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Artigos › 01/11/2012

A veneração aos Santos

Folheto Litúrgico | Nova Aliança
04 de novembro de 2012

Qual é o fundamento da nossa Veneração aos Santos?

A “Veneração aos Santos”, objeto de controvérsia entre católicos e protestantes, é tradicional e é baseada na Sagrada Escritura e em nada derroga à soberania do Senhor Jesus, nosso único Mediador (1Tm 2,5). Passo a passo façamos uma reflexão:

* A Sagrada Escritura nos diz que Cristo é Cabeça de um Corpo, do qual somos membros. Desta realidade de Cabeça-Corpo, segue-se que existe uma comunhão de vida e de interesses entre Cristo e os cristãos, como também entre os próprios cristãos.

* Comunhão é solidariedade. E solidariedade se exprime pela oração: Primeiro, a oração de Cristo por nós, na medida em que é nosso Sacerdote (Hb 7,25); e Segundo, a oração dos cristãos uns pelos outros.

* A morte de um cristão na terra não extingue essa comunhão; por isso ela subsiste entre os fiéis peregrinos neste mundo e aqueles que já passaram para a glória do Pai. Essas afirmações se fundamentam não somente no fato de que Cristo está sempre vivo a interceder por nós (Hb 7,25), mas também em textos bíblicos que professam a existência lúcida dos “falecidos”: “ O Deus de Abraão, Isaac, e Jacó não é Deus de mortos, mas de vivos!”(Mc 12,27); “Os que deixam a morada deste corpo, vão morar junto do Senhor” (2Cor 5,8). Pode-se ver também em 2Mc 15, 11- 16 e 2Mc12,38-45, testemunhos da fé dos judeus nos séculos II/I a.C.

* A oração dos Santos pelos fiéis peregrinos, como qualquer outra forma de oração, não tem função de informar Deus a respeito das nossas necessidades, como se Ele as ignorasse. O Senhor Jesus recomendou insistentemente o recurso à oração (Lc 11,9s) não para “negociarmos” com Deus, tentando dobrar a vontade do Pai ao nosso modo de ver, mas para que colaboremos conscientemente com o plano divino. Quem reza pode pedir a Deus o que seja honesto, mas dirá sempre no fim, com Cristo: “Faça-se a tua vontade, e não a minha” (Mc 14,36).

* Maria, mãe do Redentor, aquela que participou da Liturgia celeste falada no Apocalipse, da oração dos apóstolos em Pentecostes, ora na Igreja e com a Igreja, e sua oração é graciosa, pois foi elevada à dignidade singular dentro do plano de Deus. Ela é a “Toda Santa”. Todo cristão quanto mais assemelhado a Cristo há de nutrir para com Maria os sentimentos de veneração e estima filial que Jesus alimentava para com sua Mãe Santíssima.

A Veneração aos Santos é um estímulo para que os imitemos. Se eles conseguiram ser heroicamente fiéis a Cristo, por que não o conseguirão os demais cristãos, ainda peregrinos na Terra? Entre os Santos há homens, mulheres, jovens e anciãos, clérigos e leigos, virgens, celibatários, casados, ricos e pobres, doutos e indoutos… Esta variedade mostra que a santidade pode – e deve – ser cultivada em qualquer vocação que Deus dê à criatura.

Extraído do livro “Católicos perguntam”,
de Dom Estevão Tavares Bittencourt. 
Colaboração do Diácono José Alencar Ribeiro

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