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Façamos largo uso da misericórdia, da ternura e do perdão do Senhor.

Rádio Vaticano

Ao meio-dia deste domingo dia 16 de novembro o Papa Francisco recitou o Angelus da Janela do Palácio Apostólico. Começou por comentar o Evangelho deste Domingo que nos conta a parábola dos talentos segundo S. Mateus: a narrativa de um homem que antes de partir para uma viagem, convoca os seus servidores e confia-lhes o seu património em talentos, moedas antigas de grandíssimo valor. Aquele patrão confia ao primeiro servidor cinco talentos, ao segundo dois e ao terceiro um talento:

“Durante a ausência do patrão, os três servidores devem fazer frutificar este patrimônio. O primeiro e o segundo servidor duplicam o capital inicial; o terceiro, ao contrário, com medo de perder tudo, enterra o talento recebido num buraco. Quando regressa o patrão, dois recebem o louvor e a recompensa, enquanto o terceiro, que restitui apenas a moeda recebida, é chamado à atenção e punido.”

“O homem da parábola representa Jesus, os servidores somos nós e os talentos são o patrimônio que o Senhor lhes confia: a sua Palavra, a Eucaristia, a fé no Pai Celeste, o seu perdão… enfim, os seus bens mais preciosos.”

Nesta parábola – explicou o Santo Padre – “os talentos representam os bens do Senhor” e o buraco escavado na terra “indica o medo que bloqueia a criatividade e a fecundidade do amor.”

“Jesus não nos pede de conservar a sua graça numa caixa-forte, mas quer que a usemos em vantagem dos outros. É como se dissesse: ‘Eis a minha misericórdia, a minha ternura, o meu perdão: pega neles e faz-lhes largo uso’.”

E nós o que é que fizemos? – perguntou o Papa Francisco – Quem é que contagiamos com a nossa fé? Quanto amor é que que partilhamos com o nosso próximo.

Esta parábola – continuou o Santo Padre – leva-nos a não esconder a nossa pertença a Cristo e a não enterrar a Palavra do Evangelho, mas a fazê-la circular na nossa vida, nas nossas relações, nas situações concretas da nossa vida.

“Assim também o perdão que o Senhor nos dá especialmente no Sacramento da Reconciliação: não o tenhamos fechado em nós mesmos, mas deixemos que liberte a sua força, que faça cair aqueles muros que o nosso egoismo levantou, que nos faça fazer o primeiro passo nas relações bloqueadas, recomeçar o diálogo onde não há comunicação.”

O Santo Padre referiu ainda que o Senhor “não dá a todos as mesmas coisas e no mesmo modo e conhece-nos pessoalmente”, por isso não o desiludamos:

“Não o desiludamos! Não nos deixemos enganar pelo medo, mas retribuamos confiança com confiança!”

Com estas palavras o Santo Padre introduziu a recitação do Angelus.

Depois da oração mariana, o Papa Francisco referiu-se aos episódios ocorridos em Roma nos últimos dias de tensão entre residentes romanos e cidadãos imigrantes:

“Convido as instituições, de todos os níveis, a assumirem como prioridade aquela que constitui uma emergência social e que, se não for enfrentada rapidamente e em modo adequado, arrisca de degenerar cada vez mais.”

O Papa convidou a comunidade cristã a empenhar-se concretamente nesta situação.

Nas tradicionais saudações o Papa recordou a Jornada Mundial das Vítimas da Estrada e saudou em particular os peregrinos vindos de Murcia em Espanha, os fieis de Cagliari, Teramo, Gubbio e Lissone; o coro Amadeus de Villafranca, a associação “Accompanhantes dos Santuários Marianos no Mundo” os jovens de Monte San Savino e de Torano Nuovo e ainda uma saudação aos funcionários do Hospital  Fatebenefratelli de Roma e o grupo de musicos do Teatro da Opera de Roma.

A todos o Papa Francisco desejou um bom domingo e um bom almoço e pediu para que não se esqueçam de rezar por ele.

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