado. Expressava-se com facilidade em italiano, francês, alemão, inglês, espanhol, português, ucraniano, russo, servo-croata, esperanto, grego clássico e latim, além do polonês, sua língua nativa.
Beatificou 1340 pessoas e canonizou 483 santos, mais do que todos os seus predecessores somados nos cinco séculos anteriores. Ele mesmo já é Beato, desde 1º de maio de 2011, quando mais de um milhão de fiéis lotaram a Praça São Pedro, recordando o Papa que ficou na história do mundo, dos que crêem e dos que não crêem.
Abri as portas a Cristo – Hino ao Beato João Paulo II
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muito lindo e apreciado, e que Deus tenha misericordia de nós.