Bendito o que vem em nome do Senhor!
- A grata notícia da nomeação de Dom Cesar.
No dia 20 de março foi divulgada a notícia da nomeação de Dom Cesar, como o nosso quarto bispo diocesano. Foram quase dez meses de expectativa. Por isso, a notícia foi recebida com alegria e entusiasmo em toda a nossa diocese. Como Administrador Diocesano, recebi a comunicação alguns dias antes e logo fiz contato com Dom Cesar. Já neste primeiro contato, percebi que ele é um bispo que gosta da simplicidade, sensível à causa vocacional e muito empenhado no seu ministério episcopal.
Ele exerceu a função de bispo da diocese de Bom Jesus da Lapa, na Bahia, por apenas cinco anos, certamente esta mudança rápida de diocese deve estar sendo difícil para ele. No entanto, como bom salesiano e vivenciando o seu lema episcopal: “Somos de Deus”, ele se colocou plenamente à disposição da Igreja.
Na sua mensagem ao Povo de Deus da diocese de São José dos Campos, ele expressou que este compromisso de buscar a vontade de Deus acima de tudo, tem sido uma palavra de ordem em todas as etapas do itinerário de sua vida. “Aceitei e obedeci ao mandato Pontifício alicerçado na Palavra de Jesus Cristo: “eu vim para fazer a vontade do meu Pai que está nos céus” (Jo 6,38). É isso que prometi em todas as etapas de minha formação seminarística salesiana e presbiteral. Assim, vou exercer meu múnus pastoral como Bispo Diocesano desta Diocese seguindo o exemplo de Jesus: fazer acontecer a vontade de Deus na minha vida e na vida dos irmãos e irmãs na fé”.
2. O ministério do bispo sucessor dos Apóstolos, em favor da Igreja Particular
Toda a Igreja é destinatária do dom messiânico do Espírito Santo, mas os Apóstolos foram revestidos de uma unção especial. Esta unção, desde os primórdios é comunicada mediante a imposição das mãos dos Apóstolos e seus sucessores, garantindo desta forma a sucessão apostólica na Igreja. Se fosse possível elencar desde Dom Cesar, os bispos com os seus respectivos ordenantes, construindo assim a árvore da sua sucessão episcopal, chegaríamos seguramente a um dos doze Apóstolos. Por esta unção apostólica do Espírito Santo que o bispo recebe, ele é configurado com Cristo, o Bom Pastor, e chamado a ser a continuação viva do seu mistério em favor da Igreja. Cristo é o sacramento do Pai, o ícone perfeito da sua presença amorosa junto aos homens. O bispo, identificado com Cristo, pela unção episcopal, torna-se pastor e mestre com uma autoridade especial para presidir uma Igreja Particular.
“O bispo é enviado, em nome de Cristo, como pastor para cuidar duma determinada porção do Povo de Deus. Por meio do Evangelho e da Eucaristia, deve fazê-la crescer como realidade de comunhão no Espírito Santo” (Pastores Gregis 43).
3. Convite a ação de graças
Nos dez meses de espera, a nossa diocese orou incessantemente pelo processo de nomeação do seu novo bispo. Em muitas paróquias foi feito no final de todas as Missas dominicais e até semanais a oração oficial pela nomeação do novo bispo. As Regiões Pastorais promoveram, no âmbito regional ou paroquial Horas Santas nesta intenção. Pessoas e grupos participaram desta campanha diocesana de oração, colocando sempre em suas orações pessoais e comunitárias esta intenção.
Agora é o momento de ação de graças. A oração de louvor e ação de graças é muito oportuna para nos mantermos conscientes dos dons de Deus e nos abrirmos sempre mais aos apelos da sua graça. Às vezes acontece de pedirmos uma graça a Deus por muito tempo, mas quando somos atendidos, nos esquecemos de agradecer. A oração de ação de graças deve ser a atitude normal daquele que se vê contemplado pela benevolência divina. Então a oração de súplica se transforma em oração de ação de graças.
Nosso Senhor Jesus Cristo estranhou que apenas um, daqueles dez leprosos curados, viesse agradecê-lo (cf. Lc 17,11-19). Será que a nomeação de um bispo é menos transcendente que uma cura? Então certamente o Senhor espera de nós uma atitude de gratidão. O Apóstolo Paulo recomenda aos cristãos de Filipos que suas vidas devem ser regadas de súplicas acompanhadas de ações de graças (cf. Fil 4,6).
Não podemos ficar indiferentes. Mais uma vez o Pastor supremo do rebanho voltou o seu olhar sobre a nossa querida e amada diocese e cumpriu a sua promessa de conceder ao seu povo pastores conforme o seu coração (cf. Jer 3,15).
Padre Djalma Lopes de Siqueira
Administrador Diocesano