História
Beatíssimo Padre: Prostrado ante Vossa Santidade e implorando bênçãos, vimos trazer o pedido de criação de um nova Diocese, desmembrada de nossa Diocese de Taubaté, no Estado de São Paulo – Brasil. Recomenda o Concílio Vaticano II que “para se conseguir o fim próprio da Diocese é mister que a natureza da Igreja se manifeste perspicuamente na porção do Povo de Deus pertencente à própria Diocese; que os Bispos possam realizar eficazmente seus ofícios pastorais; que, enfim, se sirva o mais perfeitamente possível à salvação do Povo de Deus”. “Isto, porém, exige, quer uma adequada circunscrição dos limites territoriais das Dioceses, quer uma distribuição de clérigos e de recursos razoável e acomodada às exigências do apostolado. O que redunda em benefício não só dos clérigos e fiéis cristãos, a que diretamente interessa, mas também a toda a Igreja Católica”. (C.D. 22). Tendo em vista ainda a recomendação do Dec. “CHRISTUS DOMINUS” (n.º 22 a 25), que as Dioceses não sejam demasiadamente grandes a fim de possibilitar uma presença mais intensa e dinâmica do Bispo nas atividades pastorais do Povo de Deus, – em união com nosso Clero, que estudou demoradamente o assunto, pensamos na necessidade de se dividir o atual território e fiéis da Diocese de Taubaté, criando outra Diocese, a de SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, cidade situada em zona polarizadora, com as melhores características de uma metrópole. Grandes motivos nos levam a esta consideração, que vimos agora, confiantemente, submeter à definitiva decisão de Vossa Santidade. A Diocese de Taubaté está situada num dos pólos de maior desenvolvimento industrial, econômico e demográfico do Estado de São Paulo e do Brasil: o Vale do Paraíba. Fazendo parte do maior parque industrial da América Latina, nela se encontram sediadas cerca de 1.000 indústrias de grande e médio porte. A explosão demográfica tem sido muito grande também. Em 1950, a população de toda a Diocese de Taubaté era de 281 mil habitantes. Em 1960, tínhamos uma população de 363.925. O censo de 1970 registrou 528.852 e a estimativa para 1980 prevê uma população de 939.932 habitantes. Situado entre as duas grandes áreas industriais nacionais – São Paulo e Rio de Janeiro, o eixo formado pelo Vale do Paraíba se constitui numa zona de industrialização acentuada, dada a política de descongestionamento das grandes área metropolitanas. Essa a mais importante causa do espantosos crescimento da Diocese, o que ainda continua ocorrendo, pois novos investimentos industriais se apresentam trazendo um grande afluxo migratório extra-regional. o setor educacional, temos, no município de Taubaté a UNITAU, extraordinário conglomerado universitário, com treze mil alunos, a Faculdade de Medicina, com cerca de 500 alunos e em São José dos Campos quatro Faculdades sendo uma Federal, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (com 571 alunos do Brasil e do mundo), perfazendo um total de cerca de quatro mil universitários. Ainda o Centro Técnico Aeroespacial tem trazido um desenvolvimento grande à população. A pastoral exige sempre criatividade e presença do Pastor. O Concílio Vaticano II apresenta o Bispo como o animador e centro da unidade da sua Igreja Particular; recomenda também que, como Pastor, solícito e vigilante, esteja sempre junto de seu presbitério e do povo fiel, sempre atento às exigências pastorais no meio universitário, operário, marginalizados etc… O Bispo, como Pai e Pastor deve estar sempre presente nas diversas comunidades, encorajando a uns, curando a outros, incentivando a todos a perseverarem nos caminhos do Senhor. Tendo em vista todos esses fatores e as exigências pastorais do nosso tempo, consultamos o nosso Conselho Presbiteral e o Clero em geral a respeito da conveniência e necessidade do desmembramento da Diocese de Taubaté e a possibilidade de criação de uma nova Diocese com sede na cidade de São José dos Campos. Na Assembléia Regional da Comissão Regional Sul I, da CNBB, de 9 a 12 de novembro do corrente ano, ouvimos também o parecer e obtivemos a aprovação de todos os senhores Bispos do Estado de São Paulo. A região da futura Diocese possui um dinamismo sadio e consolador. A cidade de São José dos Campos é o 6º Centro Espacial do mundo, sede da 3ª Região Administrativa do Estado de S. Paulo. É o mais importante dos 35 municípios que compõem a Bacia do Paraíba do Sul, com uma área de 1.118 km? e uma população e uma população estimada em 293.547 habitantes, dos quais 275.765 na área urbana. É cortado pela Rodovia Presidente Dutra, que atravessa toda a Diocese, unindo São Paulo e Rio de Janeiro, como ainda pela Rede Ferroviária Federal, com fácil ligação com todo o interior do Estado. Dispõe também de aeroporto. A futura Diocese de São José dos Campos possui uma população de aproximadamente 460.000 habitantes, com um clero dinâmico e com um bom entrosamento na pastoral. Os municípios que a constituirão são os seguintes, em número de seis: São José dos Campos, Jacareí, Santa Branca, Monteiro Lobato e Paraibuna, a serem desmembrados da Diocese de Taubaté, e Igaratá que, de comum acordo com o Exmo. E Revmo. Senhor Dom Emilio Pignoli, será desmembrado da Diocese de Mogi das Cruzes. A Diocese será constituída de 21 Paróquias já organizadas. O clero está constituído de 25 Presbíteros, sendo 16 Diocesanos e 9 Religiosos. Há 7 Diáconos Permanentes. Trabalham na região 194 Religiosas, distribuídas por 8 Congregações e 18 Comunidades. Quanto aos Seminaristas, há 7 no Seminário Maior (1 na Teologia e 6 na Filosofia) e 30 no Seminário Menor. Com relação à situação patrimonial e financeira da futura Diocese de São José dos Campos, observamos que, além do patrimônio imóvel e móvel constante de relação anexa, possui a mesma área de 19.840 m2, onde está sendo construída a residência episcopal. Já existe construído prédio com amplas salas onde será instalada a Cúria Diocesana e onde funcionarão a Procuradoria, o Arquivo e o Secretariado de Pastoral. Para a “Mensa Epicopi” a futura Diocese com uma contribuição mensal da Paróquias no valor de Cr$ 55.000,00 havendo já um saldo disponível de Cr$ 421.083,47 em caixa, sendo parte em caderneta de poupança. A magnífica Igreja que servirá de Catedral está em vias de acabamento, havendo planta e fotografias da mesma no documentário anexo. O titular da Catedral será São Dimas e o da Diocese São José. Por fim, a Diocese de São José dos Campos, normalmente, será sufragânea da Arquidiocese de Aparecida. Todas as demais informações, estatísticas, delimitações e esclarecimentos constam dos anexos que acompanham este pedido. Assim, Beatíssimo Padre, para maior glória de Deus, de sua Santa Mãe, e para o melhor serviço pastoral do Povo de Deus em nossa terra, por este requerimento pedimos com humildade e encarecimento a Vossa Santidade, se digne criar a Diocese de São José dos Campos, no Estado de São Paulo, Brasil. Com a mais carinhosa obediência E amorosa veneração, De Vossa Santidade, O humilde filho Dom José Antonio do Couto, scj Bispo de Taubaté
Em 1º de maio de 1981, foi instalada a Diocese de São José dos Campos, composta pelas cidades de São José dos Campos, Jacareí, Monteiro Lobato, Igaratá, Paraibuna e Santa Branca. O primeiro bispo foi Dom Eusébio Oscar Scheid, scj. Motivo da Criação da Diocese As cidades que compõem a Diocese de São José dos Campos pertenciam à Taubaté-SP. Somente Igaratá pertencia a Diocese de Mogi das Cruzes. O rápido aumento demográfico foi determinante para o desmembramento, a fim de garantir dinamismo e renovação da ação pastoral da Igreja na região.
Em 1981, a nova Diocese contava com 21 paróquias; 125 capelas (62 na zona rural e 63 na zona urbana); 25 presbíteros, sendo 16 diocesanos e 9 religiosos; 7 diáconos permanentes; 194 religiosas (distribuídas por 8 congregações e 18 comunidades) e 37 seminaristas. O primeiro Bispo foi Dom Eusébio Oscar Scheid, scj, hoje cardeal Arcebispo Emérito do Rio de Janeiro, residente em São José dos Campos. Acompanhando o crescimento demográfico e o desenvolvimento das cidades da Diocese, o Senhor Bispo juntamente com todo o clero, procurou incrementar a ação pastoral, fazendo crescer o número de leigos e leigas engajadas. Com o resultado desse trabalho, foram criadas 4 novas paróquias e novas pastorais.No final dos anos 80, tínhamos 11 coordenações de pastorais, movimentos e espiritualidades. Em 1991, foi nomeado para a Diocese seu segundo bispo: Dom Nelson Westrupp, scj que foi sagrado bispo no dia 20 de julho, na Associação Esportiva São José, com a presença de centenas de diocesanos. Dom Nelson com seu trabalho e dedicação, deu um novo impulso pastoral para a vida de nossa Diocese. Ao ser transferido para a Diocese de Santo André, em outubro de 2003, a Diocese de São José dos Campos contava com 36 paróquias e um clero composto de 62 padres e 60 diáconos. Como resultado concreto obtido em seus 12 anos de ministério episcopal a frente da Diocese, destaque para: Assembléia Diocesana, no dia 25 de julho de 1994, tendo como objetivo principal, a elaboração do Plano Diocesano de Pastoral. Foram eleitas as seguintes prioridades: • Formação Permanente • Pastoral Social • Pastoral da Juventude A divisão da Diocese por setores, posteriormente chamadas de Regiões Pastorais, em número de 6; Organização e implantação de novas comissões, conselhos etc., conforme orientação da Igreja e necessidade. Implantação dos projetos pastorais da CNBB, que deram novo impulso pastoral para a Diocese, destacando o Projeto Rumo ao Novo Milênio (PRNM ), em 1996, que possibilitou uma organização pastoral mais compacta e eficiente por meio das 4 exigências e Comissão de Celebração. Em 2000, foi assumido o projeto Ser Igreja no Novo Milênio (SINM), que deu continuidade aos trabalhos iniciados com o PRNM, quando as quatro exigências intrínsecas à evangelização se tornaram as quatro comissões: Anúncio, Serviço, Diálogo e Testemunho de Comunhão, nas quais, hoje, estão inseridas as pastorais, organismos, movimentos e espiritualidades atuantes na Diocese. A 3ª Assembleia Diocesana, aconteceu no dia 11 de outubro de 2003, no Seminário Diocesano Santa Teresinha, dirigida por Dom Nelson, com a participação de aproximadamente 400 pessoas. O objetivo principal foi a elaboração do Plano Diocesano de Pastoral para os anos de 2004-2006. Desta vez foram eleitas três prioridades para cada Comissão, sendo elas: Comissão do Anúncio – Formação – Missões – Comunicação Comissão do Serviço – Formação Permanente – Participação Sócio-Política – Promoção Humana Comissão do Diálogo – Formação – Ação na educação – Interação entre as Igrejas Cristãs, Religiões e Culturas Comissão do Testemunho de Comunhão – Juventude – Formação Permanente – Ceb’s No dia 1º de outubro de 2003, a Diocese recebe a notícia da transferência de Dom Nelson Westrupp para Santo André, onde toma posse no dia 28 de novembro do mesmo ano. Em 1º de dezembro de 2003, eleito pelo Colégio de Consultores, Pe. Moacir Silva assume como administrador diocesano, com o firme propósito de dar continuidade aos trabalhos desenvolvidos na Diocese. No dia 20 de outubro de 2004, Pe. Moacir Silva é nomeado bispo de São José dos Campos. Sua ordenação episcopal acontece no dia 11 de dezembro, de 2004, no Pavilhão de Exposições, em São José dos Campos. “Com espírito de fé e movido pelo amor a Jesus Cristo e sua Santa Igreja, consciente de que o episcopado é um serviço e não uma honra, consciente também de minha pequenez diante da grandiosidade da missão, mas confiando na graça de Deus, estou assumindo a função de Bispo diocesano de São José dos Campos”, afirmou Dom Moacir sobre sua nova missão no início de sua “Mensagem ao Povo de Deus”, publicada no jornal Vale Paraibano de 12 de dezembro de 2004. Em 2014, Dom Moacir é nomeado Arcebispo de Ribeirão Preto, assumindo assim uma nova missão. Em 20 de março de 2014 foi nomeado novo Bispo para a Diocese de São José dos Campos – SP: Dom José Valmor Cesar Teixeira, sdb, tendo sua posse canônica no dia 17 de maio de 2014. E assim a Diocese caminha, rumo aos 40 anos de história.
São José, padroeiro da Diocese de São José dos Campos Já na Carta de pedido de criação da nova Diocese ao Santo Padre, o então Bispo de Taubaté, Dom José Antonio do Couto, scj, definia que o titular da Catedral será São Dimas e o da Diocese São José. É também Patrono mundial da Igreja. No dia 19 de março, a Igreja celebra solenemente a santidade de vida de São José, por isso reza com ardor na Liturgia:
“Celebre a José a corte celeste prossiga o louvor o povo cristão: Só ele merece à Virgem se unir em casta união.”
São José que venerado de modo especial neste dia, é um dos santos mais conhecidos no cristianismo, tanto assim que inspirou o nome a dezenas de santos da Igreja e também a outros cristãos que neste dia comemoram seu onomástico (festa pelo mesmo nome do santo do dia). O nome José em hebraico significa: Deus cumula de bens, e sem dúvida, este conhecido carpinteiro de Nazaré, foi acumulado de bens ao não recusar sua missão de esposo da Virgem Maria e pai adotivo de Nosso Senhor Jesus Cristo:
“Ao despertar, José fez o que o Anjo do Senhor lhe prescrevera: acolheu em sua casa a sua esposa.”(Mt 12,4)
A grande devoção dos cristãos para com São José, está fundamentada nas Sagradas Escrituras e Sagrada Tradição, portanto é com realismo que São José é reconhecido e invocado como modelo de pai, operário, protetor da Sagrada Família e da grande Família de Deus que é a Igreja. Embora na Bíblia pouco se fale sobre a figura de São José, o que nos é comunicado testemunha com clareza seu papel indispensável à missão do Cristo. Homem justo, trabalhador, silencioso e com fé, tornou suficientemente trabalhado pelas mãos do Oleiro divino, a ponto de ser constituído elo entre o Antigo e o Novo Testamento e conferir a Jesus a linhagem de Davi, a qual somente foi possível porque São José acima de tudo foi homem de fé e coragem, como atesta-nos São Mateus: José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo e despertando, José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado e recebeu em sua casa sua esposa (Mt 1,20.24).
Ó São José, fostes escolhido para amparar a Cristo em sua vida terrena. Vós O ajudastes a crescer, em ciência e sabedoria, diante de Deus e dos homens. Vós O protegestes dos que O perseguiam e O queriam matar. Olhai, agora, para a Igreja que Cristo conquistou pelo Seu amor, pelo Seu sangue e pela efusão do Espírito Santo. Esta Igreja continua, na terra, a obra de Jesus: a evangelização e a concretização do amor de Deus, a salvação dos seres humanos e do mundo. Protegei, amparai e defendei a Igreja, para que as rugas do erro não a manchem e as potências do mal não a perturbem concedei-lhe, da parte de vosso Jesus, fidelidade à missão recebida, perseverança na luta pela justiça e a certeza da paz definitiva. Amém.
SIGNIFICADO DO BRASÃO DA DIOCESE DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS A Cruz processional com o báculo cruzados sustentando o escudo, e sobre ele a mitra com suas ínfulas esvoaçantes, constituem as insígnias da Igreja Particular. O escudo ibérico azul tem a cruz no centro, perfilada de dourado; ela representa a centralidade do mistério de Cristo na vida da Diocese, pois “Jesus Cristo é a boa nova da salvação comunicada aos homens de ontem, de hoje e de sempre; mas, ao mesmo tempo, Ele é também o primeiro e supremo evangelizador. A Igreja deve colocar o centro da sua atenção pastoral e da sua ação evangelizadora em Cristo crucificado e ressuscitado. Tudo o que se projeta no campo eclesial deve partir de Cristo e do seu Evangelho” (Exortação Apostólica Pós-Sinodal Ecclesia in América, 67a). As seis estrelas, na parte superior do escudo, representam as seis cidades que constituem a Diocese, a saber: São José dos Campos, Jacareí, Santa Branca, Paraibuna, Igaratá e Monteiro Lobato. O monograma mariano lembra a presença materna de Maria, na caminhada eclesial da Diocese, uma vez que ela “é o tipo da Igreja na ordem da fé, da caridade e da perfeita união com Cristo. No mistério da Igreja – pois também a Igreja é com razão chamada mãe e virgem – a Bem-aventurada Virgem Maria ocupa um lugar eminente e singular como modelo de virgem e de mãe” (Constituição Dogmática Lúmen Gentium, 63). O lírio representa São José, padroeiro principal da Diocese, uma vez que “a Igreja tem confiança no seu exemplo insigne, um exemplo que transcende cada um dos estados de vida e se propõe a toda a comunidade cristã, sejam quais forem a condição e as tarefas de cada um dos fiéis” (Exortação Apostólica Redemptoris Custos, 30a). Abaixo do escudo, o listel prateado vem identificando o nome da Diocese.
Arcebispo Emérito de São Sebastião do Rio de Janeiro Lema: “Deus é bom” Nascimento: 08 de dezembro de 1932 Ordenação Presbiteral: 03 de julho de 1960 Ordenação Episcopal: 1º de maio de 1981 Posse na Diocese de SJCampos: 1º de maio de 1981 Nasceu em Joaçaba, SC, em 08 de dezembro de 1932. Ordenado Sacerdote em 03 de julho de 1960. Eleito Bispo de São José dos Campos em 11 de fevereiro de 1981. Ordenado Bispo em 01 de maio de 1981. Promovido a Arcebispo da Florianópolis em 23 de janeiro de 1991. Tomou posse como Arcebispo de Florianópolis em 16 de março de 1991. Transferido para a Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro em 25 de julho de 2001. Tomou posse como Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro em 22 de setembro de 2001. Tornou-se Cardeal em 21 de outubro de 2003, quando o Papa João Paulo II presidiu o Consistório Ordinário Público para a criação de 30 novos Cardeais, mais um in pectore (cujo nome não foi revelado). Tornou-se Arcebispo Emérito em abril de 2009. Faleceu em 13 de janeiro de 2021.
Bispo Emérito de Santo André Lemas Profissão Religiosa: “Tudo posso naquele que me fortalece.” (Fl 4,13) Sacerdotal: “Pela graça de Deus sou o que sou.” (1Co 15, 10) Episcopal: “Sem mim nada podeis.” (Jo 15, 5) Nascimento: 11 de setembro de 1939, em São Luiz (Imaruí) -SC. Entrada no Seminário: 29 de janeiro de 1951 Profissão Religiosa: 02 de fevereiro de 1959 Ordenação Sacerdotal: 28 de junho de 1964 Ordenação Episcopal: 20 de julho de 1991 Posse na Diocese de SJCampos: 20 de julho de 1991 Em 1951, ingressou na Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus. De 1952 a 1957 completou o 1º e o 2º graus em Coupá-SC. Em 1958 fez o noviciado da Congregação. Filosofia: cursou no convento de Brusque- SC. Teologia: cursou em Taubaté- SP. Especialização: em Filosofia na Pontífica Universidade “Angelicum” de Roma. Doutor em Filosofia – Exerceu o cargo de professor e reitor do Convento S.C.J. de Brusque-SC; – Foi Conselheiro Provincial da Congregação S.C.J.; – Foi Conselheiro Geral da Congregação em Roma; – Foi presidente do Regional Sul 1 e conselheiro permanente da CNBB.
Arcebispo Metropolitano de Ribeirão Preto
Lema Episcopal: Permanecei em mim.
Nascimento: 16 de julho de 1954
Ordenação sacerdotal: 6 de dezembro de 1986
Ordenação episcopal: 11 de dezembro de 2004
Posse na Diocese de SJCampos: 11 de dezembro de 2004
Nasceu em 16 de julho de 1954, em São José dos Campos. Filho de Brasilino Silva e Maria Augusta Silva, falecidos. É o mais velho de 5 irmãos: Antônia, Benedita, José, que é diácono permanente e Aparecido. Uma família muito unida, brindada com a vocação sacerdotal de mais dois primos, e muito envolvidos com a Sociedade de São Vicente de Paulo.
Cursou o ensino fundamental na Escola do Bom Retiro. O ensino médio fez no Seminário Diocesano Santo Antônio, em Taubaté. Fez o Curso Filosófico, entre 1980 e 1982, no Seminário Bom Jesus, em Aparecida e o Curso Teológico, entre 1983 e 1986, no Instituto Teológico Sagrado Coração de Jesus, em Taubaté. Foi ordenado sacerdote em 6 de dezembro de 1986, sendo o sexto padre a ser ordenado na Diocese. Em 1999-2000 fez pós-graduação em Direito Canônico pelo Instituto de Direito Canônico “Pe. Dr. Giuseppe Benito Pegoraro”, de São Paulo, filiado a Pontifícia Universitas Lateranense de Roma e Mestrado em Direito Canônico pela Lateranense, em 24 de maio de 2002.
Vigário paroquial da Paróquia Catedral de São Dimas (1987-1988), em São José dos Campos. Pároco da Paróquia Coração de Jesus (1989-1992), em São José dos Campos. Pároco da Paróquia da Catedral de São Dimas, de 1993 até dezembro de 2004. Vigário Geral da Diocese de São José dos Campos de 27 de dezembro de 1992 a 1º de outubro de 2003. Administrador Diocesano da Diocese de São José dos Campos de 1º de Dezembro de 2003 até dezembro de 2004. Juiz do Tribunal Interdiocesano de Aparecida de 1995 até novembro de 2004. Membro da Equipe de Formação dos Seminaristas da Teologia de 1987 até dezembro de 2004. Vice-reitor da Residência Teológica Pe. Rodolfo de 1999 até dezembro de 2004.
Dom José Valmor Cesar Teixeira, SDB
4º bispo diocesano Lema episcopal: Somos de Deus Dom José Valmor Cesar Teixeira, SDB, nasceu em 1º de março de 1953, em Rio do Sul – SC. Sua ordenação presbiteral foi em 9 de dezembro de 1979. Em 28 de janeiro de 2009 foi nomeado bispo de Bom Jesus da Lapa – BA e foi ordenado em 29 de março do mesmo ano, sendo bispo ordenante principal Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, Arcebispo Metropolitano de São Salvador da Bahia e Primaz do Brasil, e co-ordenantes Dom Pedro Antônio Marchetti Fedalto, Arcebispo Emérito de Curitiba, e Dom José Jovêncio Balestieri, Bispo Emérito de Rio do Sul. Em 20 de março de 2014 foi nomeado Bispo para a Diocese de São José dos Campos – SP. Tomou posse canônica no dia 17 de maio de 2014. Fez o noviciado salesiano em Taquari – RS nos anos 1970-1971 e em 1977 emitiu os votos perpétuos. Estudou filosofia na Faculdade Salesiana de Filosofia, Ciências e Letras em Lorena – SP. Fez seus estudos teológicos na PUC de Curitiba. Fez o curso de mestrado em História da Igreja na Universidade Gregoriana de Roma, o Bacharelado em Estudos Sociais na Faculdade Salesiana de Filosofia, Ciências e Letras em Lorena e pós-graduação em Educação e Sistema Preventivo na Universidade Católica de Porto Alegre. Foi formador na Inspetoria São Pio X; Professor no Studium Theologicumem Curitiba (1997-2000); Diretor do Instituto Salesiano em Curitiba (1989-1990)/1997-2002); Conselheiro inspetorial em Porto Alegre (1985-1986/1987-1990/1997-2002); Vice-inspetor de Porto Alegre (1990-1996); Coordenador Nacional das Equipes Inspetoriais da Pastoral Juvenil (1995-1998); Inspetor da Inspetoria de Porto Alegre (2002-2008) e Vice-Presidente da CISBRASIL (Conferência das Inspetorias Salesianas do Brasil).
O que é um Sínodo diocesano, qual é a sua natureza e sua finalidade?
O Diretório para o Ministério Pastoral dos Bispos (DMPB) responde, no nº 167: “O Sínodo diocesano é uma reunião ou assembléia consultiva, convocada e dirigida pelo Bispo, à qual são chamados, segundo as prescrições canônicas, sacerdotes e outros fiéis da Igreja particular, para ajudá-lo em sua função de guia da comunidade diocesana. No Sínodo, e por meio dele, o Bispo exerce de forma solene o oficio e o ministério de apascentar o seu rebanho”. O Sínodo diocesano se configura como um ato de governo episcopal e evento de comunhão que exprime a índole da comunhão hierárquica que pertence à natureza da Igreja; ele ocupa um lugar de primária importância no governo pastoral do Bispo. O saudoso Papa João Paulo II, servo de Deus, na Exortação Apostólica Pós-Sinodal Pastores Gregis afirmou: “A vivência da comunhão eclesial levará o Bispo a um estilo pastoral cada vez mais aberto à colaboração de todos. Há uma espécie de circularidade entre aquilo que o Bispo tem a responsabilidade pessoal de decidir para o bem da Igreja confiada aos seus cuidados e o contributo que os fiéis lhe podem oferecer através dos órgãos consultivos, tais como o sínodo diocesano, o conselho presbiteral […], o conselho pastoral” (PG, 44). Sabemos que a Igreja é uma comunhão orgânica; e esta comunhão chama em causa a responsabilidade pessoal do Bispo, mas supõe também a participação de todas as categorias de fiéis, enquanto co-responsáveis do bem da Igreja particular que eles mesmos formam (cf idem). Os critérios que devem guiar o Bispo na convocação do Sínodo são as necessidades da Diocese e do governo diocesano. Dentre os diversos motivos, ele deve levar em consideração também a necessidade de promover melhor a pastoral de conjunto, a necessidade de aplicar normas superiores em âmbito diocesano, a necessidade de uma maior comunhão eclesial, a necessidade de descobrir melhor o rosto da Diocese com sua fisionomia missionária; afinal de contas, a Igreja “é por sua natureza missionária” (AG, 2). Para a realização do Sínodo diocesano é preciso haver uma ampla e adequada preparação. Para isso, é preciso que haja uma comissão. A preparação e realização do Sínodo regem-se pelas normas canônicas, contidas nos cânones 460-468 do Código de Direto Canônico e pela Instrução sobre os Sínodos diocesanos elaborada conjuntamente pela Congregação para os Bispos e Congregação para a Evangelização dos Povos e publicada em 1997. Esta Instrução, a respeito da preparação do Sínodo, diz o seguinte: “Convencido de que o segredo do êxito do sínodo, como de qualquer outro acontecimento e iniciativa eclesial, está na oração, o Bispo convidará a todos os fiéis, clérigos, religiosos e leigos, e em particular aos mosteiros de vida contemplativa, a uma constante intenção comum: o sínodo e os frutos do sínodo, que deste modo se converterá num autêntico evento de graça para a Igreja particular”. “A celebração do sínodo oferece ao Bispo uma oportunidade privilegiada de formação dos fiéis. Realize-se, portanto, uma articulada catequese sobre o mistério da Igreja e da participação de todos em sua missão, à luz dos ensinamentos do Magistério, especialmente conciliar. Para isto, poder-se-á oferecer orientações concretas para a pregação dos sacerdotes” (Instrução). “Todos também sejam informados sobre a natureza e a finalidade do sínodo e sobre o âmbito das discussões sinodais. A este propósito, pode ser útil a publicação de um fascículo informativo, sem descuidar o uso dos meios de comunicação social” (Instrução). Feita a preparação, acontece a Solene Celebração de Abertura, e depois, as Sessões sinodais [quantas forem necessárias], nas quais acontece a discussão dos assuntos; terminada as Sessões, o Bispo procede à redação do documento Sinodal. O Sínodo diocesano deverá ser um autêntico evento de graça para a Igreja particular.
Primeiro Sínodo Diocesano
A estrada percorrida até a realização do I Sínodo da Diocese de São José dos Campos inicia-se com o Concílio Vaticano II (1962-1965), cujas conclusões abriram caminho para uma nova mentalidade da Igreja e de sua missão no mundo. Dentro dessa nova mentalidade, a Igreja no Brasil começou a planejar sua atuação pastoral. A Diocese de São José dos Campos foi criada em 1981, portanto, dentro dessa nova atmosfera que caracterizou seu jeito de ser e de atuar pastoralmente. Nos seus 29 anos de existência, além das assembleias específicas de algumas pastorais, a Diocese de São José dos Campos realizou também assembleias diocesanas que escolheram prioridades pastorais e geraram o Plano Diocesano de Pastoral. Foram realizadas 3 assembleias diocesanas: 1994, 1996 e 2003. As rápidas mudanças da sociedade com seu impacto sobre a vida e atuação da Igreja apontavam para a necessidade da realização da 4ª Assembleia Diocesana. Isso deveria ser feito depois da Conferência de Aparecida (2007) cujas indicações pastorais foram assimiladas pelas Diretrizes Gerais da CNBB e precisavam sê-lo também pela Diocese de São José dos Campos. Entretanto, a maturidade pastoral que a Diocese adquiriu mostrou que era chegada a hora de delinear melhor o seu “rosto” e, a partir dele planejar o seu futuro pastoral-evangelizador. Isso exigiria uma reflexão mais profunda, o que não se conseguiria apenas com a metodologia de uma assembléia. Foi dentro desta reflexão que surgiu a idéia de um Sínodo Diocesano como instrumento para responder aos anseios de Dom Moacir Silva, dos padres, diáconos, religiosos e de todo o povo. Decidido que esse seria o caminho, Dom Moacir convocou o Sínodo em 29 de abril de 2008 e iniciaram-se os preparativos pela Comissão Preparatória que foi o Conselho de presbíteros e a Equipe Executiva, composta pelos padres Paulo Renato F. G. de Campos, Antonio Aparecido Alves, Geraldo Magela dos Santos, Cláudio César Costa e Thiago Domiciano Dias (os dois últimos à época eram seminaristas do Ano Pastoral). Foi decidida a composição do Sínodo e nas paróquias e comissões escolhidos os delegados. Dom Moacir nomeou o Pe. José Roberto F. Palau para a função de presidente delegado do Sínodo e o Pe. Paulo Renato F. G. de Campos como moderador. Foram constituídas, também, as equipes de trabalho: Secretaria, Comunicação e Liturgia. Tudo isso culminou com a abertura do Sínodo, em 5 de setembro de 2008, na Catedral de São Dimas. De setembro de 2008 a julho de 2010, a Diocese de São José dos Campos realizou seu Primeiro Sínodo Diocesano. Dois anos de trabalho intenso e de muita oração para ajudar o nosso bispo diocesano a conhecer melhor o rosto da Diocese e projetar como quer que ele esteja no futuro. Delegados e delegadas sinodais representaram os padres, diáconos, religiosos e religiosas, consagrados e consagradas, seminaristas, leigos e leigas de toda a diocese. Com base no método – ver, julgar, agir – mais de vinte sessões do Sínodo foram realizadas com uma grande participação dos delegados, que refletiram, questionaram, analisaram e apresentaram sugestões e propostas para a ação evangelizadora da Diocese de São José dos Campos. Em 16 de julho de 2010, a Diocese de São José dos Campos realizou o encerramento de seu primeiro Sínodo Diocesano. A Solene Celebração Eucarística aconteceu na Catedral Diocesana de São Dimas e foi presidida por Dom Raymundo Damasceno Assis, então arcebispo de Aparecida e concelebrada por Dom Moacir Silva, bispo diocesano à época. Na cerimônia, foi entregue o Documento Conclusivo do Sínodo, que orienta todos os projetos de ação evangelizadora e pastoral da Diocese de São José dos Campos. https://sinodo.wordpress.com
“Nós somos o que repetidamente fazemos; por isso mesmo, a excelência não é um fato, mas um hábito.” O Plano Diocesano de Evangelização e Pastoral (PDEP) apresenta as atividades gerais da Diocese, chamadas rotinas, e se organiza, especialmente nos seus projetos, a animar as cinco grandes opções pastorais. Todas as paróquias e comunidades continuarão com suas atividades normais e necessárias, mas TODOS e TODAS darão uma atenção especial para fazer acontecer os Projetos elaborados e propostos para a ação evangelizadora e pastoral de nossa Diocese, para os próximos 5 anos: 2017 – 2021. A primeira parte do PDEP traz a definição do que somos (Missão) e de onde queremos chegar (Visão). Apresenta também os Valores, que são os referenciais irrenunciáveis que norteiam nossa prática evangelizadora e pastoral. Outro conteúdo desta parte do PDEP é o elenco das Oportunidades e Ameaças do contexto externo em que estamos situados, isto é, da realidade que nos cerca. Sobre estes podemos agir pouco, entretanto, é importante tê-los presentes para compreendermos os porquês de algumas coisas e as luzes que há para outras. Temos ainda nesta parte os pontos fortes e fracos de nosso contexto interno, isto é, de nossa organização e prática eclesial (Diocese, Paróquias, Pastorais etc). Sobre estes podemos influir mais diretamente, mudando o que não está bom e conservando o que está, a fim de favorecer uma ação evangelizadora mais eficiente e mais eficaz. A segunda parte do PDEP é a mais importante porque apresentará os projetos de ação, que já estão sendo elaborados dentro das 5 áreas prioritárias indicadas pela 4ª Assembleia Diocesana: Família, Juventude, Processo Catequético formador de discípulos missionários, Dimensão Social da fé e Ação Missionária.