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“Amoris Laetitia no contexto da misericórdia e da missão” é o tema da 79ª Assembleia Regional dos Bispos

CNBB Sul 1

A 79ª Assembleia dos Bispos do Regional Sul 1 da CNBB foi iniciada nesta terça-feira, 7 de junho, na Capela Nossa Senhora da Esperança do Hotel Rainha do Brasil de Aparecida, SP, com a Celebração de Abertura (Hora Média) presidida pelo presidente do Regional dom Airton José da Silva, arcebispo metropolitano de Campinas, SP. Em sua breve reflexão sobre 1Cor 12,24b.25-26, dom Airton falou sobre o Corpo Místico de Cristo, cujo texto é inspirado “pela fé cristã de Paulo, fé em Jesus ressuscitado”.

“Paulo acentua principalmente a unidade desse corpo, que reúne todos os cristãos no mesmo Espírito e identifica-o com a Igreja. Esse corpo, concebido como uma pessoa, tem o Cristo como Cabeça. Os membros da Comunidade de Fé, por isso, pertencentes ao Corpo Místico de Cristo, que é a Igreja, tendo recebido um único e mesmo Espírito, são chamados a dar testemunho de sua pertença e a viverem no amor fraterno, na caridade. Eis o grande sinal para o mundo”, completou o arcebispo.

A primeira sessão conjunta ocorreu no Auditório Santo Afonso, sob a presidência de dom Airton José da Silva, dom Pedro Luis Stringhini e dom Júlio Endi Akamine. Após a acolhida do presidente do Regional, dom Airton, o cardeal arcebispo de Aparecida, dom Raymundo Cardeal Damasceno Assis, falou da alegria em recepcionar os participantes da Assembleia. Dom Júlio comunicou as ausências justificadas, as mudanças no episcopado e os jubileus dos bispos.

O primeiro assessor, Cardeal Damasceno Assis, apresentou uma síntese da Exortação Apostólica “Amoris Laetitia”, sobre o amor na família. Descreveu os pontos principais dos capítulos 01 a 06. “A Exortação Apostólica chama a atenção pela sua amplitude e articulação. O Papa escreve que nem todas as discussões doutrinais, morais ou pastorais devem ser resolvidas através de intervenções magisteriais”, falou o cardeal. “O Papa articula suas reflexões a partir das Sagradas Escrituras no primeiro capítulo, que se desenvolve como uma meditação acerca do Salmo 128. A Bíblia aparece cheia de famílias, gerações, histórias de amor e de crises familiares e, a partir deste dado, pode meditar-se como a família não é um ideal abstrato, mas uma tarefa artesanal”, disse.

Na sequência, dom Raymundo descreveu “a realidade e os desafios das famílias”; “o olhar fixo em Jesus: a vocação da família”; “O amor no matrimônio”; “O amor que se torna fecundo”, fazendo uma síntese do pensamento e dos escritos do Papa Francisco, com a recomendação de não se ler o documento rapidamente, mas pausadamente, refletindo e estudando para melhor assimilar seu conabertura7teúdo”.

Na sequência o cardeal Arcebispo de São Paulo, dom Odilo Pedro Scherer  falou “sobre as perspectivas pastorais da Exortação, sua aplicação na vida da Igreja e da necessidade de se ter uma nova Pastoral Familiar. Dentro de sua síntese, o cardeal mostrou objetivamente que o papa Francisco dá muitas pistas de ação para viver o matrimônio, a vida em família e a família na sociedade.

Como pontos de destaque, dom Odilo falou, como perspectivas pastorais, de “reforçar a educação dos filhos”; acompanhar, discernir e integrar a fragilidade”, diante de situações complexas ou irregulares; Espiritualidade conjugal e familiar”, que é feita de milhares de gestos reais e concretos, e que a família não está pronta: é preciso caminhar. “A Exortação pretende reafirmar com força não o “ideal” de família, mas a sua realidade rica e complexa. Há nas suas páginas um olhar aberto, profundamente positivo, que se nutre não de abstrações ou projeções ideais, mas de uma atenção pastoral à realidade”, concluiu.

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Com a colaboração de Diácono José Carlos Pascoal | Fotos: Ana Lúcia Zombardi

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