Ao mestre com carinho!
15 de outubro é dia daqueles que nos fazem acreditar que somos capazes de transformar sonhos em realidade!
A escola é conhecida como a segunda casa para muitos. É de lá que absorvemos grande parte do conhecimento que carregamos por toda a vida. Desenvolvemos laços que podem perdurar por décadas. E claro: conhecemos aqueles que nos ensinam mais que teorias, que nos preparam também para a vida. Ensinar os outros a serem mais humanos! Essa é a missão que mobiliza os professores. Tarefa que vale a pena e torna a docência uma profissão valiosa e louvável!
Desde outubro de 1963 temos o dia 15 de outubro como uma data para lembrar e reconhecer esses mestres que nos acompanham durante boa parte da nossa vida. O Jornal Expressão apresenta uma entrevista com Ana Cristina Ramos da Silva, que está há 20 anos nessa jornada incansável de aprendizado e ensinamento.
Casada, mãe da Letícia, Melissa e da Ana Carolina, a professora nasceu em Salvador-BA, começou a lecionar na rede estadual e hoje se dedica ao ensino infantil na rede particular.
Jornal Expressão – Por que escolheu a carreira de professora? Quais eram suas expectativas sobre a profissão?
Ana Cristina – Escolhi essa profissão por gostar da área da educação, me preocupar com o ensino e amar muito crianças. Expectativas: adquirir sabedoria, inovar e agregar conhecimentos.
Jornal Expressão – Como você enxerga a importância da família no contexto escolar? Até que ponto a participação dos pais contribui para um bom desenvolvimento do aluno?
Ana Cristina – Fundamental para que possamos adquirir resultados satisfatórios. Contribui muitíssimo na valorização do aluno, do ensino e no trabalho pedagógico do professor. A presença assídua dos pais no ambiente e na vida escolar do aluno facilita o ensino e aprendizado.
Jornal Expressão – Você faz uso de novas tecnologias em suas aulas? Quais são as principais mudanças que elas trouxera para a docência? Nesse mesmo aspecto, você considera que as ferramentas tecnológicas contribuem no processo de aprendizado dos alunos?
Ana Cristina – Sim. Para realizar projetos utilizamos de recursos tecnológicos como notebook, datashow, câmeras, etc… Contribui muito com o processo de aprendizado dos nossos alunos em apresentação de filme, áudio, registro das atividades etc… Os professores tem que usar estas ferramentas tecnológicas a seu favor, o mundo hoje pede isso, aquele que não se adequada às estas mudanças não consegue realizar o processo de aprendizado satisfatório.
Jornal Expressão – Quais são as principais dificuldades encontradas em sua experiência profissional? Pode fazer comentários sobre elas?
Ana Cristina – A maior dificuldade hoje na educação é a falta de respeito, o interesse dos pais pelo processo educacional, a falta de apoio da sociedade, o professor não tem valor, a maioria das pessoas que não se preocupam com o ensino, desfaz desta classe de profissionais. O professor esta desmotivado, somente quem faz por amor que se dedica a ensinar, isto deveria preocupar a todos, pois são poucos o que amam a profissão os demais fazem somente pelo dinheiro aí acaba fazendo de qualquer jeito, realmente temos que repensar qual o profissional de educação queremos para o nosso futuro!
Jornal Expressão – Sabemos que você é também da Pastoral Catequética. Qual a diferença entre educar para a fé e o saber da sala de aula?
Ana Cristina – Sim! Eu particularmente não vejo muita diferença por que o amor que sinto por Deus na catequese ou em sala de aula se faz presente do mesmo jeito, não consigo separar a fé do profissional. Eu ensino com o mesmo amor: os ensinamentos da Bíblia dou testemunho deste amor na minha vida cotidiana. O desafio está no ensino pedagógico, por que mesmo em sala de aula devo fazer prevalecer os ensinamentos de Deus. Os princípios, valores a ética daquilo que eu acredito (fé) realizando assim um belo trabalho de evangelização (catequese) e no processo de ensino do aprendizado dos meus alunos (sala de aula).
Jornal Expressão – Em uma de suas audiências, o Papa Francisco disse aos professores que é “necessário que o jovem encontre na escola uma referência positiva”. Como você vê a educação no futuro próximo quando olhamos para os jovens?
Ana Cristina – O Papa Francisco diz: “Não se pode ensinar sem paixão”… Isso é fato. Um sábio como ele e santo, sabe muito bem que conseguimos resultados positivos, se trabalharmos com amor, humildade, carinho, dedicação em tudo, não é a toa que ele cativa a todos com muita sabedoria. Acredito, sim, na educação do futuro e creio que podemos fazer a diferença, ter jovens com disposição de mudar a educação, eles são jovens inovadores que podem agregar muito numa sociedade. Devemos saber acolhê-los sempre sem distinção, a Igreja e as instituições de ensino precisam muito desta juventude, todos nós devemos e temos a responsabilidade de orientá-los para um futuro digno eu sou a referência positiva: cada um de nós que nos dedicamos diariamente com a evangelização ou ensino em sala de aula com crianças, adolescentes, jovens e adultos. Temos uma missão de fazer a diferença na vida deste ser humano. Eduquemos com amor!