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A aproximação e a ternura são as regras da vida para nós

Rádio Vaticano

O Papa Francisco celebrou na manhã de domingo, 23, na Praça de S. Pedro a santa missa por ocasião da solenidade de Cristo Rei do Universo e durante a qual procedeu a canonização dos seguintes Beatos: Giovanni Antonio Farina (italiano), Kuriakose Elias Chavara (Indiano) da Sagrada Família; Ludovico Casoria italiano; Nicola Longobardi, italiano; Eufrasia Eluvathingal do sagrado Coração, indiana e Amato Ronconi, italiano.

Na homília o Papa Francisco evidenciou o fato que as leituras deste domingo de Cristo Rei mostram claramente que o reino de Jesus é um reino de verdade e de vida, reino de santidade e de graça, reino de justiça, de amor e de paz. As leitura mostram-nos por conseguinte, a maneira como Jesus realizou o seu reino, como o realiza no decurso da história e o que é que pede a cada um de nós hoje na realização do Reino de Deus no mundo.

Jesus é realmente o Grande Pastor cuja atitude em relação às suas ovelhas consistiu sempre em: procurar, reunir, conduzir, fazer repousar, procurar a ovelha perdida e curar a ovelha ferida, a ovelha doente, curar e apascentar sempre. Por conseguinte, todos aqueles que na Igreja são chamados a ser pastores, não podem destacar-se deste modelo, se, disse o Papa “não queremos transformarmo-nos em mercenários”.

Jesus não é um Rei como os reis deste nosso mundo. Para Ele reinar não é mandar, mas obedecer ao Pai, entregar-se à Ele para que seja realizado o Seu desígnio de amor e de salvação. Deste modo, existe uma plena reciprocidade entre o Pai e o Filho.

“O Evangelho nos diz o que é que o Reino de Jesus nos pede hoje: recorda-nos que a aproximação e ternura são as regras de vida também para nós e é sobre isso que seremos julgados”.

De fato, sublinhou o Santo Padre, a salvação não inicia mediante a confissão da realidade de Cristo, mas pela imitação das obras de misericórdia através das quais Ele realizou o Reino. Quem as realiza mostra de ter acolhido a regalidade de Cristo, porque criou espaço no seu coração à caridade de Deus. Jesus, mediante a sua vitória sobre a morte, abriu-nos a porta do seu Reino. Mas cabe a cada um de nós fazer o seu ingresso neste Reino, já a partir desta vida, fazendo-nos próximos do irmão que nos pede pão, vestido, acolhimento, solidariedade. E se porventura amamos aquele irmão ou aquela irmã seremos levados a partilhar com ele ou com ela aquilo que consideramos de mais precioso na nossa vida, isto é o próprio Jesus e o seu Evangelho.

“Hoje a Igreja coloca diante de nós como modelos os novos santos que mediante as obras de uma generosa dedicação a Deus e aos irmãos, serviram, cada um no próprio âmbito, o reino de Deus e do próximo. Dedicaram inteiramente a sua vida ao serviço dos últimos, assistindo os indigentes, os doentes, os idosos os peregrinos. A sua predileção para os últimos e os pobres era o reflexo da sua medida de amor incondicionado a Deus”.

Finalmente, disse o Papa Francisco, mediante este rito de canonização nós confessamos o mistério do Reino de Deus e prestamos homenagem ao Cristo Rei, Pastor cheio de amor para com as suas ovelhas. Que os novos santos mediante os seus exemplos e a sua intercessão façam crescer em cada um de nós hoje a alegria de caminhar pelas vias do Evangelho assumindo-O como bússola para a nossa vida. E possa  a Mãe Maria, Raínha de todos os santos guiar-nos em direção ao Reino dos Céus.

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