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Inteligência Artificial em pauta na Assembleia Eclesial

O segundo dia da Assembleia Eclesial do Regional Sul 1 da CNBB foi consagrado à Virgem Maria; aquela que, aos pés da Cruz, manteve a fé viva mesmo enquanto aguardava a ressurreição de seu Filho.

Sinal dessa esperança e símbolo da valiosa colaboração das mulheres na Igreja, a imagem de Nossa Senhora do Patrocínio foi conduzida ao presbitério pelas agentes presentes ao encontro realizado no Mosteiro de Itaici. “Nós sabemos que ela patrocina as nossas intenções e as nossas súplicas”, sublinhou o primeiro bispo da Diocese de Jaú, Dom Francisco Carlos da Silva, ao destacar o título mariano escolhido como padroeiro da mais nova Igreja Particular do Brasil.

Ainda em sua reflexão, o religioso falou sobre como é vivenciar um novo modo de ser Igreja através do Sínodo sobre a sinodalidade. “ É o Sínodo dos bispos que se abre a toda a Igreja”, explicou. Dom Francisco falou, ainda, das urgências ambientais vigentes. “Vivemos, através da alteração climática, tantos desafios e tantas realidades”, concluiu o presidente da Celebração.

Outros desafios

“Inteligência artificial e seu impacto na Pastoral”. Em duas sessões dirigidas por Moisés Sbardelotto, o tema foi apresentado aos bispos e agentes de pastoral de Dioceses Paulistas. A reflexão do doutor em comunicação passou pelos conceitos, circulou entre os resultados de pesquisas para alcançar o Magistério do Papa Francisco. O Pontífice, muito recentemente (para citar apenas dois exemplos) se dedicou à nova realidade tecnológica quando do Dia Mundial da Paz e das Comunicações Sociais. “É o Santo Padre que nos apresenta a ideia de galáxia de realidades diversas”, disse Sbardelotto ao situar o tempo presente em um “regime de tecnociência”.

Em outro contexto, mas igualmente refletindo um desafio, o conferencista citou a Exortação Apostólica Christus vivit que dedica especial espaço à influência da tecnologia sobre os jovens que circulam “por estradas digitais congestionadas de humanidade, muitas vezes ferida”, escreveu o Papa Francisco em sua mensagem por ocasião do Dia Mundial das Comunicações Sociais.

Leitura Pastoral

O apelo por uma “Igreja em saída” alcança a cultura digital e passa a exigir, segundo Sbardelotto, a construção de referências pautadas na ética. Nesse contexto foram citadas, ao menos, duas iniciativas: a UNESCO ofereceu publicação intitulada “Ética da Inteligência Artificial”. Também a Comissão Episcopal para Comunicação Social e o Grupo de Reflexão sobre Comunicação da CNBB apresentaram as contribuições de grupo de estudiosos sobre o tema. “O desenvolvimento e a utilização da IA levantam questões éticas complexas que precisam ser cuidadosamente ponderadas pela Igreja. É necessário garantir que tais ferramentas estejam alinhadas com os valores cristãos e sejam utilizadas de forma que causem discriminação, injustiças ou sofrimento humano”, indicou o texto.

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