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Jubileu das Equipes Sinodais reúne mais de 120 países em Roma; brasileiros destacam dimensão profética do caminho sinodal

 

No contexto das celebrações do Jubileu de 2025, a Secretaria Geral do Sínodo promoveu, de 24 a 26 de outubro, o Jubileu das Equipes Sinodais e dos Organismos de Participação, reunindo em Roma representantes de mais de 120 países. O encontro foi marcado por um intenso clima de comunhão, escuta e partilha, refletindo os frutos do caminho sinodal que a Igreja vem trilhando nos últimos anos.

O Brasil participou do evento por meio da Equipe Nacional de Animação Sinodal, composta pelos padres Jânison de Sá, Douglas Fontes e Júlio Resende, além das leigas Mariana Venâncio e Sônia Gomes. Também estiveram presentes diversos grupos de brasileiros vindos de dioceses de todo o país, que se uniram aos delegados internacionais na troca de experiências sobre a implementação do Documento Final do Sínodo nas realidades locais.

Durante os três dias, as atividades se concentraram em momentos de partilha, oração e diálogo, incluindo a vivência da Conversa no Espírito, que caracterizou o processo sinodal desde o seu início. Os participantes tiveram a oportunidade de ouvir relatos provenientes dos cinco continentes, bem como testemunhos de práticas concretas que expressam a vitalidade da sinodalidade no mundo.

Entre as contribuições brasileiras, Mariana Venâncio apresentou uma reflexão sobre o tema da profecia como fruto do caminho sinodal, ressaltando a dimensão transformadora da escuta e do discernimento comunitário.

Participar do momento introdutório com uma fala sobre a Sinodalidade como profecia social foi, para mim, uma grande honra e também grande responsabilidade. O convite da Secretaria Geral do Sínodo expressa o reconhecimento de que o Brasil tem um caminho significativo nessa direção, que eu me esforcei por demonstrar, mas também era preciso reconhecer os passos que ainda podemos dar. A repercussão da minha fala entre os presentes mostrou que o Brasil tem uma grande contribuição para o mundo no que se refere às experiências de sinodalidade e à acolhida expressiva desse chamado que o Espírito tem feito à Igreja em nosso tempo. Volto com ainda mais certeza de que nosso empenho em favor da sinodalidade renovará a presença da Igreja em nossa realidade mas também será um sinal profético para a Igreja presente nas demais nações”, afirmou.

O encontro contou com a presença e a participação ativa do Papa Leão XIV, que dialogou com delegados de todos os continentes e presidiu a celebração eucarística de encerramento na Basílica de São Pedro.

“Participar de um evento católico internacional, em Roma, é sempre um momento forte e expressivo quando podemos testemunhar a força da Igreja espalhada pelo mundo. O Jubileu das Equipes Sinodais foi mais uma dessas grandes ocasiões na caminhada eclesial. Fomos agraciados por dois encontros com o Papa Leão. No primeiro, respondendo perguntas de todos os continentes, tivemos a oportunidade de conhecer melhor a realidade eclesial de cada parte do mundo, ao mesmo tempo em que escutamos a voz do Papa, que nos orientava sobre cada situação específica que era apresentada. Por fim, encerramos o nosso jubileu da melhor forma: ao redor do altar da basílica de São Pedro, quando, mais uma vez, presididos pelo Papa, com expressões variadas do corpo eclesial, celebramos e professamos a nossa fé como sinal claro de uma Igreja marcada pela comunhão, participação e missão. Partimos e voltamos para nossas Igrejas Particulares renovados, abastecidos com o desejo de viver, sempre mais e melhor, o mistério da Igreja-Comunhão como sinal da Trindade, reavivando a esperança de todos aqueles que encontramos na travessia da vida”, salientou.

Para o padre Júlio Resende, o Jubileu evidenciou a necessidade de fortalecer a caminhada sinodal nas dioceses:

“O encontro das equipes sinodais evidenciou a importância de continuar animando as dioceses no compromisso de fortalecer as experiências locais do caminho sinodal. Trata-se de favorecer uma maior consciência e corresponsabilidade de todos os batizados na missão comum que partilhamos. O jubileu mostrou que não existe um modelo único a ser seguido, mas sim a necessidade de cada realidade buscar, com criatividade, caminhos para implementar as indicações do Documento Final do Sínodo. É nessa diversidade, inspirada e sustentada pelo Espírito Santo, que a comunhão da Igreja se renova e se fortalece”, disse. 

O Jubileu das Equipes Sinodais ofereceu também seminários temáticos sobre espiritualidade sinodal, prestação de contas, discernimento eclesial e instâncias de participação nas Igrejas particulares. As reflexões reforçaram o compromisso comum com uma Igreja sinodal, participativa e missionária, que segue sendo “sinal de esperança e comunhão no mundo contemporâneo”.

 

 

 

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