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Artistas da música católica se uniram para gravar a versão brasileira do hino da JMJ 2023

Artistas da música católica se uniram para gravar a versão brasileira do hino da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de 2023, que será realizada em Lisboa, Portugal, de 1 a 6 de agosto. Neste ano, o hino se chama “Há pressa no ar”. A letra foi escrita pelo padre João Paulo Vaz e a melodia criada por Pedro Ferreira, professor e músico, ambos da diocese de Coimbra, em Portugal. A canção fala sobre o sim de Maria e sua pressa para ir ao encontro de sua prima Isabel.

Em entrevista à agência Ecclesia, o sacerdote da diocese de Coimbra, padre João Paulo Vaz, salientou que o hino é “uma marca importante em cada edição” influenciando “todas as etapas” e fazendo recordar toda a caminhada de preparação para a JMJ.

“A música tem o condão de marcar memórias: se ouço uma música lembro-me do momento que marcou, traz a memória do coração, as recordações e vivências, sendo um hino da JMJ e toda a envolvência, com toda a preparação que é um crescendo, é acompanhado sempre pelo hino” – explicou o sacerdote.

O objetivo da versão brasileira do hino é divulgar a JMJ Lisboa 2023 aos jovens do país e fazer com que eles se sintam representados no maior encontro católico entre os jovens e o Papa. A iniciativa partiu da Comunidade Shalom e contou com a participação de 41 pessoas, desde cantores aos técnicos de som e editores de vídeo.

De acordo com o missionário da Comunidade Vida Shalom, Guilherme Pontes, a iniciativa tem como objetivo incentivar os jovens brasileiros a ir para o encontro com o Papa Francisco.

Foi tudo colaborativo mesmo. E nós temos uma gratidão muito grande pelos artistas, por eles terem conseguido organizar a filmagem, por terem conseguido por conta própria um estúdio para gravar. Foi uma coisa bem colaborativa mesmo”, conta Guilherme.

Vários artistas participaram do vídeo, entre eles estão: Missionário Shalom, Yuri Costa, Ana Gabriela, Davidson Silva, Diego Fernandes, Thiago Brado, Bruno Faglioni (da banda Rosa de Saron), Ziza Fernandes, Ana Paula e a banda Amor e Adoração.

“Mãos que cantam”, um coro de surdos na JMJ

Outra importante notícia da JMJ Lisboa 2023 é que a jornada vai contar com um coro muito especial: um coro de surdos. Uma iniciativa que assinala as preocupações profundas de inclusão deste evento.

Trata-se do projeto “Mãos que Cantam” com a direção artística de Sérgio Peixoto. O responsável, em declarações à Agência Ecclesia, recordou que “em 2017” aquando da presença do Papa Francisco no centenário das Aparições em Fátima, “o grupo também participou nas cerimónias litúrgicas”. Na altura foi um momento “para todos os surdos portugueses poderem compreender o que se canta nessas cerimónias”.

Desta vez, na JMJ Lisboa 2023 esta “integração de cantores surdos” será “um grande momento” de “inclusão”, disse Sérgio Peixoto à Agência Ecclesia.

“O projeto ‘Mãos que Cantam’, nascido há 13 anos, foi um “verdadeiro caminho de descoberta” e “quando começamos na Universidade Católica Portuguesa (UCP) não havia nada parecido na Europa nem no mundo”, frisou o responsável à agência católica portuguesa de notícias.

Os elementos do projeto “Mãos que cantam” juntaram-se ao Coro da JMJ Lisboa 2023, promovendo a “integração de ouvintes e não ouvintes, simultaneamente, num coro”.

“O início foi um começar do zero” porque houve a necessidade de “construir uma linguagem musical própria para dirigir pessoas surdas”, disse Sérgio Peixoto.

O objetivo é “construir quase um léxico musical para pessoas surdas e irmos experimentando e desenvolvendo artisticamente a língua gestual portuguesa”, acentuou o diretor artístico do projeto “Mãos que cantam”.

O projeto, iniciado em 2010, criou um coro com pessoas surdas, alunos da Licenciatura e Mestrado em Língua Gestual Portuguesa do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica, que começou por atuar em conjunto com o Coro da Universidade.

Neste âmbito, a JMJ Lisboa 2023 lançou uma versão do hino oficial em Língua Gestual Portuguesa.

Confira o hino (aqui).

Dias nas dioceses (DND)

Na semana passada foram notícia os “Dias nas Dioceses” (DND) da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). O período também conhecido como pré-Jornadas terá lugar na semana anterior ao grande encontro de Lisboa. De 26 a 31 de julho os jovens que vão estar na JMJ vão ser acolhidos nas dioceses de Portugal.

A coordenação nacional dos “Dias nas Dioceses” lançou uma imagem comum da iniciativa. Nela estão bem definidas as 17 Catedrais dos territórios que vão acolher jovens de todo o mundo, de norte a sul de Portugal, na semana anterior à JMJ Lisboa 2023, revela a Agência Ecclesia.

“É uma imagem que pretende mostrar as dioceses de acolhimento para os ‘Dias nas Dioceses’ na sua unidade e diversidade”, explica o padre Filipe Diniz, diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil de Portugal e coordenador dos DND na estrutura da Jornada, em declarações divulgadas pela organização da iniciativa.

A Agência Ecclesia informa que os DND vão realizar-se nas seguintes dioceses de Portugal continental e regiões autónomas: Algarve, Angra, Aveiro, Beja, Braga, Bragança-Miranda, Coimbra, Évora, Funchal, Guarda, Lamego, Leiria-Fátima, Portalegre-Castelo Branco, Porto, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.

São cinco os pilares que inspiram os programas que os Comités Organizadores Diocesanos (COD) estão a preparar para os jovens que vão visitar Portugal: acolhimento, descoberta, missão, cultura e envio.

Uma oportunidade para os jovens viverem uma experiência eclesial de partilha da fé, conhecendo a cultura, as tradições e o património das dioceses portuguesas.

Participando nos DND os jovens peregrinos preparam o grande encontro de Lisboa em ambiente de convívio e participação.

 

Com informações do Vatican News e Shalom

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