A comunidade a serviço dos irmãos
No dia 21 de setembro o calendário civil comemora o Dia Nacional de Lutas das Pessoas com Deficiências, sensório, motora e intelectual. Esta data foi estabelecida em 1982, em Encontro Nacional de Entidades Sociais e oficializada através da Lei Federal nº 11.133, de 14 de julho de 2005.
A pessoa com deficiência, em muitas situações, é vista como um problema para a sociedade e não como um membro que é capaz de contribui com ela. Por isso é o individuo que deve se adaptar a ela com ajuda de profissionais, por meios de reabilitação ou cura.
A atitude inclusive porem reconhece que a pessoa com deficiência tem potencial próprio que deve ser descoberto e promovido. O necessário é que sejam eliminadas barreiras físicas econômicas e preconceitos sociais e sejam dadas condições para que este potencial apareça, como ocorreu nos Jogos Parapan-Americanos 2015, onde o Brasil alcançou o primeiro lugar no quadro que medalhas.
Em torno desta data civil surgiu na Igreja Particular de São Jose dos Campos a “Semana Diocesana das Pessoas com Deficiências”, agora em sua quinta edição, tendo como objetivo motivar pessoas e comunidades na missão de evangelização junto a elas.
É uma missão que pede de nós coragem de sairmos ao encontro dos irmãos que ainda não se sentem incluídos em nosso meio (Igrejas, locais de formação, etc). Entretanto os recursos humanos e os meios de acessibilidades arquitetônica e de formação são ainda insuficientes assim é necessário surgirem novos agentes e criatividade para encontrarmos os melhores caminhos.
A inclusão das pessoas com deficiências só se tornará viável se formos ao encontro delas na situação concreta de vida em que se encontram, fechadas muitas vezes nas famílias, num mundo invisível e, por isso, fica a impressão de não existirem, perguntando inclusive alguns: “Onde estão as pessoas com deficiências?”.
A Igreja, afirma o Papa Francisco, deve estar com as portas abertas, não somente esperando que as pessoas venham, mas para sair pelas encruzilhadas, sendo movida pela mesma compaixão de Nosso Senhor Jesus, interessando-se pelos que ninguém se interessa.
O Conselho Diocesano das Pessoas com Deficiências (Codiped) enfatiza a urgência da necessidade da descoberta e da disponibilidade de pessoas que, em nossas paróquias e comunidades, movidas pela fé, coragem e ardor missionário, saiam em direção a esta situação de periferia.
Que nossa oração nesses dias nos torne sensíveis aos apelos que o Espírito Santo está nos fazendo.
Padre José Valdir Rodrigues
Assessor do Conselho Diocesano das Pessoas com Deficiências (Codiped)