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Palavra do Pastor › 04/07/2013

A espiritualidade da comunhão

No dia 23 de junho, na posse de Dom Moacir, como Arcebispo de Ribeirão Preto, nossa diocese se fez representada por um significativo número de pessoas, de vários estados de vida. Foi muito bonito testemunhar este encontro de duas Igrejas locais que se fundiram numa única assembléia litúrgica. Sentimos da parte da arquidiocese de Ribeirão Preto, gratidão à diocese de São José dos Campos por doar o seu pastor. Continuemos acompanhando Dom Moacir, através das nossas orações, para que o Senhor lhe dê muita sabedoria e fortaleza nesta nova missão a ele confiada.

Com a posse de Dom Moacir, a nossa diocese entrou numa fase de vacância, aguardando a nomeação do seu próximo bispo. Mas a Igreja na sua experiência milenar, sabe que é necessário que alguém responda pela diocese, neste período. Neste sentido, a lei canônica determina que num prazo de no máximo oito dias, o Colégio de Consultores deve eleger um Presbítero da diocese como o seu administrador (cf. CIC, cân. 421 & 1º.).

Cumprindo esta determinação, no dia 24 de junho o Colégio de Consultores elegeu a mim, este indigno servo, para prestar este serviço. Mesmo sendo um serviço transitório, porque é realizado apenas no período de vacância da diocese, comporta uma grande responsabilidade. Por isso peço as orações de todos, para que eu possa desempenhar bem esta função.

Agradeço a confiança do Colégio dos Consultores, bem como o apoio que ele está me dando no exercício desta função. Agradeço a todos, especialmente os meus irmãos presbíteros, pelas expressões de apoio e solicitude nos dias que se sucederam à minha eleição. Desejo desempenhar este serviço, com muita simplicidade e em profunda comunhão com o presbitério de nossa diocese, do qual também faço parte.

Na Novo Millennio Ineunte, o Papa Beato João Paulo II afirmou que fazer da Igreja a casa e a escola da comunhão é o grande desafio que ela deve vivenciar, no início deste terceiro milênio, para ser fiel ao desígnio de Deus e corresponder às expectativas mais profundas do mundo (cf. n. 43). Neste sentido, deve haver um empenho de todos os membros da Igreja em responder a este chamado, pois todos os ambientes da vida eclesial devem ser forjados neste cultivo de uma espiritualidade da comunhão.

“É preciso promover uma espiritualidade da comunhão, elevando-a ao nível de princípio educativo em todos os lugares onde se plasma o homem e o cristão, onde se educam os ministros do altar, os consagrados, os agentes pastorais, onde se constroem as famílias e as comunidades” (NMI 43).

Se a Igreja é comunhão, segundo a eclesiologia do Concílio Vaticano II, ela deve apresentar-se como tal. É certo que a comunhão eclesial tem a sua fonte na Trindade, por isso antes de tudo é dom do Espírito Santo. Mas o fato da comunhão ter o Espírito Santo como protagonista, não exime a Igreja de responder com generosidade e empenho. É neste sentido que o Papa Beato João Paulo II utilizou a expressão “espiritualidade da comunhão”, afirmando que sem ela seriam ineficazes todos os outros instrumentos de comunhão (cf. NMI 43).

A espiritualidade da comunhão deve tornar-se um elemento intrínseco do nosso permanente empenho em viver a conversão. Seria perigoso pensarmos que o nosso processo de conversão já está concluído. Isto nos colocaria num estado de tibieza espiritual que comprometeria a nossa vivência discipular. “A conversão neste mundo é uma meta nunca alcançada plenamente: no caminho que o discípulo é chamado a percorrer seguindo as pegadas de Cristo, a conversão é um compromisso de toda a vida.” (Ecclesia in America 28).

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Padre Djalma Lopes de Siqueira
Administrador Diocesano

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