Ano da Vida Consagrada encerra com audiência no Vaticano
Religiosos e religiosas, homens e mulheres consagrados ao serviço do Senhor que exercem na Igreja a estrada de uma pobreza forte, de um amor casto que os leva a uma paternidade e maternidade espiritual para toda a Igreja, uma obediência”, recordou o papa Francisco sobre a vocação dos consagrados.
Por ocasião do encerramento do Ano da Vida Consagrada, mais de cinco mil religiosos participaram de audiência com o papa, na Sala Paulo VI, no Vaticano. O encontro foi realizado na segunda-feira, 1º de fevereiro.
O Jubileu iniciou em novembro de 2014 e trouxe como lema “Vida Consagrada hoje – evangelho, profecia e esperança”. A celebração será concluída hoje, 2 de fevereiro, com Jornada Mundial da Vida Consagrada, em Roma.
Durante a audiência, o papa Francisco, disse que a vida consagrada deve conduzir à proximidade física, espiritual e conhecer as pessoas. Lembrou, ainda, que “seguir Cristo significa carregar sobre si o ferido que encontramos ao longo da estrada, ir à procura da ovelha perdida, estar próximo às pessoas, partilhar suas alegrias e suas dores, mostrar com o nosso amor o rosto paterno de Deus e o carinho maternal da Igreja”.
Francisco exortou os consagrados para o fim do “terrorismo das fofocas”, que distancia a vida entre irmãos. “Quem fofoca é um terrorista dentro da própria comunidade, porque joga a palavra como uma bomba contra este e contra aquele. Isso não é proximidade, mas fazer guerra. É provocar distâncias, anarquia na comunidade. Se no Ano da Misericórdia vocês não se comportarem como um terrorista fofoqueiro ou fofoqueira, será um sucesso para a Igreja, um sucesso de santidade grande”, pontou o papa.
Avaliação
O prefeito da Congregação para a Vida Consagrada, dom João Braz de Aviz, saudou o papa, no encontro de encerramento do Ano da Vida Consagrada. Para o cardeal brasileiro, as várias ‘formas’ de consagração representam os diferentes carismas difundidos pelo Espírito na Igreja.
No discurso, avaliou positivamente o Jubileu, que segundo ele, proporcionou renovação da alegria da consagração. De acordo com o cardeal Aviz, é necessário que os consagrados sejam “especialistas de comunhão que vão às periferias existenciais, trabalhem em favor dos refugiados, dos pobres, dos excluídos, dos doentes, das crianças, jovens e idosos”.
Dom João Braz expressou gratidão ao papa Francisco por ter convocado o Ano da Vida Consagrada e finalizou dizendo que, a partir de agora, será empreendido um “novo caminho de conversão neste momento de mudanças necessárias também para os consagrados”.