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Artigos › 06/03/2017

Ano Mariano e Ecumênico

O ano de 2017 marcará a história do Cristianismo ocidental como um ano especial de graças para católicos e evangélicos com celebrações em nível mundial e nacional.

Para nós católicos a importante devoção mariana comemora os 100 anos das aparições de Nossa Senhora em Fátima, em Portugal e os 300 anos do achado da pequenina e enegrecida imagem da Imaculada Conceição, pescada no Rio Paraíba – Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.

A nível ecumênico nacional as Editoras Santuário e Sinodal reeditaram o escrito de Lutero “Magnificat, o louvor de Maria”. A apresentação da obra foi feita pelo Cardeal Dom Raymundo Damasceno e o Pastor Presidente da Igreja Luterana (IECLB) Nestor Paulo Friedrich.

O reformador Martinho Lutero, no Magnificat, faz uma leitura piedosa e, ao mesmo tempo bíblica, muito bem aplicada à nossa vida pessoal de seguimento de Cristo e rica de implicações sociais da doutrina cristã.

O Magnificat, na exposição de Lutero é exercício de piedade, de Mariologia evangélica, de orientação sobre interpretação da História e convite para exercício responsável da política.

Maria é para Lutero modelo de vida cristã, que experimentou a justificação por graça e fé. Ela é a obra prima do amor misericordioso de Deus.

No meio ecumênico costumamos dizer: “bem-aventuradas são as pessoas que sabem dizer quem são (e no que crêem) sem desvalorizar o outro (e sua religião).

2017 é uma data significativa para os evangélicos, em particular os luteranos, devido à celebração dos 500 anos da Reforma. A Igreja Católica, animada de espírito ecumênico, celebra conjuntamente os 50 anos do Diálogo Católico-Luterano.

Portanto, esse ano comemorativo coloca católicos e luteranos diante de dois desafios: a purificação e a cura das memórias, e a restauração da unidade cristã, conforme a verdade do Evangelho de Jesus Cristo (cf. Ef 4, 4-6).

2017 desafia luteranos e católicos a discutirem, em diálogo, os temas e as consequência da Reforma. A comemoração conjunta, por isso, traz o lema “Do conflito à comunhão”, obra traduzida e editada ecumenicamente pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e Sinodal.

Para essa celebração conjunta nossa Diocese, de comum acordo com a Igreja Luterana (IECLB), estabeleceu as seguintes datas:

Dia 31 de Maio. Durante a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que acontecerá entre os dias 28 de maio a 4 de junho, nosso bispo Dom Cesar Teixeira visitará a Igreja Luterana, no Jd. Satélite, e celebrará com o Pr. Marcus Ziemann, tendo por tema: “Reconciliação: é o amor de Cristo que nos impele” (2 Cor 5,14-20), no contexto da celebração dos 500 anos da Reforma.

Dia 11 de Setembro. Debate acadêmico em nossa Faculdade Católica sobre a Reforma Protestante e suas consequências e os 50 anos do Diálogo Católico-Luterano. Os assessores serão o Pe. José Bizon, da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo e o Pr. Marcus Zieman, da Igreja Luterana no Vale do Paraíba.

Aprendamos com o Papa Francisco, animados pelo espírito do Concílio Vaticano II, a construir pontes e derrubar muros, a fazer crescer a cultura do encontro em vez do confronto.

Animados pela oração de Jesus: “que todos sejam um” (Jo 17), participemos dessas celebrações, aprofundemos o tema com a leitura das obras citadas e ofereçamo-las de presente a parentes e amigos evangélicos.

Sejamos profundamente marianos e ecumênicos!

Fraternalmente,

 

Pe. Sebastião Cesar Barbosa

Assessor Diocesano do Ecumenismo

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