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Notícias da Diocese › 10/10/2016

Ao mestre com carinho!

15 de outubro é dia daqueles que nos fazem acreditar que somos capazes de transformar sonhos em realidade!

A escola é conhecida como a segunda casa para muitos. É de lá que absorvemos grande parte do conhecimento que carregamos por toda a vida. Desenvolvemos laços que podem perdurar por décadas. E claro: conhecemos aqueles que nos ensinam mais que teorias, que nos preparam também para a vida. Ensinar os outros a serem mais humanos! Essa é a missão que mobiliza os professores. Tarefa que vale a pena e torna a docência uma profissão valiosa e louvável!

Desde outubro de 1963 temos o dia 15 de outubro como uma data para lembrar e reconhecer esses mestres que nos acompanham durante boa parte da nossa vida. O Jornal Expressão apresenta uma entrevista com Ana Cristina Ramos da Silva, que está há 20 anos nessa jornada incansável de aprendizado e ensinamento.

Casada, mãe da Letícia, Melissa e da Ana Carolina, a professora nasceu em Salvador-BA, começou a lecionar na rede estadual e hoje se dedica ao ensino infantil na rede particular.

Jornal Expressão – Por que escolheu a carreira de professora? Quais eram suas expectativas sobre a profissão?

Ana CristinaEscolhi essa profissão por gostar da área da educação, me preocupar com o ensino e amar muito crianças. Expectativas: adquirir sabedoria, inovar e agregar conhecimentos.

Jornal Expressão – Como você enxerga a importância da família no contexto escolar? Até que ponto a participação dos pais contribui para um bom desenvolvimento do aluno?

Ana CristinaFundamental para que possamos adquirir resultados satisfatórios. Contribui muitíssimo na valorização do aluno, do ensino e no trabalho pedagógico do professor. A presença assídua dos pais no ambiente e na vida escolar do aluno facilita o ensino e aprendizado.

Jornal Expressão – Você faz uso de novas tecnologias em suas aulas? Quais são as principais mudanças que elas trouxera para a docência? Nesse mesmo aspecto, você considera que as ferramentas tecnológicas contribuem no processo de aprendizado dos alunos?

Ana CristinaSim. Para realizar projetos utilizamos de recursos tecnológicos como notebook, datashow, câmeras, etc… Contribui muito com o processo de aprendizado dos nossos alunos em apresentação de filme, áudio, registro das atividades etc… Os professores tem que usar estas ferramentas tecnológicas a seu favor, o mundo hoje pede isso, aquele que não se adequada às estas mudanças não consegue realizar o processo de aprendizado satisfatório.

Jornal Expressão – Quais são as principais dificuldades encontradas em sua experiência profissional? Pode fazer comentários sobre elas?

Ana CristinaA maior dificuldade hoje na educação é a falta de respeito, o interesse dos pais pelo processo educacional, a falta de apoio da sociedade, o professor não tem valor, a maioria das pessoas que não se preocupam com o ensino, desfaz desta classe de profissionais. O professor esta desmotivado, somente quem faz por amor que se dedica a ensinar, isto deveria preocupar a todos, pois são poucos o que amam a profissão os demais fazem somente pelo dinheiro aí acaba fazendo de qualquer jeito, realmente temos que repensar qual o profissional de educação queremos para o nosso futuro!

Jornal Expressão – Sabemos que você é também da Pastoral Catequética. Qual a diferença entre educar para a fé e o saber da sala de aula?

Ana Cristina – Sim!  Eu particularmente não vejo muita diferença por que o amor que sinto por Deus na catequese ou em sala de aula se faz presente do mesmo jeito, não consigo separar a fé do profissional. Eu ensino com o mesmo amor: os ensinamentos da Bíblia dou testemunho deste amor na minha vida cotidiana. O desafio está no ensino pedagógico, por que mesmo em sala de aula devo fazer prevalecer os ensinamentos de Deus. Os princípios, valores a ética daquilo que eu acredito (fé) realizando assim um belo trabalho de evangelização (catequese) e no processo de ensino do aprendizado dos meus alunos (sala de aula).

Jornal Expressão – Em uma de suas audiências, o Papa Francisco disse aos professores que é “necessário que o jovem encontre na escola uma referência positiva”. Como você vê a educação no futuro próximo quando olhamos para os jovens?

Ana Cristina – O Papa Francisco diz: “Não se pode ensinar sem paixão”… Isso é fato. Um sábio como ele e santo, sabe muito bem que conseguimos resultados positivos, se trabalharmos  com amor, humildade, carinho, dedicação em tudo, não é a toa que ele cativa a todos com muita sabedoria. Acredito, sim, na educação do futuro e creio que podemos fazer a diferença, ter jovens com disposição de mudar a educação, eles são jovens inovadores que podem agregar muito numa sociedade. Devemos saber acolhê-los sempre sem distinção, a Igreja e as instituições de ensino precisam muito desta juventude, todos nós devemos e temos a responsabilidade de orientá-los para um futuro digno eu sou a referência positiva: cada um de nós que nos dedicamos diariamente com a evangelização ou ensino em sala de aula com crianças, adolescentes, jovens e adultos. Temos uma missão de fazer a diferença na vida deste ser humano. Eduquemos com amor!

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