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Palavra do Pastor › 13/04/2015

A Misericórdia de Deus

A Igreja celebra no segundo domingo de Páscoa a Misericórdia de Deus, que é a essência da vida divina. DEUS É AMOR (1 Jo 4, 8) nos diz o apóstolo São João. E toda a Sagrada Escritura, continuamente, nos vai apresentando esta qualidade essencial de Deus em relação a cada um de nós e para com a criação. E uma das traduções do Amor de Deus, poderíamos dizer, é a sua Misericórdia.

O Papa Francisco acaba de convocar um ANO DA MISERICÓRDIA. Diz o Papa: “Decidi convocar um Jubileu Extraordinário que tenha o seu centro na Misericórdia de Deus. Será um Ano Santo da Misericórdia. Este Ano Santo iniciar-se-á na próxima Solenidade da Imaculada Conceição e concluir-se-á a 20 de novembro de 2016. A abertura do próximo Jubileu coincidirá com o cinquentenário do encerramento do Concílio Ecumênico Vaticano II, que aconteceu em 1965 e reveste este ano santo de um significado especial, encorajando a Igreja a prosseguir a obra iniciada no Concílio”.  O Papa tem retornado muitas vezes a este tema da Misericórdia, tanto que poderíamos dizer que este tema é um dos eixos do seu Pontificado.

O Evangelho é a revelação, em Jesus Cristo, da misericórdia de Deus para com os pecadores (Lc 15). “Deus nos criou sem nós, mas não quis salvar-nos sem nós”, diz-nos Santo Agostinho, em um dos seus sermões mais famosos. E o Papa Francisco, em seu primeiro livro, escrito como sucessor de Pedro, intitulado A Igreja da Misericórdia: minha visão da Igreja, diz: “a misericórdia de Deus: como é bela essa realidade da fé para a nossa vida. Como é grande e profundo o amor de Deus por nós! É um amor que não falha, que sempre segura a nossa mão e nos sustenta, levanta e guia.

No Evangelho de João, o apóstolo Tomé experimenta precisamente a misericórdia de Deus, que tem um rosto concreto: o de Jesus, de Jesus Ressuscitado. Tomé não confia nos demais apóstolos, quando lhe dizem: “Vimos o Senhor”; para ele, não é suficiente a promessa de Jesus que havia anunciado: ao terceiro dia ressuscitarei. Tomé quer ver, quer colocar a sua mão no sinal dos cravos e no peito. E qual é a reação de Jesus? A paciência. Jesus não abandona Tomé relutante em sua incredulidade; dá-lhe uma semana de tempo. Não fecha a porta, espera. E Tomé acaba por reconhecer a sua própria pobreza, a sua pouca fé. “Meu Senhor e meu Deus”: com essa invocação simples, mas cheia de fé, responde à paciência de Jesus. Deixa-se envolver pela misericórdia divina, vê-a a sua frente, nas feridas das mãos e dos pés, no peito aberto, e readquire a confiança: é um homem novo, já não incrédulo, mas crente. E assim, vamos encontrando em tantos lugares da Sagrada Escritura, especialmente nos Evangelhos, na figura de Jesus Cristo, como, também ao longo da história do cristianismo, palavras e atitudes cheias de misericórdia vivenciadas por tantos santos e santas, pessoas de bem e altruístas, construtoras de felicidade e de dignidade.

Na carta aos Efésios, o Apóstolo Paulo nos ensina: “mas Deus que é rico em misericórdia, por causa de seu grande amor com que nos amou, quando ainda estávamos mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntos, e nos fez assentar nos lugares celestiais com Cristo Jesus, para que nos séculos vindouros Ele possa mostrar a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco em Cristo Jesus” ( Efésios  2, 4-6).  Deixemos a Misericórdia de Deus conduzir nossa vida e de nossos irmãos e irmãs.

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