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Assembleias reforçam colegialidade entre os pastores e definem linhas de atuação no país

Desde 2011, os encontros acontecem no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, em Aparecida (SP), e reúnem cardeais, arcebispos, bispos diocesanos e auxiliares, coadjutores, além dos bispos eméritos e representantes de organismos e pastorais da Igreja que são convidados.

Segundo o Estatuto Canônico e o Regimento da CNBB, a Assembleia Geral é o “órgão supremo da CNBB, expressão e realização maior do afeto colegial, da comunhão e corresponsabilidade dos Pastores da Igreja no Brasil”, e tem a finalidade de realizar os “objetivos da CNBB, para o bem do povo de Deus” (art. 27). E, para fazer “crescer a comunhão e a participação” (art. 28). Sobre os assuntos abordados nela, o Documento indica que “a Assembleia Geral trata de assuntos pastorais de ordem espiritual e de ordem temporal e os problemas emergentes da vida das pessoas e da sociedade, sempre na perspectiva da evangelização” (art. 29).

O regimento atribui ainda ao Conselho Permanente, órgão de orientação e acompanhamento da atuação da CNBB e dos organismos a ela vinculados, a incumbência de “determinar a pauta para a Assembleia Geral” (art. 90). Em 2018, por exemplo, a 56ª Assembleia Geral trouxe como tema central “Diretrizes para a Formação dos Presbíteros da Igreja no Brasil”. Realizada em Aparecida (SP), de 10 a 20 de abril de 2018, seu texto do tema central percorreu um longo caminho.

Tomando como base a  Ratio Fundamentalis Instituitionis Sacerdotalis, documento considerado pela equipe que cuidou do texto central e que dá indicações claras e vinculantes para a formação de seminaristas e do clero, o futuro padre deve ser acompanhado nas quatro dimensões que interagem simultaneamente no processo formativo e na vida dos ministros ordenados: humana, espiritual, intelectual e pastoral.

O arcebispo de Porto Alegre (RS) e atual vice-presidente da CNBB, dom Jaime Spengler, foi um dos responsáveis pela elaboração do texto das Diretrizes Nacionais. Ele conta que o novo presbítero, a ser buscado pela Igreja no Brasil, tem as seguintes características: “Homens verdadeiramente apaixonados pelo Evangelho do crucificado/ressuscitado, homens entusiasmados pela proposta do Reino e por isso capazes de se lançar generosamente no trabalho apostólico”, afirma. O texto brasileiro, após a aprovação da 56ª Assembleia, seguiu para a Congregação para o Clero do Vaticano para ser referendado. Após a aprovação de Roma, se tornou um documento, de número 110 da CNBB, e hoje orienta a formação de novos presbíteros no Brasil.

57ª AGCNBB

Em 2019 aconteceu a 57ª Assembleia Geral (AG) dos Bispos do Brasil de 1º a 10 de maio de 2019, no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida do Santuário Nacional de Aparecida (SP). Na ocasião, a AG teve a tarefa central de atualizar as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora (DGAE) da Igreja no Brasil para o quadriênio 2019 a 2023. Estruturadas a partir da concepção da Igreja como “Comunidade Eclesial Missionária”, as Diretrizes aprovadas convidam todas as comunidades de fé a abraçarem e vivenciarem a missão como escola de santidade.

Na apresentação da publicação, a presidência da CNBB ressalta que as diretrizes são o caminho encontrado para responder aos desafios do Brasil, “um país que, na segunda década deste século XXI, experimenta grandes transformações em todos os sentidos”. A introdução da publicação defende que as diretrizes constituem uma das expressões mais significativas da colegialidade e da missionariedade da Igreja no Brasil.

58ª AGCNBB

A 58ª Assembleia Geral da CNBB foi adiada para abril de 2021, devido a pandemia. Até agora uma pergunta orienta as reflexões em torno do tema central: como fazer para que a palavra de Deus seja o fundamento da vida das comunidades eclesiais missionárias? O arcebispo de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo, já ressaltou que a ideia é produzir um documento não muito extenso, mas com orientações para efetivar a centralidade da Bíblia e que aponte para uma verdadeira cultura da Palavra de Deus na vida comunitária e individual.

Dom Joel Amado, secretário-geral da CNBB, afirma que a proposta do tema não é fazer um estudo teórico, pois para a Igreja, a teoria já está muito clara. “Não dá para ser cristão sem a Palavra de Deus. O problema é o como!”, disse. Ao longo desses dois mil anos, segundo dom Joel, a Igreja sempre se alimentou da Palavra de Deus, seja na liturgia, nas reuniões comunitárias, nos grupos, na vida pessoal, só que de acordo com ele, o mundo mudou e é preciso encontrar outros modos para que a Palavra cumpra a função dela.

Por isso, a ideia é que na 58ª Assembleia Geral seja produzido um documento com ajuda para as dioceses levarem adiante a animação bíblica da vida e da pastoral. Entre as perguntas que o Documento buscará responder está a questão dos problemas enfrentados hoje quando se lida com a Palavra de Deus; como a Leitura Orante pode ser utilizada na vida pessoal e comunitária, entre outras. “Nossa proposta é que seja um material pequeno, de linguagem, conteúdo e custo acessível”, finaliza dom Joel.

Fonte: Revista Bote Fé – CNBB

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