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Comitê Repam Juventudes é instituído após encontro internacional

EIXO COMUNICAÇÃO REPAM/RR 

Mais de 30 jovens brasileiros, venezuelanos e guianenses – várias realidades juvenis – instituíram o Comitê Repam Juventudes no estado de Roraima.  O encontro de formação ocorreu no Centro Pastoral São Roque, no município do Cantá, distante 33 km da capital, entre os dias 7 e 9 de junho.

O Comitê será consultivo e deliberativo e terá um representante de cada segmento juvenil. O grupo se reunirá pelo menos uma vez por mês. A próxima ação do comitê é a participação no encontro que os jovens da Guiana Inglesa irão preparar ainda esse ano. O relatório da formação realizada esse fim de semana será apresentado para a coordenação da Repam e ao bispo de Roraima, Dom Mário Antônio.

De acordo com o articulador local da Repam Eixo Juventude, Natanael Carvalho, o encontro foi um marco para Diocese, pois foi a primeira vez que conseguiram reunir diferentes rostos juvenis em um único espaço de debate e formação. “Marcaram presenças jovens migrantes, indígenas, venezuelanos, guianenses, urbanos, universitários, camponeses, movimento estudantil e jovens católicos (PJ)”, enumerou com satisfação.

ENTIDADES: As entidades que compõem até o momento o comitê local Juventudes são: Comissão pastoral da terra, Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra, Pastoral Universitária, Juventude do Partido dos Trabalhadores, Pastoral da Juventude, Organização dos Indígenas da Cidade, Centro de Formação Patarayu, Renovação Carismática Católica, CIR Juventude, CUT Juventude.

Carvalho resumiu como um encontro memorável que ficará para a história da Diocese de Roraima. “Trabalhamos a temática de uma ecologia integral, direito por terra e trabalho, que são demandas prioritárias na vida do jovem”, argumentou do encontro Para Carvalho,

Segundo a assessora do encontro e articuladora da Repam Juventudes eixos formação e métodos pastorais de Manaus, Lidiane de Cristo, a metodologia adotada durante o encontro tanto por ela quanto pelo colega Diego, foi a partir da Laudato Si e suas categorias centrais: olhar amoroso, cuidadoso e esperançoso com a criação, justiça entre os generosos, educação a uma espiritualidade ecológica e a Casa Comum

“O resultado que esperamos é o fortalecimento desse coletivo diferente de jovens, com identidade própria de cada um, mas se reúnem em torno de um tema central, a Repam, porque ela traz um debate transversal sobre a ecologia integral e a casa Comum. Dentro dessa lógica de trabalho em Rede”, esclareceu Lidiane.

Além dos jovens terem estudado a Carta do Papa Francisco ‘Laudato Si’, foi apresentado o resultado das escutas territoriais realizadas para o Sínodo dos bispos sobre a Amazônia e seus impactos na realidade social, ambiental, econômica e os principais desafios para promover o desenvolvimento sustentável da região. Os participantes se dividirão em grupos para, cada um, aprofundar o debate com foco na busca de soluções.

Para o bispo de Roraima, Dom Mário Antonio, a REPAM/Juventude é um elo importante da Rede Eclesial da Pan-Amazônia, uma vez que é o presente e o futuro da Amazônia e do cuidado da Casa Comum, em todo o Planeta.

“Tenho a certeza que as forças juvenis poderão colaborar muito com a sua dinâmica e a sua boa vontade. Ou seja, dinamizar a obra da criação e ao mesmo tempo possibilitar ao mundo seja mais humano, mais fraterno, mais cheio de vida onde se contemplam o direito fundamental da pessoa humana.

Dom Mário acredita que o encontro será um momento singular, uma vez que “somos convidados a olhar para o jovem com esperança e ao mesmo tempo com muito respeito e valorização de tudo aquilo que possam construir junto com as demais fases da vida humana”.

Mariá Machado, representante da Pastoral Universitária, mestranda em antropologia social na UFRR, encara o encontro como um fim de semana de descobertas, onde tratou sobre a interligação entre os seres humanos, um dos temas que eu estudo no mestrado. “A minha contribuição é continuar com o trabalho após esse encontro. Já tivemos a formação, ou seja, a teoria, agora partir para a prática sobre a educação ambiental, promovendo oficinas de mudanças”, frisou.

Para o representante do SPM (Serviço Pastoral do Migrante), o jovem venezuelano Jesus Miguel Ortiz, também voluntário da Cáritas Diocesana de Roraima, o encontro foi um bom aprendizado. “O que eu pude aprender sobre a Repam, que é uma rede de escuta dos problemas socioambientais voltados para Amazônia. Nesse encontro, abrir mais os meus olhos para defender a Amazônia. Espero que haja mais encontros para partilhas, formação e diálogos na perspectiva de buscar  formas de defender a nossa terra-mãe”, disse.

O jovem indigenista Joci Bento da Silva, representante do CIR (Conselho Indigenista de Roraima), o encontro provocou uma experiência que viverei a partir de agora, e consequentemente, levarei tudo o que aprendi para o resto da vida. “A Laudato Si, para o meu entender é respeitar mais sobre a terra, os povos indígenas e, sobretudo, valorizar mais a cultura indígena”, pontuou.

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