A Missionariedade da Igreja
“Vai a meus irmãos e dize-lhes:” (Cf. Jo 20, 17) Entre o pedido que Jesus faz a Maria Madalena no Evangelho de São João e a exortação Evangelii Gaudium, do Papa Francisco, que convoca a todos os batizados a serem uma “Igreja em Saída”, convido a todos os leitores a uma reflexão sobre a missão no contexto atual em que vivemos.
O apelo para toda Igreja, em plena pandemia, que se prepara para viver um “novo normal”, pós pandemia, é ir aos que se encontram nas periferias geográficas e existenciais, rompendo com uma atitude de autopreservação e manutenção de pastorais e movimentos. É urgente correr como Maria Madalena e dizer a todos a Alegria da Boa Nova de Jesus que não está acima de nós, mas entre nós. “O Verbo se fez Carne e habitou entre nós” (Cf. Jo 1, 14)
A Igreja que nasce com o Ressuscitado, deve ressurgir, emergindo como o Sol no horizonte de cada manhã, como aquela, do dia da Ressurreição; as marcas dos pregos, da coroa e da lança ainda visível, mas num corpo glorioso, mais próximo do que nunca dos mais pobres e necessitados. Essa é a verdadeira Igreja Missionária de Cristo, que se fere, se machuca, é perseguida, incompreendida, mas jamais se agarra as suas seguranças ou enfermidades, porque que se fechou em si mesma.
Que a Igreja tenha a coragem de ir contra a corrente da “cultura do descarte”, mas priorize a “cultura do encontro”. O outro não é mais um, não somos números diante de Deus, mas filhos amados de um Criador que fez tudo por amor e com muito amor. A missionariedade vai do alimento para corpo, trabalho árduo das diversas frentes da Igreja, pessoas encantadas pelo próximo e apaixonadas pelo Reino que Jesus pregou, passando pelo alimento da alma, de modo especial os sacramentos da Igreja, ao resgate de toda a dignidade da pessoa, na defesa da vida e integridade de cada um como sendo único diante de Deus.
Hoje há de perguntar como o “mundo” vê a Igreja, a mancha que obscurece seu brilho, deixada por alguns membros ou a força transformadora da sua grande maioria? A Igreja e sua missionariedade é “UM” (cada batizado) que se torna um “TODO” porque nasce da trindade, o Deus Uno e Trino, Amor Comunhão e doação, acolhido na Fé e transformado em obras de caridade espalhadas pelo mundo inteiro.
A missionariedade é o conjunto de toda a ação da Igreja, no FAZER e no SER. Se torna visível, não pelos templos e construções, mas pelo que ela é em sua essência, impulsionada pelo Espirito Santo, não se fechou no grupo escolhido por Jesus, os doze, mas cumpriu o seu mandato: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura” (Cf. Mc 16, 15).
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Padre João Alves da Silva Sobrinho
Pároco da Paróquia Coração de Jesus
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Muito interessante a história da vida de Pedro e Paulo , deixa para nós uma grande lição de vida . E o que nos impulsiona nessa caminhada é a Fé , vamos seguir o exemplo desses grandes apóstolos para mudar a nossa realidade hoje.