Diocese lança texto de orientações para as Novas Comunidades
Celebrou-se recentemente 50 anos da realização do Concílio Vaticano II. Este acontecimento eclesial, numa perspectiva de continuidade com o passado, tem possibilitado uma ampla renovação no cenário eclesial. Esta renovação conciliar tem tido profundas repercussões tanto no campo teológico, no campo jurídico (canônico), quanto no campo pastoral.
Uma expressão eloquente do Concílio Vaticano II têm sido os Movimentos Eclesiais e as Novas Comunidades. O Papa São João Paulo II considerava esta dimensão da renovação da Igreja como o fruto mais visível da renovação conciliar. Mas por ser uma realidade nova, complexa e diversificada, ela precisa de um acurado discernimento e acompanhamento pastoral da parte da Igreja. Para Padre Djalma Lopes Siqueira, Assessor Diocesano para as Novas Comunidades e Associações, não se trata de frustrar as iniciativas do Espírito, mas de discernir e orientar.
“Quanto mais se multiplicar a riqueza dos carismas, mais os bispos serão chamados a exercer o discernimento espiritual para favorecer a necessária integração (…) na vida diocesana, apreciando a riqueza de sua experiência comunitária, formativa e missionária” (Documento de Aparecida, n. 313).
Pe. Djalma lembra ainda que a Diocese sempre buscou acolher e orientar esta dimensão da pastoral, mas depois do Sínodo Diocesano, tem buscado fazê-lo ainda com mais solicitude. “Para este melhor acompanhamento, foram criadas a Comissão dos Movimentos Eclesiais, Novas Comunidades e Associações. Depois se sentiu a necessidade das Novas Comunidades terem uma Comissão própria, devido a um número crescente de Novas Comunidades na Diocese”, explica Pe. Djalma.
Esta Comissão, desde a sua criação, tem se empenhado em favorecer o amadurecimento e a integração das Novas Comunidades na vida eclesial. Neste sentido, em sintonia com Dom Cesar e o Conselho de Presbíteros, a Comissão viu-se motivada a elaborar Diretrizes que garantam critérios mais objetivos no acompanhamento das Novas Comunidades.
“O dever da Igreja Particular de acolher, orientar e integrar os carismas no âmbito diocesano e o dever de comunhão que as Novas Comunidades têm de inserção na Igreja local, justifica que a Diocese tenha diretrizes que orientem a comunhão eclesial das Novas Comunidades”, afirma o assessor.
Neste processo da elaboração, considerando que a CNBB também está refletindo sobre as Novas Comunidades e deverá lançar um Documento sobre esta realidade pastoral, Dom Cesar refletiu sobre a ideia de lançar, em nível diocesano, um texto ad experimentum como orientações para, no futuro, enriquecido pelo Documento da CNBB, sair como Diretrizes.
Após um período de elaboração, em janeiro deste ano, Dom Cesar fez a apresentação do texto das Orientações, autorizando o seu encaminhamento para diagramação e impressão do documento. Assim, no mês de fevereiro, as Novas Comunidades tiveram a oportunidade de ter acesso ao texto final.
Para favorecer a assimilação do texto, a Comissão criou uma equipe de formação que, dividida em duplas, ficou responsável em organizar em nível de Regiões, encontros para estudo das Orientações. Os encontros de estudo aconteceram em todas as regiões pastorais ao longo do mês de março e contaram com a presença de 380 pessoas.
“A experiência destes encontros de estudo foi muito positiva. Sentimos abertura da parte das Comunidades que viram na iniciativa da Diocese uma expressão de cuidado pastoral com elas”, avaliou Pe. Djalma.
Foi sugerido que após este contato inicial com o texto, as Novas Comunidades continuem a estudar as Orientações, a fim de proporcionar uma compreensão mais profunda que favoreça colocá-las em prática.
“As diversas agregações reconheçam a autoridade dos pastores na Igreja como uma realidade interna da própria vida cristã, desejando sinceramente ser reconhecidas, acolhidas e eventualmente purificadas, colocando-se ao serviço da missão eclesial” (Iuvenescit Eclesiae. n. 20).
Baixe AQUI a síntese do texto das Diretrizes para as Novas Comunidades e Associações.
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