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Notícias da Diocese › 13/06/2017

Critérios de implantação do Plano Diocesano de Evangelização e Pastoral (I Parte)

A nossa diocese lançou o Plano Diocesano de Evangelização e Pastoral (PDEP). Trata-se de um passo muito importante na caminhada evangelizadora de uma Igreja Particular. O Documento de Aparecida destaca a importância desta opção para a vida da diocese. O projeto pastoral da Diocese, caminho de pastoral orgânica, deve ser uma resposta consciente e eficaz para atender às exigências do mundo de hoje” (DAp 371). Nesta reflexão, considerando este momento importante da caminhada de nossa diocese, me proponho a destacar alguns princípios que podem iluminar a aplicação do nosso Plano Diocesano de Evangelização e Pastoral.

Plano Diocesano, mas cumprido nas paróquias e em todas as instâncias eclesiais da diocese

Para a aplicação do Plano Diocesano é necessário cultivar uma visão clara acerca da eclesiologia de comunhão. O Decreto Apostolicam Actuositatem fala da necessidade de os leigos cultivarem o sentido de diocese (cf. n.10). Este princípio, indispensável não só para os leigos, mas para todos os agentes de pastoral da diocese, deve ser o critério fundamental na recepção e implantação do Plano Diocesano de Evangelização e Pastoral de uma Igreja Particular.

Nenhum organismo eclesial da diocese pode se sentir dispensado da necessária referência ao PDEP. Devido à importância das paróquias na vida da diocese, em primeiro lugar elas devem se empenhar em fazer todo o esforço para implantar o Plano Diocesano.

A diocese é presidida pelo bispo, sucessor dos Apóstolos, mas os seus colaboradores mais diretos, são os sacerdotes que compõem o presbitério da diocese. Com este mesmo princípio de incardinação, podemos por analogia, ver a realidade da paróquia que é uma comunidade derivada da diocese. Sendo assim a diocese é o ponto focal e o centro propulsor da ação evangelizadora e pastoral; já as paróquias se caracterizam como o lugar onde a ação evangelizadora e pastoral da diocese encontra a sua maior motivação.

Neste sentido a paróquia não é uma instituição eclesiástica puramente jurídico-administrativa, mas um centro de evangelização e uma comunidade de comunidades (cf. DSD 58).

A paróquia, em comunhão com a região pastoral e a diocese, busca cumprir a atividade eclesial, promovendo a busca dos afastados e proporcionando um processo de evangelização que contemple o primeiro anúncio e a catequese e articula de forma orgânica as ações pastorais procurando responder as diversas necessidades que o acompanhamento pastoral exige. Sendo assim as cinco prioridades escolhidas na nossa assembleia diocesana, com os seus respectivos projetos estratégicos poderão potenciar a ação pastoral das paróquias.

Plano que articula o anúncio evangelizador com a ação pastoral diversificada

“Cada Diocese necessita fortalecer sua consciência missionária, saindo ao encontro daqueles que ainda não creem em Cristo no espaço de seu próprio território. (…) Mas também, com espírito materno, é chamada a sair em busca de todos os batizados que não participam na vida das comunidades cristãs” (DAp 168). Quanto mais uma diocese se empenha em fomentar o anúncio evangelizador que leva ao encontro com Cristo e busca promover itinerários de formação discipular, mais ela potenciará a sua ação pastoral.

O dinamismo evangelizador será um salutar antídoto para superar a tentação que muitas vezes incide na vida das dioceses e paróquias, ou seja, o risco de não poder contar com um número suficiente de agentes de pastorais que responda à sua demanda pastoral. O Papa Francisco, quando falou na Evangelii Gaudium das tentações dos agentes de pastorais, destacou também essa tentação como uma ameaça à vitalidade da ação pastoral da Igreja (cf. n. 81-83).

Nesse sentido é significativo que o nosso Plano Diocesano, como fruto da Assembleia Diocesana, apresente a ação missionária e o processo catequético ao lado de prioridades pastorais mais específicas como a dimensão social da fé, a família e a juventude. Mesmo cada prioridade tendo projetos estratégicos próprios, elas não devem ser entendidas como compartimentos fechados e sim numa perspectiva de complementaridade recíproca.

Pe. Djalma Lopes Siqueira
Vigário Geral da diocese e reitor do Propedêutico

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